Capítulo VIII: Intentona de Jedha

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Pit já estava ciente de que agora eles trabalhavam para o sindicato do crime denominado Aurora Escarlate. Cada um dos quatro reagiam de uma forma diferente a essa situação.

Lira limpava sua blaster enquanto cantarolava, sentada no sofá da área de lazer da espaçonave. Estava totalmente indiferente, para ela era normal trabalhar para algum mafioso. Quando Biss Barr era seu dono, eles constantemente trabalhavam para organizações criminosas. Ao mesmo tempo, Boil polia sua espada. O clone se via num martírio, escondia seus resmungos de indignação por debaixo do capacete. A mente do jedi estava poluída de pensamentos, não via outra opção se não tornar um criminoso, mas também não queria viver o resto da vida na ilegalidade. Infelizmente, com o Império no poder, nada mudaria isso tão cedo. Durron estava na ponte da nave, ao lado de Pit, que estava sentado na cadeira do piloto:

- O cidadão de bem já nos deu um serviço. - Falou sarcasticamente Ausar, referindo-se a Dryden Vos - Temos que ir para Jedha!

O whiphid deu um profundo suspiro. Ele olhou para Durron e em seu costumeiro tom pacato começou a falar:

-Meu jovem garoto, eu tenho que lhe avisar... quando se entra no mundo do crime, geralmente não se sai dele.

- Eu sei, meu amigo. - Respondeu, Ausar, enquanto acariciava sua barba de forma pensativa - Mas você tem alguma outra ideia, que não seja nos exilarmos nas regiões desconhecidas?

Pit ficou em silêncio, não tinha uma solução para aquela encruzilhada. Ele virou-se para o painel de controle da nave e começou a ajustar as coordenadas para Jedha. No hiperespaço, demoraria alguns minutos para eles chegarem.

O destino deles era a Cidade de Jedha, mais precisamente o Templo Kyber. Dryden Vos queria alguns caixotes de cristais kybers. O que os quatro não sabiam é que o planeta estava sob rígida ocupação Imperial e que o Templo estava sendo saqueado pelos stromtroopers. A Cidade Santa estava situada no topo de um planalto rochoso, cercada por uma grande muralha. A antiguidade do povoado era nítida, perceptível através da avançada deterioração de seus edifícios e de sua diversidade cultural.

Em meio às tumultuosas ruas da cidade o cheiro de churrasco se alastrava. Havia múltiplas tendas de alimentação assando grandes pedaços de carne e espetinhos em suas grelhas. Pit tinha uma fome insaciável graças ao seu tamanho, gastava muita energia. Ele parou em restaurante por restaurante para experimentar um diferente sabor de animal exótico. Em pouco tempo já tinha uma lista completa, em ordem crescente, do pior ao melhor grelhado. Boil, vendo a tamanha comilança, não pode deixar de comentar:

-Olha a higiene desse povo, é horrorosa! Vai acabar passando mal!

-Não se preocupe! – Respondeu de boca cheia – Minha resistência corporal é forte!

Após uma extensa caminhada, eles decidiram se sentar à alguns metros da entrada do Templo Kyber. Os imperiais descarregavam caixas lotadas de cristais kybers de dentro do Templo e colocavam em cima de veículos blindados. O whiphid ainda carregava uma costela de carneiro, a qual estava concentrado devorando-a. De forma cautelosa, começaram a discutir algum plano de abordagem:

-O que estão fazendo com aqueles cristais? - Perguntou-se, Durron.

-Francamente, isso não importa. - Respondeu abruptamente, Lira - Vamos só pegar o que viemos pegar...

-É... Tem razão... pode ser só algum fetiche estranho do Imperador. - Retrucou, o jedi, ainda curioso e preocupado com o destino daqueles cristais - Vamos fazer o seguinte... emboscamos um daqueles veículos, roubamos ele para nós e voltamos para o espaçoporto com os kybers. Pronto!

-Adorei! Simples e rápido! - Disse Boil, ajeitando-se para partir - Vamos sair logo desse lugar... Já estou de saco cheio dos planetas desérticos.

Ausar Durron: A Star Wars StoryWhere stories live. Discover now