décimo quinto.

4K 515 1.9K
                                    

comentários? :)

•••

Louis decide ficar, mesmo com milhares de perguntas vagando por sua cabeça enquanto ele suspira determinado e caminha até o quarto de Harry, acendendo as luzes claras e iluminando todo o cômodo.

O quarto era realmente bonito, Tomlinson ficou boquiaberto ao ver a quantidade de desenhos espalhados por qualquer superfície plana, até mesmo sobre o solo de madeira.

Ele havia desenhado nos rostos de todos os integrantes de bandas, de todos os pôsteres colados em suas paredes. Louis sorriu ao ver aquilo.

Harry era talentoso 'pra caralho, e Louis nunca imaginaria que o garoto tinha tamanho talento.

Seus traços eram quase hipnotizantes.

As cortinas da grande porta de vidro, que o levava para a sacada, estavam abertas, permitindo William ver as ruas iluminadas pelos postes públicos, enquanto poucas pessoas caminhavam rapidamente pelas calçadas naquela madrugada.

O clima havia se tornado sereno, quase frio, enquanto o vento balançava a pequena árvore plantada na rua lateral da casa de Harry.

Louis o observou tirar seu casaco de novo, o jogando no carpete felpudo e sentando-se sobre a cama de casal bagunçada.

O quarto de Styles tinha um odor de mofo, como se ele nunca houvesse aberto o cômodo antes. Tomlinson estranha aquilo, mas caminha até ele, que está prestes a se deitar com os coturnos.

— Não faça isso, vai sujar seus lençóis. - Ele se agacha no chão, apoiando seus joelhos no mesmo carpete onde está o casaco de couro, e desamarra as botas apertadas, as retirando dos pés de Styles, enquanto o menor boceja.

Harry tem seus olhos fechados, apoiando suas mãos atrás de seu corpo, no colchão, e Louis pode jurar que ele já está dormindo. Mas ele começa: — Meu pé não fede chulé não, né? Passei um monte de talco, é impossível que esteja fedendo, Louis.

— Não está. - Responde simples, levantando-se e se inclinando sobre o mesmo.

— Nossa, você tem um cheiro tão masculino. Me dá vontade de espirrar.

— Está com fome? - Perguntou, o ignorando totalmente e ajeitando todos aqueles travesseiros – em quantidade exagerada – próximos à cabeceira da cama.

Harry nega, apoiando sua cabeça nos tecidos macios, e quase geme ao sentir seus músculos relaxarem, principalmente suas costas. — Não, estou cansado, não quero nada.

— Você precisa comer alguma coisa. Eu posso ver se tem algo na sua geladeira?

— Tem uva, traz o cacho, eu gosto. - Styles se cobriu com os edredons, se confortando sob eles, enquanto Louis assente e deixa seu quarto.

Em menos de cinco minutos Tomlinson está de volta, com o cacho de uvas dentro de um pequeno recipiente – para que Harry deixasse as sementes – e um copo cheio d'água.

— Aqui. Coma e vá dormir. - Ele se senta no chão, ao lado da cama. Deixando o copo de vidro em cima da mesinha e o pote de fruta na cama, ao lado de Harry.

Edward estava tagarela, ele realmente não dizia coisa com coisa, e Louis só queria ir para sua casa. Ele queria deitar e dormir até que perca o horário de todos os seus afazeres domésticos do final de semana.

Era incrível a maneira como – mesmo alcoolizado – Harry não dizia nada íntimo seu, apenas coisas fúteis e banais. Ele era como uma pequena antena antiga, que só permitia as imagens dos televisores serem nítidas quando queria, sem motivos aparentes para escolha de horários ou dias os quais funcionaria.

When you met me in detention.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora