décimo terceiro.

Start from the beginning
                                    

William não se lembra de nenhuma palavra que Styles o dirigiu, porque ele estava distante demais pra ouvi-lo.

Seus olhos pesavam como nunca fizeram antes, e o dia parecia não passar, embora ele soubesse o quão rápido o tempo estava passando para os outros alunos, que reclamavam quando o sinal soava no interior da sala, indicando que outra aula estava prestes a começar.

Louis estava confundindo a realidade. Ele se sentia drogado.

Tomlinson pediu desculpas internamente para Harry quando saiu da escola sem sequer visitá-lo na biblioteca, mas ele não aguentava sequer mais um minuto dentro daquele colégio.

Enquanto entrava na balsa de travessia para, enfim, ir para sua casa, Louis se desequilibrou, pouco depois de sentir uma forte onda de tontura e dor lhe cobrir. Sua sorte foi uma senhora cuidadosa que segurou em seu braço quando adentrava a balsa também, sentando-se ao lado do rapaz durante toda a travessia e o levando até a porta do sobrado. Tomlinson se pegou pensando se não deveria ser ao contrário...

Ao que chegaram, ele agradeceu imensamente a senhora, se oferendo até mesmo para pagá-la pela companhia, mas ela negou, beijando a bochecha febril do mais novo e pedindo para que ele se cuidasse, dando dicas de remédios naturais que fariam com que ele não ficasse tão grogue em seu dia a dia. O azulado assentia, embora tivesse certeza de que não faria absolutamente nenhum dos remédios que a senhora dizia.

Louis sequer tinha noção do local para onde estava a olhar, porque sua visão estava inteiramente turva. Seus olhos estavam abertos mas ele sequer conseguia enxergar. Ele pensava que morreria naquele dia.

Mas foi só pisar seu pé no degrau de entrada de sua casa que, como apertar em um botão de uma fita cassete, onde mostraria todos os seus momentos – felizes e infelizes – de vida, lembranças caíram sobre si como uma bigorna, e ela pesava demais, porque boa parte do peso não era do objeto, e sim de suas próprias costas, que carregavam aquele peso sigilosamente todos os dias.

Louis sentia uma dor imensa pois ele não sabia por quanto tempo mais poderia segurar aquilo, não fazia a menor ideia de quanto tempo levaria até que suas pernas cedessem e ele caísse, deixando aquela bigorna pressionar seu corpo até que ele esteja implorando por ar...

Ele pediu perdão para seu pai por não poder cuidar dele naquela noite.

. . .

— Seu pai disse que você desmaiou semana passada, por que não respondeu nossas mensagens no final de semana? - Luke questionou ao amigo, arrumando seu topete lotado de gel, antes de entregar uma garrafa de cerveja para Louis, que estava sentado em um velho balde – virado de cabeça para baixo –amarelo de tinta.

Era dia de ensaio da banda, eles gravariam um novo cover para publicar no Youtube depois de um longo tempo sem postar nenhum vídeo no canal. Louis estava nervoso, fazia muito tempo desde a última vez que cantou e, os acontecimentos recentes não o favoreciam muito.

Estar na garagem de Zayn, reunido com seus amigos, o faz se sentir acolhido de certa maneira, ele gosta disso, da sensação.

— Meu celular descarregou na sexta-feira do desmaio e eu não carreguei até hoje. - O mais velho entre os amigos respondeu, dando um gole na bebida amarga antes de quase virar a garrafa. — Não 'tô afim de mexer nas redes sociais.

— O que aconteceu, cara? Você não é de ficar desmaiando por aí não. - Calvin questiona preocupado, sentado sobre a tapeçaria que suporta o peso da bateria musical.

— Nada, nem se preocupem, 'tô de boas agora e 'tô ansioso 'pra ensaiar com a banda de novo, eu senti falta disso. - Ele sorri, realmente animado, erguendo suas mãos enquanto Zayn fecha a porta da garagem, acedendo todas as luzes possíveis.

When you met me in detention.Where stories live. Discover now