décimo sétimo.

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peço desculpas pelo início do capítulo, é repetitivo, mas eu preciso que vocês entendam como as coisas funcionam para o harry

estamos entrando em uma nova fase da estória e eu não poderia estar mais animada para isso :)

contando com os comentários de vocês, mwah !

•••

Harry simplesmente não consegue se perdoar.

Ele não tem consciência do porquê fez aquilo. Tinha plena noção de seus atos, não estava totalmente bêbado, ele só não entende que merda deu em sua cabeça.

Styles com certeza sente que pode explodir à qualquer momento. À qualquer segundo. Sua cabeça lateja desde a noite anterior. Quase vinte e quatro horas depois do acontecimento. Porra, ele não sabe como parar de agir assim.

Harry com certeza não queria estragar aquela amizade. O que eles tinham era algo puro, sincero, uma amizade legal, ele não queria ter feito o que fez e arruinar tudo. Mas o maior tempo que ele conseguiu manter alguém por perto foi por oito anos e, pelo visto, isso nunca vai mudar.

Ele não pode negar o quão bom foi aquilo, mas sente vontade de chorar apenas por ter um lapso de lembrança do dia. Harry não queria estragar aquela amizade, ele foi tão idiota, não podia ao menos tentar fingir que a culpa não foi sua porque a culpa é totalmente sua.

E aquilo foi tão repentino. Styles odeia beber, definitivamente, ele perde a sobra de sanidade que tem e faz merdas como aquela.

Harry se odeia nesse momento, mais do que um dia pode se odiar. Se odeia por ter feito o que fez. Por ser como é e por atrapalhar a vida de Louis.

Obviamente sua raiva e frustração foram descontadas nos desenhos e na caixa de som ligada, no último volume, o que certamente gerou um enorme conflito em sua casa, mas dessa vez ele queria aquilo. Queria chamar atenção de seus pais. E conseguiu. Aliás, quando ele não conseguia o que queria?

Não era à toa que ele ouviu xingamentos de Cillian por trinta e sete minutos consecutivos. Aquilo havia o inspirado à desenhar. Reformulando: Inovar.

Seus traços sempre foram extremamente delicados e calculados, sempre, desde que começou a desenhar com giz de cera colorido na pré-escola.

Mas dessa vez, seus desenhos não eram nenhum pouco realistas ou dignos de olhares admirados. Eram coisas macabras, piores até mesmo que a capa do CD Aneurysm. Ele havia gostado, resumia bem a forma como sua mente funcionava.

Sua cabeça era fodida. Ele sabia disso. Não era alheio, conhecia a confusão que era, mas ele realmente não queria mudar.

Harry havia se confortado na baderna de maneira inexplicável, havia se aconchegado naquela confusão mental que vivia.

Ele não gostava de ser um merda do caralho, de estragar tudo e todos à sua volta, mas não queria mudar. Nem por ele, nem por ninguém.

Na verdade, suas expectativas de vida eram bem baixas, Harry não pretendia passar dos vinte e um anos.

Harry era uma espécie de peso.

E não era se martirizando nem nada, ele era um peso até para si mesmo em alguns dias. Chegava a ser engraçado.

A semana se passou de uma forma muito lenta, os dias pareciam quererem torturá-lo depois de – literalmente – fugir da casa de Tomlinson. Ele apenas pensa que precisa daquele tempo, embora saiba que terá de ver Louis e escutá-lo dizendo que aquilo provavelmente fodeu com a amizade que eles mal começaram a ter.

When you met me in detention.Where stories live. Discover now