│PRÓLOGO│

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Bill Skarsgard

Suécia, Estocolmo


Hoje será a minha primeira sessão na psicóloga. Isso foi ideia da Eija. Concordo com ela, se eu realmente quero mudar tenho que procurar algo que me ajude.

Tudo pela minha ruivinha. Estou a três meses longe dela. Estou a ponto de enlouquecer! Me mudei para a Suécia e estou morando na cidade de Estocolmo que é a minha cidade Natal.

Faz exatamente três meses que não a vejo e muito menos sei notícias dela. Por mais que eu possa perde-lá para outro, vir para cá e ficar longe dela foi o melhor a se fazer.
Não sei quando a verei de novo. Talvez possa demorar anos. Ou talvez nunca irei vê-lá outra vez.

Paro o carro em frente a clínica da Doutora Miller. Dizem que ela é a melhor psicóloga da Suécia e a mas bem paga. Não sei muito bem disso, mas hoje irei descobrir.

Saio do carro e sigo para a clínica. Entro e passo direto para o escritório dela. Bato na porta e ela me manda entrar. Miller é uma mulher que aparenta ter mais ou menos uns 40 anos. Ela é loira e usa um óculos de grau.

-Olá, como vai? Sente-se querido. -disse ela gentil.

Sorri sem graça e sentei na poltrona a frente dela. Coço a cabeça impaciente.

-E então Bill, oque te trouxe aqui?

-Minha irmã. -fui ríspido e ela rir.

-Sim eu sei. Estou lhe perguntado o motivo, ou o que fez você aceitar vir aqui?

-Uma mulher. -falei lembrando da minha ruivinha. -Quero mudar por ela.

-Que fofo! -ela riu. -Aqui eu tenho seu laudo psicológico vamos ver... -ela analisa o papel em sua mão. -Nossa! Seu caso é bem complicado, mas nada que umas longas sessões não resolva.

-Não me enrole! Eu sei que a psicopatia e os meus transtornos não tem cura! -fui rude.

-Não estou te enrolado Bill. -falou com a voz meiga. -Sim, isso aí não tem cura, porém, posso te ajudar a se controlar.

-Como?

-Primeiro me diga oque sente por essa mulher que você fala? -ela pergunta e eu fico em silêncio por alguns segundos. -Pode falar Bill, já trabalhei em muitos casos assim.

-Eu amo ela mas que tudo! -falei sentindo um nó se formando na garganta.

-Se ama ela então porque quer machuca-lá?

-Eu Não sei! Eu tento não fazer isso mas é como se tivesse algo dentro de mim me controlando. -fechei os punhos com ódio. -Sempre que eu chego perto dela acabo machucando-a.

Ela concorda com a cabeça e escreve algo no seu pequeno caderno. Miller se levanta da poltrona e segue até uma mesa no canto da sala. Vejo ela por whisky em dois copos. Em seguida ela trás um para mim e pega o outro para ela.

-Quando estiver perto dela e você sentir essa vontade me machuca-lá, pense no que ela vai achar, ou pense no quanto você a ama. -ela pausa e dá um gole na bebida.

-E no que isso vai ajudar? -perguntei com cara de tédio

-Quero que feche seus olhos. -ela pede e eu fecho os olhos. -Agora imagine você machucando-a. Está bom não está?

-Sim. -falei imaginando os olhinhos da minha ruivinha.

-Agora imagine ela te odiando, imagine ela sentindo nojo e repulsa de você por estar fazendo isso. Imagine ela encontrando outro que a trate bem e que não a machuque.

Começo a imaginar e um ódio me consome. Não! Ela não pode ficar com outro. Ela é minha!
Aperto o copo com força até o mesmo quebrar em minha mão cortando minha pele.

-Já pode abrir os olhos.

Abri os olhos e percebi a minha respiração ofegante. Miller me entrega um lenço branco molhado com álcool e eu pego. Coloco o lenço no ferimento da minha mão não sentindo dor.

-Muito bem Bill. Sempre que sentir vontade de maltrata-lá pense nisso. -ela pisca o olho para mim.

Tenho que admitir que essa psicóloga chata está certa. Maltratar Melissa só vai faze-lá me odiar, e eu não quero perde-lá para outro.
Ela é minha e de mais ninguém!

Logo estarei bem controlado. Vou fazer questão de participar de todas sessões possíveis para mudar.

Eu quero mudar por você minha ruivinha.

Quando eu estiver pronto irei voltar para a Flórida e pagar oque é meu, na verdade sempre foi meu.

-A nossa sessão acabou, mas logo teremos outra! -falou a psicóloga contente.

-Com certeza! -sorri perverso e sai do seu escritório.

Saio da clinica e entro no meu carro. Pego o canivete no meu bolso e analiso.
Volto a me lembrar de todos os momentos que machuquei o meu anjinho. Sinto o meu pau ficar rígido só de pensar.

Será que devo mudar?

Eu adoraria ser esse monstro para sempre, mas ela não merece. Ela é um anjinho.
Meu anjinho.

-Custe oque custar ruivinha, mas no momento certo você voltará para mim!

-Custe oque custar ruivinha, mas no momento certo você voltará para mim!

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Esse é apenas um pequeno prólogo. Logo logo sairá o capítulo 1.

Fiquem atentos!

Votem e não esqueçam de comentar.

Beijos 💗

│OBSERVADA LIVRO 2 ││BILL SKARSGARD│Where stories live. Discover now