Capítulo 67 :

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Olhando aquelas imagens, cheguei à conclusão de que eu queria a Carla de volta. Queria ser o homem da vida dela e o pai dos seus filhos.

Cheguei a lamentar o fato de ela não estar grávida.

Quando dei por mim, estava entrando naquela merda de boate, parecendo um touro bravo, sedento para chifrar um rabo aquele cara — o dele, não o dela, que fique claro.

Encontrei-a na pista de dança e preferia ter morrido atropelado antes de chegar ali para não ter que presenciar aquela cena.

Ela também ficou surpresa ao me ver e saiu apressadamente de perto do cara — para sorte dele, pois eu iria quebrá-lo em quatro pedaços se continuasse com aquelas mãos em cima dela.

Mas o fato da Carla ter fugido de mim doeu quase tanto quanto vê-la nos braços de outro.

Não que eu esperasse que ela fosse correr para os meus braços assim que me visse, mas pelo menos que quisesse falar comigo.

As mulheres não corriam de mim, e sim para mim, porra!

Recuperado do ego ferido, fui atrás dela.

Encontrei-a próxima ao banheiro. Sem pensar, segurei sua mão e a levei comigo até a saída mais próxima.

Carla: O que pensa que está fazendo? Me solta! — gritou, puxando o braço, quando já estávamos do lado de fora.

Arthur: O que pensa que está fazendo com aquele idiota?! — gritei ainda mais alto que ela.

Carla: O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta! — Começou a se afastar, mas ela estava enganada se achava que a deixaria ir. Segurei-a pelo braço, impedindo-a de fugir novamente. — Desculpe. — Foi o que consegui dizer.

Estava me desculpando não só por tê-la arrastado até ali feito um homem das cavernas, mas por tudo, principalmente por ter sido o filho da puta sem escrúpulos que fui.

Carla me encarou, surpresa, mas foi só por alguns segundos.

Carla: Não aceito merda de desculpa nenhuma! Solte o meu braço! — Soltei e me afastei um pouco.

Arthur: Só quero conversar um instante. — O olhar cheio de ódio que direcionou a mim, deixou-me desconcertado.

Carla: Não quero conversar, Arthur! Não quero ter mais nenhum tipo de contato contigo! O que é? Agora que me viu com outro resolveu que quer conversar? Não vou lhe dar outra chance de me humilhar!

Ela estava machucada e me senti um bosta por isso.

Olhei no fundo dos seus olhos, vi tanta raiva, mágoa, aquilo me enfraqueceu.

Sempre ouvi que era melhor a pessoa estar te odiando do que ser indiferente, pois, se ela agisse de forma indiferente, significava que não sentia mais nada por você.

Ainda assim, doeu demais saber o quanto estava ferida, por minha causa. Quis muito acreditar que, por trás daquela raiva toda, existia um sentimento ainda mais forte.

Eu precisava acreditar nisso para conseguir resgatar o que tínhamos, para lutar por ela, por seu perdão.

Arthur: Meu bem...

Carla: Não me chama assim!

Arthur: Desculpe, Carla, eu... — Quando abri a boca para falar, Pocah, Ronan e o tal cara que estava com ela apareceram do nada.

Pocah: Carla Diaz! — Ela a chamou. — Tudo bem aí?

Carla: Tudo bem — respondeu para a amiga e voltou a atenção para mim. — Fique longe de mim, Arthur... Você já me fez mal o suficiente. — Ela simplesmente virou as costas e se afastou, indo ao encontro dos amigos.

Como se não bastasse, o cara babaca ainda a abraçou e os dois saíram como se fossem dois namoradinhos.

Engoli seco, vendo-a partir com o babaca a tiracolo.

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O Crossfiteiro Irresistível.Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz