together (we are seven)

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"ei, você está sendo bom para si mesmo?"

°°°

Anos depois

O barulho naquela livraria era tremenda, barulho de câmeras, gritos de fãs e os guardas pedindo calma. Sunghoon estava ali no meio autografando seu best-seller e falando um pouco com seus fãs. Oh sim, ele estudou e agora é um grande escritor, está conhecido pelo país e por todo o mundo.

— Senhor Kim, os personagens do seu livro são todos fictícios ou você se inspirou em alguém? — Uma fã pergunta.

— Isso eu deixo a critério da imaginação de vocês — Ele responde com um sorriso no rosto.

Depois de autografar vários livros ele foi para sua casa, o apartamento não tão grande e sem muito luxo já que lá só mora ele e a KyungJoo, essa que agora é uma policial, uma das melhores.

— Vai lá hoje? — KyungJoo pergunta terminando de comer seu lanche.

— Vou, faz tanto tempo que eu vejo eles.

— Se cuida ok? Eu não vou poder ir, estou com um caso muito importante agora.

— Vou me cuidar, e você também, não pegue leve com os criminosos.

— Eu nunca pego leve com eles.

Sunghoon foi se trocar, estava doido para tirar aquele terno, vestiu uma calça jeans, uma blusa branca e um colete bege, calçou seu all star preto e terminou colocando o seu colar da sorte, é apenas uma corrente prata com um pingente no formato do orfanato que viveu, por mais que tenha lembranças ruins de lá ele costuma se concentrar apenas nas boas, principalmente nas pessoas que conheceu lá.

Depois de arrumado, ele saiu do apartamento e entrou no seu carro dirigindo para a cidade vizinha, enquanto dirigia a música "Dance For The Hell Of It" da cantora LOVA tocava no rádio, uma das suas favoritas.

"Droga, por que as pessoas são tão brandas? Gostaria que elas pudessem se importar o suficiente para olhar para cima por cinco segundos, dar a mínima e se soltar para dançar por diversão" — Sunghoon cantava sorrindo e batucando no volante, a estrada vazia, apenas ele, a música e o lindo sol brilhante lá fora. Ele se sentia tão leve, conseguiu recomeçar sua vida e está vivendo bem, quem diria que o cara sem esperanças de continuar vivo por muito tempo agora é um escritor famoso de apenas 22 anos? Mas claro, as vezes a saudade apertava.

Como agora.

Sunghoon estacionou o carro na frente daquele lugar que não via a tanto tempo, sorriu ao ver que tinha valido a pena investir no orfanato que viveu por tanto tempo. O orfanato happiness agora tinha cores escuras que dava um ar sofisticado, os cantos que precisavam de reforma agora estavam inteiros, Sunghoon ajudou dando mais instrumentos para a sala de música, ajudou para que o ambiente da cozinha e a comida tivesse uma qualidade melhor, conseguiu até abrir uma biblioteca para os órfãos terem mais acesso a leitura e educação, por isso também comprou computadores.

— Sunghoon, há quanto tempo — A nova diretora diz vindo abraçar o garoto — Você está lindo.

— Muito obrigado, eu posso vê-los?.

— Claro que pode, no mesmo lugar de sempre, depois volte aqui e a gente põe o papo em dia.

— Pode deixar.

Sunghoon foi andando a caminho da floresta, essa que já não parecia nada assustadora, ele teve que passar por aqueles lugares que tinha péssimas lembranças até chegar onde há muitos anos ficava o prédio abandonado, agora é apenas um campo grande e florido, o coreano caminhou até perto das tulipas brancas e rosas, lá onde tinha seis lápides, um ao lado do outro, e cada um com o nome dos garotos que Sunghoon jamais esqueceu.

— Olha só quem finalmente apareceu — Sung sorri e se senta na grama — Me perdoem pela demora, aconteceu muita coisa, eu comecei a fazer faculdade de letras e ela ocupou totalmente meu tempo, e depois disso eu comecei a trabalhar numa editora e por aí vai, mas não vamos falar disso. Lembram que eu prometi que iria honrar a lembrança de vocês? Falei que iria realizar o sonho de cada um? Pois bem, eu dei o meu jeito.

O coreano sorriu e olhou para o primeiro túmulo, nele estava escrito "Lee Heeseung, o melhor hyung do mundo" — Hyung, você queria ser professor, certo? Bom, eu escrevi um livro que por incrível que pareça virou um best-seller, o nome é "O orfanato" e conta a história de um grupo de sete meninos que precisam enfrentar espíritos, parece familiar não é? Bom, esse livro está em vários colégios do mundo, os professores fazem alguns alunos lerem, então parabéns Heeseung hyung, você está ajudando na educação das crianças.

Agora ele olhou para o túmulo ao lado "Jay Park, dono dos melhores abraços" — Jay hyung, você queria abrir uma loja de cosméticos em Seattle, não é? Bom, um grupo de leitores fiéis de Seattle abriram uma loja de cosméticos chamada "Jay cosmetics" em homenagem ao personagem favorito deles, isso não é fofo da parte deles? Eu fiquei muito feliz quando fiquei sabendo, até comprei uns perfumes de lá, são de ótima qualidade.

Agora o outro túmulo "Jake Sim, um príncipe de risada escandalosa" — Jake hyung, eu não consegui realizar seu sonho de ser surfista, mas um dos seus sonhos era ser famoso, não é? Você se tornou mundialmente famoso mesmo que algumas pessoas acreditem que você é apenas um personagem fictício, acho que isso conta, né?.

O outro "Kim Sun-Woo, o garotinho mais fofo do mundo" — Sunoo, você inspirou as pessoas a correrem atrás dos seus sonhos e nunca desistirem, nem nos momentos mais difíceis, acredite, tem leitores que tem você como apoio e eu acho isso lindo, fazer o que, meu melhor amigo é precioso mesmo.

O outro túmulo "Yang Jungwon, personalidade forte mas era apenas um bebê" — Queria trabalhar com crianças, Jung? Bom, muitas não podem ler já que o conteúdo do meu livro não é tão leve assim, mas adolescentes lêem e amam você, já ouvi algumas falando que são cadelinhas de você, eu não entendi bem o que queria dizer mas ok.

E agora, o último túmulo "Nishimura Riki, ele dizia muito sem precisar falar nada" — Niki, também não pude realizar seu sonho de ser modelo, mas você queria conhecer o mundo e agora seu nome está em bibliotecas do mundo inteiro, isso é insano até mesmo para mim.

Sunghoon abaixou a cabeça sem tirar o sorriso do rosto, olhou para cada um daqueles nomes com orgulho e saudade, não podia negar que as vezes sentia falta deles.

— Como será que vocês estariam hoje em dia? Eu não sei, mas o que aconteceu ficou no passado, eu consegui eternizar os nomes de vocês e isso já é o bastante, prometo vir aqui mais vezes. Enfim, a diretora Cho está doida para bater um papo então vou voltar para o orfanato, prometi que brincaria com as crianças também, tchau meninos, eu amo vocês.

Ele se levantou e limpou sua calça, estava andando pela grama voltando pelo caminho que veio quando escutou uma vozinha familiar gritar seu nome. Se virou de volta para os túmulos e jurou ter visto alguns vultos brancos, ele sorriu e acenou mesmo sabendo que pareceria um louco, no fim das contas os meninos estavam lá para escutar as histórias de Sunghoon.

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Agora sim, esse é oficialmente o fim dessa versão, MUITO OBRIGADO POR TUDO, mas não me deixem, lembre-se que em breve teremos a segunda versão, juro trazer ela o mais rápido possível 🤍🥰

The orphanage // enhypenNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ