longing

1.2K 210 369
                                    

"Saudade? Só um pouquinho.
Um pouquinho o tempo todo."
– Bruno Fontes

°°°

FLASHBACK (Jay)

O pequeno Jay com seus 13 anos estava animado para andar de barco com seus pais, eles sempre disseram que o levariam e esse dia finalmente chegou. Estavam passando algumas semanas na Coréia do Sul para ver a avó do pequeno e aproveitaram para realizarem o sonho do filho.

Eles estavam no mar, o pequeno barquinho apenas com eles e uma cesta com comida, eles cantavam alguma música sobre viagem animadamente, o americano já considerava aquele um dia marcante, e foi, mas não do jeito que ele queria.

Tudo aconteceu muito rápido, uma onda forte se aproximou, eles não estavam preparados para isso, atingiu o barco em cheio e Jay já não conseguia ver muita coisa, estava tentando se manter boiando mas não sabia nadar, viu seu pai o chamando enquanto sua mãe se encontrava boiando na água já sem vida.

Depois disso ele só sabia o que tinham falado para si, tinha um barco próximo que conseguiu socorrer ele e seu pai, levaram eles para o hospital mas o senhor não aguentou e morreu, deixando o pequeno Park sozinho. Não podia ser criado pela sua vó, ela morava num asilo para idosos e não tinha capacidade nem para cuidar de si mesma, Jay Park estava sozinho.

°°°

Park JongSeong assistia seus amigos brincando no rio enquanto se contentava em molhar os pés, sempre que pensava em entrar em rio, mar ou qualquer coisa do gênero ele se lembrava de como perdeu seus pais e ficou sozinho no mundo. Ele se sentia culpado, era ele que vivia pedindo para seus pais o levarem para um passeio de barco, era ele que teve aquela maldita ideia, foi ele que pediu para eles irem mais longe ao invés de ficar próximo da margem.

Seus pais morreram afogados e a culpa era inteiramente sua.

— Quem puxou meu pé? — Jake pergunta se virando para os amigos.

— Ninguém puxou seu pé, doido — Jungwon responde enquanto jogava algumas gotinhas de água no cabelo do Nishimura que estava na sua frente — Deve ter sido alguma pedra ou mato, sei lá.

— Eu juro que senti dedos agarrarem meu pé e tentar puxar — Jake tenta argumentar e olha para baixo vendo se encontrava algo mas sem sucesso.

— Deve ter sido impressão sua só, hyung — Sun-Woo fala mergulhando na água.

— Jay, você viu alguma coisa? — O australiano não conseguia simplesmente acreditar que foi impressão sua, tinha certeza que tinha sentido algo lhe puxar.

— Não vi nada, os meninos estavam todos brincando.

Jake ficou um pouco incomodado com essa história mas voltou a brincar para tentar se distrair, o americano não tirou aquela informação da sua cabeça, para ele as coisas ultimamente estavam estranhas demais. Os barulhos que escutava durante a madrugada no corredor, a queda do Sun-Woo da árvore sendo que o garoto sempre fez isso e nunca se machucou, o cara estranho que estava perturbando o Niki, a morte repentina do colega de quarto do japonês e agora essa sensação horrível que o Jake sentiu.

Alguma coisa estava acontecendo, alguma coisa muito estranha, e Jay queria descobrir o que era.

Mais tarde todos voltaram para o orfanato, trocaram de roupa e foram jantar, Jake e Heeseung foram juntos com Niki na sala da diretora e contar sobre o cara esquisito, enquanto isso os outros foram para o quarto do Kim, onde tinham mais privacidade para conversar sem que alguma outra pessoa aparecesse para atrapalhar.

— Vocês não acham que está tudo estranho demais? — Jay pergunta, queria compartilhar suas paranóias com seus amigos.

— Que coisas? — Sunghoon pergunta.

— Tudo que está acontecendo, o Sun-Woo caiu da árvore hoje sendo que sabemos que esse menino sobe em árvore desde que aprendeu a andar, ainda tem essa história do homem esquisito que está assustando o Niki e no dia seguinte o colega de quarto dele morre e nem o médico consegue explicar o porquê, e teve a sensação que o Jake sentiu no rio de que alguém estava puxando o pé dele, vocês não acham isso estranho não?.

— Eu ultimamente me sinto observado e... As vozes, estão mais altas — Sun-Woo desabafa abaixando a cabeça, não gostava de falar sobre as vozes que escutava — Quando eu caí da árvore tive a impressão de ter visto um cara de cabelo azul e vi a mesma coisa quando estava me trocando aqui no quarto.

— Também me sinto observado — Sunghoon conta.

— Eu não senti nada estranho, sinceramente — Jungwon conta — Mas essa noite eu tinha escutado risadinhas no lado de fora do orfanato, achei que era loucura minha.

— Exatamente, eu quero descobrir o que está acontecendo e acabar com isso, eu sei que nunca vamos poder ter uma vida normal depois do que passamos no passado mas fala sério, ser observado já é demais — Jay fala e os meninos concordam com si.

— Voltamos — Heeseung anuncia entrando no quarto com Niki e Jake ao seu lado — A diretora disse que vai chamar a polícia para investigar envolta do orfanato e na floresta mas que acha quase impossível que alguém tenha entrado sem fazer barulho.

— Pelo menos vão investigar, isso é um alívio — Jake fala.

Eles se sentaram juntos e Jay contou para os três garotos o que estavam conversando antes, eles concordavam que as coisas estavam bagunçadas mas diferente dos outros Heeseung não concordou em investigarem por conta própria, disse que a polícia já viria no dia seguinte então era para deixar nas mãos das autoridades.

Era 23:40 quando todos decidiram ir para seus quartos e dormirem, Niki ficou já que iria dormir com Sun-Woo. O Kim conseguiu outro colchão com a diretora e o colocou no chão o arrumando e deitando dele, claro que deixaria sua cama para o mais novo.

— Hyung... — Niki o chama terminando de vestir seu pijama — Vou... — Ele faz um sinal com as mãos como se tivesse bebendo algo — Água.

— Vai beber água? — Sunoo pergunta e o japonês balança a cabeça positivamente — Ok, volte logo, Riki — O Kim se vira na cama já fechando os olhos para dormir.

Nishimura sai do quarto e vai até a cozinha para beber água, estava tudo escuro e silencioso já que dormiam em seus quartos, ele lavou o copo e subiu as escadas para voltar ao quarto, quando andava pelo corredor escutou alguém o chamando. Ele se virou para trás e o viu, o cara estranho ainda ensanguentado e com aquele sorriso assustador.

Niki não conseguiu correr, se sentiu preso no chão e sua voz não saía, foi como a noite anterior. Aquela coisa estranha se aproximou do japonês e colocou sua mão gelada no queixo do pequeno.

— Nishimura, você vem comigo.

\\\

gente eu vou morrer KKKK

Minha namorada e minha amiga estão lendo e falaram que o favorito delas até o momento está sendo o Niki KKKKKKKKeu me lasquei bonito agora

Meninas lembrem-se, se me matarem eu não poderei atualizar a fanfic para vcs me matarem de novo depois

Até amanhã dengos

The orphanage // enhypenWhere stories live. Discover now