Capítulo XI: Extorsão da Opulência

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O atual destino do Esquadrão Aurora é o desértico planeta de Cantonica. Diferente da maioria dos planetas áridos, este era o destino de turistas ricos, jogadores afortunados e burocratas da máquina de guerra do Império. Tudo isso graças a Canto Bight, uma cidade costeira repleta de cassinos e hipódromos. Para tal, eles não poderiam usar suas roupas habituais. Vestiram-se de ternos elegantes e Lira se enroupou num vestido vermelho exuberante. Ao pousarem o Barril no planeta, conduziram-se para a entrada do principal cassino da região. O lado de fora estava repleto de bêbados ricos e empreendedores falidos, exibiam-se ao lado de suas speeder bikes brilhantes e revestidas em materiais raros. Durron, aproveitando a ocasião, ofereceu seu braço a amiga dathomiriana:

-Me daria a honra? - Perguntou.

Vars sorriu. Eles entrelaçaram os braços e entraram juntos. Durron virou para trás e brincou com os colegas:

-Vocês encontram o Conde, eu e Li vamos ficar de vigia no terraço... aliás, podem dar as mãos um pro outro se sentirem-se sozinhos!

-Muito engraçado, Ausar. - Respondeu o clone, sem achar graça na brincadeira.

Pit não se importou, até gargalhou ao perceber que o colega clone havia ficado sério com a insinuação. O whiphid estava acostumado com relações homoafetivas em sua cultura. Porém Boil não precisava se preocupar, ele não fazia o tipo do colega, lhe faltava pelugem e presas.

O cassino possuía um imenso salão central rico em mármore, cheio de roletas e mesas de poker, com pilares moldurados em um produto dourado brilhante. Uma música era tocada por uma banda, utilizando instrumentos clássicos, produzindo uma melodia calma e leve, que ecoava pelo recinto. Uma larga escada ficava ao fundo, dando a outros andares do cassino. O casal se sentou em uma mesa de jogo com uma roleta no meio, estampada com números de cores preto e vermelho. Vários indivíduos, de espécies diversas, porém semelhantes em roupa, rodeavam a roleta. Lira, entusiasmada, falou para o companheiro:

-Nunca joguei um desses antes! Vamos ver se estamos com sorte!

-Sorte não existe, Li, apenas a vontade da Força! - Durron sorriu perante a ingenuidade da amiga – Aliás, acho que esses jogos foram feitos para nós perdermos.

-Nada que uma ameaça ao dono não resolva! - Cochichou irônica.

O banqueiro do jogo, o que girava a roleta, estava organizando a mesa para começar outra partida. Quando pronto, ordenou:

-Pois bem, podem escolher seus números e coloquem as apostas em cima da mesa!

Os ricos começaram a gritar números e exibir as montanhas de créditos que tinham como aposta. Durron, o mais humilde, apostou o mínimo que era permitido, tudo que ele tinha. Escolheu o número dez. Se virou para a dathomiriana e cochichou em seu ouvido:

-Veja a mágica acontecer!

O banqueiro girou a roleta e jogou uma bolinha dentro. Quando a roleta parasse, o número que a bolinha caísse em cima seria a vencedora. Quando a roleta começava a parar e a bola a desacelerar, Durron moveu sua mão lentamente, fazendo seu número sair como vencedor. Quando o dez saiu vendedor, os outros jogadores resmungaram de desgosto, vendo seus créditos sendo tirados de suas frentes e dados para Ausar. Lira comemorou, cantando vitória:

- Realmente, a vontade da força! – Como recompensa, ela deu um pequeno beijo na bochecha de Durron.

-Só isso? – Retrucou sorridente.

-Você é muito ousado, Aus. - Respondeu-o, sem dá-lo mais nada.

Enquanto isso, Pit e Boil foram para as escadarias. Eles caminharam até o escritório do dono, um idoso burguês, conhecido como Conde Kuio. Seu escritório era uma grande sala com janelas maiores ainda, com uma mesa ao centro. A vida de Kuio como dono de cassino era apenas uma fachada. Poucos sabiam que ele ganhou sua fortuna contrabandeando armas para organizações criminosas, desde antes do Império. Até os dias atuais, nos bastidores, ele vendia armas no mercado negro, roubando projetos imperiais. Como seus negócios aconteciam no território da Aurora Escarlate, a única forma de permanecer no mercado era pagando tributos mensais ao sindicato do crime.

Ausar Durron: A Star Wars StoryWhere stories live. Discover now