Ameaças

89 8 1
                                    


Após a escola, fui diréto pra casa, a prova de química estava fácil até, tirando os exercícios de equações termoquímicas, pelo menos a prova não se resumia aquilo.

— Cheguei mãe.

— Seja bem vinda! – minha mãe tem um costume fofo de dizer "seja bem vinda" quando eu volto da escola, na verdade, com quase todo mundo ela é assim.

Subi para meu quarto e me deitei na cama, não quero pensar em lição de casa por hoje. Peguei meu celular na mochila e abri meu instagram, geralmente para passar o tempo eu leio um livro, mas – diferente de como muita gente pensa – leitores não dão sua vida inteira aos livros, não em pleno século 21, então as vezes pego meu celular e passo meu tempo no intagram ou no twitter. Meu feed inicial apareceu uma foto de uma autora famosa com o nome Sarada, ela escreveu vários dos livros que eu amo de paixão, sem dúvidas ela é minha autora favorita. Minha dm estava mostrando três mensagens, uma era de Hinata, que reagiu aos meus storyes, outra era de um grupo onde trocamos, emprestamos e vendemos livros usados e a outra era uma solicitação de mensagem, abri pra ver quem era e dizia ser anônimo. Cliquei para ver o que era.

-Fique longe dele.
-Não fale com ele.
‐Ou você terá sérios problemas.

Estranhei, muito. Nunca em todos os meus 16 anos nessa terra eu tinha ouvido algo parecido. Descidi apenas bloquear o @ e excluir. Achei estranho terem conseguido me mandar alguma mensagem, já que eu tinha privado tudo, bem, hackers eu imagino. Respondi as outras dm's e fui fazer meu dever de casa. Não demorei tanto quanto esperava ter demorado, o tempo exato de terminar tudo e meu pai me chamar para almoçar. Tínhamos apenas arroz e legumes.

— O almoço tá bem simples hoje. – comentei pegando um brócolis.

— Sim, estava sem paciência pra cozinhar. – disse minha mãe.

— A perda da precisa te desmotivou?

— Acho que sim...se um certo alguém prestasse mais atenção quando quer procurar alguma coisa, talvez minha preciosa estivesse aqui comigo e talvez o almoço estivesse mais completo, mas só talvez sabe. – já tinha mais de um mês que o incidente aconteceu e minha mãe gostava de lembrar.

— Claro mãe, onde a preciosa está?

— Coloquei ela na caixa onde a ganhei e enterrei em uma floresta próxima, com uma plaquinha, óbvio.

— Sinto muito pela perda.

— Obrigada querida, seu pai deveria estar preso depois de um crime desses. – ela resmungou a última parte.

Por mais que eu tenha feito de tudo, aquela ameaça não saía da minha cabeça e com motivo, nunca tinha recebido tal mensagem, me perguntei várias vezes se era uma brincadeira idiota ou se era realmente sério, se fosse sério, poderia ser Karin ou Sasori, Karin talvez não, ela tentou me pedir desculpas dezenas de vezes, mas Sasori...tenho que desconfiar dele se aquilo fosse realmente sério. Também me pergunto se devo contar a Sasuke, ou às meninas, ou aos meus pais, se fosse uma brincadeira seria preocupação jogada fora, caso contrário, seria bom dizer a alguém...eu acho.

[...]

Acordei num salto hoje de manhã, sonhei que as ameaças tinham começado a ficar mais frequentes, olhei meu celular e – graças a Deus – não tinha nada. Me arrumei, tomei meu café da manhã e esperei Sasuke chegar, as mensagens não saíam da minha cabeça de forma alguma. Logo escuto a campainha e vejo Sasuke pela janela, vou até minha mãe, lhe dou um beijo na bochecha e saio de casa.

— Oi. – ele diz.

— Oi. – eu respondo.

— Aconteceu alguma coisa?

Meu romance de livro Where stories live. Discover now