Capítulo 70 :

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Já de saco cheio daquela palhaçada, fui até a geladeira, peguei uma garrafa de água e despejei em cima da cabeça dele. Foi batata. O Arthur acordou na hora, assustado. Devia ter pensado que estava se afogando.

Caí na risada. O idiota aparece na minha porta para me dizer o que eu não deveria ter feito, insultar meu primo e depois desmaiar de bêbado no meu sofá? Merecido.

Arthur: Que porra é essa?! — Ele gritou quando recuperou a sanidade.

Assim que avistou meu primo, já quis partir pra cima dele de novo. Que canseira.

Arthur: Seu cuzão! — Ronan o segurou, impedindo-o de agredir o Bil.

Ronan: Chega de espetáculo, Arthur Picoli! Vou te levar para casa. — Ronan o empurrou para a porta.

Arthur: Muito bonito, dona Carla! — o babaca gritou já do lado de fora. — Já colocou outro na sua cama!
Meu sangue ferveu em uma temperatura de 1800°C no mínimo, e quis voar no pescoço dele.

Carla Diaz com Z, está on. Puta da vida!
Carla: Coloco quem eu quiser na minha cama! — Olhei para o meu primo, coitado, mais perdido do que cego em tiroteio. Ainda bem que ele não estava entendendo nada. — E posso te garantir que ele não tem o pau pequeno!

Arthur: Foda-se! Eu vou castrar esse babaca de qualquer forma! Não interessa se é grande ou pequeno! Deixa só eu encontrar esse idiota na rua! Espero que você tenha aproveitado bastante, Carla, porque vai ser a única vez!

Ronan: Chega, Arthur! — Ronan pediu um milhão de desculpas antes de bater a porta.

Encostei-me a ela antes de desabar no chão. Comecei a rir histericamente. Que merda tinha sido tudo aquilo?

Bil ficou me encarando embasbacado, com certeza pensando que eu era doida, mas eu estava descontrolada. Só rindo mesmo e muito depois daquela cena. Só que depois da crise de riso, comecei a chorar. Sério, patético...

Atriz brasileira não tem um minuto de paz.
Muito patético, dona Carla Diaz!

Ao meu primo, só restou me despedir e despachá-lo também.

Precisava ficar sozinha para colocar meus pensamentos em ordem. Negava-me a acreditar que Arthur estivesse se corroendo de ciúmes.

Eu não me iludiria achando que ele poderia estar arrependido e querendo voltar atrás, não depois de toda a humilhação e palavras duras que me proferiu.
Aquilo era apenas resultado de ego ferido, a única justificativa para que agisse daquela forma. Não era amor.

Eu beijei mesmo ele? Senhor, você precisa voltar para terapia Carla.

ARTHUR
Arthur: A culpa é toda sua, caralho! — gritei com Ronan, enquanto ele me empurrava de roupa e tudo para dentro do box do banheiro. — Sua! Ficou aí me atormentando com vídeos e fotos, me tirando a razão. Você é um amigo de merda!

Ronan: Corrigindo... — Ignorou as ofensas. — A culpa é toda sua, meu amigo. Agora, aguenta. Eu avisei.

Arthur:  Cheguei tarde, cara! — Mudei o discurso. — Ela transou com ele e não pude fazer nada, cacete! E ele não tem pinto pequeno. Ela disse, você ouviu? A minha mulher, a minha 1,53, ficou com outro. Eu quero morrer! — Pronto, lá estava eu novamente me debulhando em lágrimas.

Ronan: Não conseguiu fazer nada para evitar, mas fez muito pra ela fazer o que fez, Arthur!

Que porra de amigo era o Ronan, que ficava enfiando o dedo na minha ferida? Nem me dei o trabalho de responder, estava ocupado demais chorando debaixo do chuveiro.

Carlinha tinha conseguido me transformar no cara mais patético que já conheci.

Até eu já estava de saco cheio de mim mesmo.

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O Crossfiteiro Irresistível.Where stories live. Discover now