Festa: Hora do show

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Depois de um tempo tentando reunir os bêbados, que só queriam curtir e esqueceram da nossa obrigação como sempre, nos preparamos para finalmente começar o show.

Confesso que não fazia ideia de como seria, muito menos quantas músicas cantaria, sete no total, realmente todos ficaram bastante empolgados com nosso show e os frutos disso seriam colhidos mais tarde.

De fato, havia muita animação no local, a primeira música havia começado e quando chegou parte do refrão, todos gritavam e pulavam ao ritmo da banda. Connie pirava, pulando de um lado ao outro com sua guitarra. Bertholdt estava empolgado, até esboçava um sorriso fazendo um ótimo trabalho no baixo.

Reiner tocava a bateria de forma que parecia que as baquetas quebrariam, tamanho empenho que ele colocava ao tocar o instrumento. E eu cantava a plenos pulmões. Nunca precisei me esforçar tanto devido a multidão. Uma gota de suor escorria pela minha face, mas nada daquilo impediria-me de sentir a melhor sensação de todas. Tocando eu me sentia livre.

Realmente todos gostaram do show, mas durante uma música mais lenta, pude notar que Historia parecia eufórica. Ela sentia a música de um jeito único e inexplicável. Sim, eu não consegui tirar meus olhos da loira durante a música. Seus olhos estavam fechados, sua mão direita apertava forte o vestido acima do peito, ela cantava tudo, sabia a letra até melhor que eu, já que as vezes precisava revisar antes de algum show.

Agora ela estava plena, sua serenidade era transmitida para mim. Ao seu lado estava Jean, ele tinha o braço ao redor de sua cintura e eu mal notei a leve sensação de raiva que emanou profundamente em mim. Pelo menos fingi não notar. Ao desviar daquela cena vi Marco, sua aparência estava triste desde o começo da festa.

Bom, encerramos o show, aos gritos de todos. Centenas de notificações chegavam no meu Instagram, as pessoas estavam postando pedaços do show de hoje.

Essa altura eu já tinha desistido de beber pequenas doses de vodka então segurava uma garrafa de cerveja na mão. Me dirigi até meus colegas novamente.

-Parabéns maninha, o show foi incrível.- Sasha disse me abraçando, ela sabe que eu odeio, mas me conformei em apenas sorrir, nada estragaria meu humor agora, realmente foi um show incrível.

Uma coisa que eu sempre vou achar engraçada é como Annie prende Armin em seus braços. A garota é ligeiramente mais alta que o rapaz delicado em seus braços. É fofo admito, lembro da cena na cozinha mas bebo para afastar isso. Quero acreditar que Armin não faria algo assim, por que o Eren eu sei que faria. Mas tudo bem eles são amigos de infância e a Annie saberia pelo cheiro imagino.

Armin é uma das poucas pessoas que não está no meu ciclo que eu não odeio. Ele sempre fica na dele e isso é maravilhoso para mim. Não interajo muito com o mesmo, mas não faz mal.

Sasha é muito amiga de Mikasa e essa é muito amiga de Annie. Bebo mais um gole, já começo a ver as coisas mais lentas. Nessa hora que todos notaram o sumiço de Eren, pobre Mikasa, não foi difícil achar o garoto beijando alguém a uns metros de onde estávamos. Toda festa a garota apaixonada tinha que ver cenas como essa.

-Mika, não fica assim.- Armin disse com um olhar de compaixão.

-Eu estou bem.- Ela disse seca.- Vou pegar mais bebidas.

-Toda vez é isso.- Annie disse com raiva.

-Pior que eu já conversei com ele amor, mas ele não me escuta.

-O que vocês esperavam? O Eren é mimado e irresponsável.- Digo revirando os olhos. Para minha surpresa nem mesmo Armin defendeu o garoto dessa vez. O clima fica pesado então resolvo dar uma volta.

Viva por vocêWhere stories live. Discover now