Capítulo XII: Inimigo do meu Inimigo

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O Esquadrão Aurora se encontra no momento em Tatooine, na cidade de Mos Eisley. As histórias sobre Tatooine não eram nada convidativas. Novamente os quatro aventureiros se encontravam num planeta quente, desértico e árido, num vilarejo declinante, repleto de criminosos. Se você quisesse fugir e não ser encontrado, aquele era o lugar certo. Eles estavam lá a mando de Dryden Vos, como de habitual. O objetivo deles naquele lugar era ajudar uma mulher do crime whiphid, chamada Valarian, concorrente de Jabba, o Hutt. A Aurora Escarlate tinha uma forte rixa com o Clã dos Hutts. O inimigo do meu inimigo é meu amigo, como dizia o ditado.

Durron se sentia estranho naquele lugar. Não sabia dizer se era um distúrbio ou um chamado da força, mas sempre que olhava para as dunas distantes, podia sentir. Algo ou alguém talvez precisasse de sua ajuda. Talvez fosse coisa da sua cabeça, abalada pelos sóis escaldantes. Ele ignorou, seja o que fosse, ele não atendia mais a esses chamados.

"Deve ser o calor"

Ele pensou, deixando de lado o fenômeno.

Apesar de suas roupas estarem empoeiradas de areia, a caráter do local, a presença deles chamava a atenção dos olhos curiosos. Boil percebia os olhares e sentia-se desconfortável com aquilo. Não entendeu por que eles chamavam tanta atenção:

- Perceberam que eles estão nos encarando? – Cochichou, o clone - Por que será?

- Devem ser caçadores de recompensa! – Respondeu, Pit – Tem que aceitar que somos um grupo diverso, que chama a atenção. Além do mais, somos procurados!

- Devemos nos preocupar? – Perguntou, Durron.

-Não! Se fossem nos atacar já teriam feito isso... acredito que eles não querem problema com a Aurora Escarlate!

-Esse é o preço da fama! – Comentou, Lira. Não admitia, mas gostava de ter os olhares direcionados a ela.

Eles chegaram ao covil de Valarian, nada exuberante em comparação ao palácio de Jabba. Era uma casa de arenito como as outras, porém, ligeiramente maior. Um guarda que ficava na entrada levantou o pano, que servia como porta, para os convidados entrarem. Estava claro, pelo menos para Durron, que Valarian era uma rival para o Hutt apenas em seu próprio imaginário. Dentro do recinto, a mafiosa estava deitada num sofá. O ambiente era enfeitado com cortinas e tapetes vermelhos, além de estátuas valiosas. Diferente do lado de fora, o interior era luxuoso. Tentava manter sua morada destoante das outras, para se diferenciar da plebe.

Ela os recebeu de braços abertos, entusiasmada:

-Esquadrão Aurora! Fico feliz em vê-los! Sabia que Vos não ia me decepcionar!

Pit, vendo a linda whiphid, pelo menos aos seus olhos, começou a pentear seus pelos, de forma clandestina, com a mão. Valarian olhou minuciosamente seus convidados, encarando suas faces e suas vestes. Quando chegou perto de Pit, pegou em uma de suas presas de marfim, um ato muito íntimo dentro da cultura whiphid. Pit ficou sem graça:

-Vejo que trouxeram um presente para mim! - A senhora do crime se referiu ao seu igual.

-É muita gentileza sua! A senhora também possuí lindos pelos! - Claramente ele estava nervoso, seu corpo estava tenso, imóvel. Fazia muito tempo que não passava por uma paquera.

-Eca! - Boil murmurou enojado, pensando na abominável cena.

-Pois bem... - Ausar deu duas tosses forçadas, atrapalhando o flerte dos dois - Qual é o serviço, senhora Valarian?

A moça deixou de encarar Pit, sentou-se no sofá e começou a explicar:

-O povo da areia capturou um droide astromecânico que contém detalhes de minhas operações. Preciso recuperá-lo antes que caia em mãos erradas. Acredito que ele deve estar no Cânion do Mendigo. - O esquadrão empunhou suas armas e se aproximaram da saída, já sabiam o suficiente. Antes que pudessem se retirar, Valarian os interrompeu - Mas eu agradeceria se deixassem seu amigo em minhas hospedagens... por motivos profissionais, é claro.

Ausar Durron: A Star Wars StoryWhere stories live. Discover now