14.

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Espero que estejam prontos para a mais nova fase da fic!

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Harry pov

Meu Merlin!

Todas aquelas dores que sentia em picos durantes esses últimos três meses com toda certeza eram um treinamento, um treinamento para esse inferno que é a transformação veela.

Passei a noite inteira com a sensação de que meus ossos fossem fichados e arrancados para se adequarem ao novo lugar deles em meu corpo, o que é no mínimo bizarro. Mas acordar no dia seguinte sem um rastro de toda aquela dor era relaxante, embora minha roupa de cama estivesse cheia de suor.

Ainda não tive coragem para olhar meu corpo na frente de um espelho, e a cada segundo que se passava a ansiedade aumentava.

Respiro mais uma vez no banho para tirar o resto de suor do corpo, olhando sempre para cima, com medo de não gostar do novo eu.

— Respira, você é lindo de qualquer maneira, então por favor escute a si mesmo. – Conversava comigo mesmo enquanto me secava e colocava uma calcinha roxa de renda. – Você já era gostoso, agora está mais.

Tento acreditar em mim mesmo, porem tenho dificuldade por conta de toda a insegurança do meu corpo, afinal não importe como ele seja as pessoas sempre palpitaram em cima para você mudar. Crio coragem e abro meus olhos.

— Uau – digo analisando meu novo corpo.

Minhas curvas ficaram mais acentuadas, a minha pele e meu cabelo parecem brilhar, minha bunda parece que cresceu e ficou mais empinada. E pela primeira vez desde que Moony me incentivou a usar as peças de roupas que gosto, sorri verdadeiramente para o meu corpo.

Coloco uma roupa e desço para tomar café com meus padrinhos.

— Por favor, Moony, ela é edição limitada, eu preciso dela. – Sirius seguia Remus pela cozinha com uma revista sobre motos na mão.

— Não, chega de motos, Sirius, já temos quatro na garagem – fala pegando uma xícara de chá bem quente.

— Cinco, esqueceu da que fica na tia Andy – digo entrando na cozinha. A surpresa de ambos ao olharem para mim eram perceptíveis – Está tão diferente assim?

— Harry... – Sirius disse vindo em minha direção – Você encolheu.

— O QUÊ? Não encolhi não!

— Parece que você está menor, meu amor. – Rem diz deixando a xícara na bancada e vindo a mim. – Vamos conferir na parede.

A parede ao lado da lareira fica todas as marcações de quanto eu crescia a cada ano. As primeiras marcas tinham grande diferença, mas desde meus onze anos até agora eu cresci apenas vinte centímetros.

— Encosta direitinho – Sirius falava enquanto Remus pegava uma caneta.

Quando ele termina de riscar eu saio da parede e vejo que realmente encolhi.

— Não é possível, como isso aconteceu?

— Eu sempre disse que você era um tampinha, mine prongs. – Siri diz e eu dou um soco em seu braço, o fazendo rir.

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— ... e lembre-se se tentarem algo com você me mande uma coruja que eu vou até a escola e acabo com a raça desse mine pervertido, você é só um neném – Sirius dizia enquanto eu pensava "Um neném que já quase fez um neném"

Foi antes de descobrir ser veela, estávamos no Brasil e tinha um menino Daniel, loiro de olhos azuis puxado levemente para cinza, nos ficamos em uma festa que fui e quando ia acontecer eu o chamei de Draco.....

Enfim, eu tento ao máximo apagar esse acontecimento da minha vida.

— Pode deixar, padrinho. E se eu precisar de qualquer coisa, eu tenho o Dray – digo e vejo Sirius ficar menos tenso.— Verdade, aquele moleque coloca qualquer um para correr antes de chegar em você.

— Se cuida – Remus diz beijando a minha testa – qualquer coisa mande uma coruja ou uma lareira se for mais urgente.

— Pode deixar, pai – vejo os olhos de Rem ganharem um brilho. – Escritório Dumbledore – grito e logo uma fumaça verde me cerca.

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Depois de uma breve conversa com o diretor sobre todas as coisas que podem acontecer e as medidas que tomariam.

Ele também disse que Severus está quase terminando a poção que faria meus encantos veelas se concentrarem apenas no meu companheiro e não a todos ao redor.

É claro que depois que o vínculo entre ambos não precisaria mais tomar as poções, mas por agora ela é minha maior aliada.

Como as aulas já começaram, eu tenho permissão de usar esse tempo até a próxima aula para levar minhas coisas para o meu quarto privativo. Vai ser estranho não ter toda a bagunça que o dormitório proporcionava, mas também eu vou ter liberdade e privacidade.

Eu pude escolher a senha do meu quadro e até agora eu não acredito que escolhi queijo quente, dentre tantas coisas eu escolhi o meu café da manhã favorito.

— Harry? – me assusto enquanto termino de fechar meu malão cheio – Você voltou, mas já está saindo de novo? – pergunta Ron.

— Não, apenas vou para um dormitório privativo, por... sabe – aponto para mim mesmo.

— Há, sim, verdade.

— O que faz fora da sala? Não tem aula do Binns?

— Tenho, mas disse que ia ao banheiro e vim aqui pegar uns doces que deixo escondido, para ver se me dá pouco de energia para suportar a vontade de dormir a aula inteira, porque não aguento mais receber um tapão da Hermione para ficar acordado ou acordar.

— Até hoje não entendo como ela pode ter uma mão tão pesada – digo e começamos a rir.

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Acabei não indo para a aula no restante do dia, mas pedi para o Rony chamar todos os nossos amigos para jantarmos no meu quarto, já que eu tenho uma cozinha e vou cozinhar a noite.

Ronald chegou mais cedo para me ajudar a terminar de arrumar umas coisas e ficamos conversando.

— Nossa, você e a Lilá... é estranho. – digo colocando a lasanha no forno.

— Eu sei, mas não mais estranho que o Blas com a lufana idiota – confiro a temperatura.

— Eu acho que tudo isso é passageiro. Enfim, vou tomar banho se eles chegarem abre a porta.

Quando estava penteando meu cabelo, vejo tudo ao meu redor se tonar dourado.

Puta merda!

The little VeelaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora