Doing something hot

25 1 1
                                    

18+

Se bem que esse tipo de aviso é mó inútil.
Eu tenho menos e estou escrevendo.

_______________________________________________________

Não era exatamente tarde, mas as crianças haviam passado horas brincando, então acabou as pondo pra dormir cedo.

Depois de tanto tempo, chegava a ser estranho realmente escutar silêncio. Não durou muito, no entanto. Dificilmente durava. O primeiro som que veio foi o da porta abrindo e fechando, parecendo bem alto no silêncio do ambiente.

-- Hey. -- veio baixo da porta do quarto, lhe tirando a atenção do livro que segurava.
Seria difícil tentar conter o sorrisinho. Azul e cinza, junto com luvas a faixas no rosto. Era quase o mesmo outfit que usava quando se viram pessoalmente pela primeira vez. Era fofo, de certo modo. O tamanho do corpo não mudou quase nada desde os catorze, então ainda cabiam, mas o formato mudou, então o caimento era diferente.

-- Como foi hoje?
O próprio tom também quieto, como se tivessem um acordo não escrito de não perturbar aquele ar de calmaria. Talvez por terem se tornado bem pouco frequentes. Sim, uma possibilidade.

-- Foi tranquilo. Considerando dar uma pausa na medicação daqui a algumas semanas.

-- Mesmo? Isso é ótimo de ouvir.

E não foi vazio. Só Deus sabia quanto tempo passou sem cuidado algum, mas com eram quase duas décadas, e os primeiros anos foram horríveis. Depois começou a acalmar, até finalmente chegar no atual, em que havia uma eventual recaída mas ficaria bem enquanto fosse mais ou menos seletivo com a o que se expunha.

Era claro que não ia se focar de novo tão facilmente, então marcou a página e o deixou de lado, pondo o braço em torno do marido quando o mesmo se sentou ao seu lado.

Era provavelmente uma das poucas exceções em que "suporte o pior para merecer o melhor" não era desculpa para não enfrentar consequências de ser abusivo.
-- Você está ficando bom, finalmente.

Era confortável, isso não tinha como negar. Era um abraço frouxo mas confortável. Seguro, se assim podia dizer.

-- Acho que você é meio maluco também. -- murmurou o falso albino.

-- Não sei se "maluco" é um bom sinônimo para depressivo.

-- Você é maluco, pra olhar o que tem embaixo dessa máscara e ainda achar bonito.

-- Não é exatamente uma máscara.

-- Você entendeu.

Mãos passeavam pelos corpos um do outro, sem malícia, apenas afeto. Bom, em parte.

Parser não achava que diria aquilo em voz alta, ao menos não sem influência de algum inibidor de receio, mas, caramba, era tão forte, às vezes sentia que queria um pouco, açucarando, menos delicadeza.

E, em cima disso era um fofo e compreensivo e basicamente o que definiu o que poderia chamar de "seu tipo". Faria mal querer lhe fazer bem só por um instante?

-- Você esteve de mãos cheias o dia inteiro, não esteve? Deve estar cansado.

-- Eu só fiz o meu dever, Swetty.

-- Dever ou não, é cansativo.
Com certeza não. Vai apenas ser uma maneira de mostrar que o aprecia. Tirou a mão de seu tronco para tirar os óculos do mais novo - se enxergasse ou não não ia influenciar.
-- Deita de bruços.

Chato, sim, ainda mais quando mesmo àquela distância não era lá essas coisas. Bom, devia ser inofensivo, então quem era para rejeitar? Desfez o abraço, meio sem querer, e deitou como mandado.

Ok, hora de pôr em prática. O mais velho fixou por cima, se ajoelhando acima do quadril para não apoiar seu peso (não que pesasse muito) sobre o seu querido, então levantou-lhe a blusa, mostrando o tronco coberto de cicatrizes antigas.

Começou com um aperto rápido sobre l ombros, então pressionar pelas costas para ver onde estava mais duro. Depois de achar, foi onde focou, fazendo pressão com os punhos principalmente, e quando trocava de lugar fazia questão de acariciar as cicatrizes perto.
Não ia mudar que - com exceção de algumas superficiais aqui e ali - elas haviam sido feitas com agressões, ou o mal impacto que as ditas agressões causaram... mas se pudesse nem que parcialmente lhe dar uma associação positiva a elas, então não havia porquê não o fazer.

Não era nenhum bicho de sete cabeças, só os básicos rodar e esfregar. Às vezes vinha algum som de desconforto por pressionar em um lugar duro, mas quando terminava e passava a mão por cima, o som era de aprovação, mesmo que meio fraco pela posição.

-- Ok, do outro lado agora.
Para facilitar, saiu de cima, e quando foi obedecido se sentou no espaço entre as pernas. Meu caralho, era tão bem feito, tão forte, se quisesse poderia lhe tomar à força, mas era doce demais para sequer pensar nisso sem ficar mau; realmente tinha ganhado duas loterias ficando com ele.

Na frente era um trabalho mais delicado, já que pra qualquer um era fácil causar desconforto.
Também era onde haviam menos das suas próprias marcas. Não era uma competição, longe disso, tanto que no começo se sentia mau por as fazer, apenas... tem diferença entre marcas feitas por dominância e por amor físico.

Uma das mãos desceu, e passou de leve sobre uma das coxas, e a mudança de expressão foi suficiente para saber que conseguiria o efeito que queria. Talvez fosse justamente por serem parte das poucas partes que não era cobertas de cicatrizes, mas as coxas eram o ponto fraco de sua faquinha, assim como o pescoço era o seu próprio.
A outra mão se juntou, fazendo um vai e vem suave até perto do quadril, então às vezes juntando um aperto ou fazendo círculos, provocando de propósito, apreciando o rubor e os sons que causava.

Bom, não era mentira, poderia inverter como estavam se quisesse. Queria? Ah, sim, mas não ia. Mesmo quando seu falso albino tomava a iniciativa, quase nunca tentava ficar no controle, então o deixaria e aproveitaria a sensação.

As mãos passavam para a parte interna, tão perto da pelve, mas nunca realmente tocando, sempre voltando antes de o fazer. Às vezes se debruçava para plantar beijos no abdômen, maldito... O lençol estava sendo torcido e precisava segurar os sons para não ser ouvido. Merda, àquela altura já estava duro, e com certeza era visível...

Ah, foda-se. Pegou uma das mãos alheias e pôs sobre a saliência, a suspeita só confirmando quando continuou movendo a mão por cima.
Precisava fazer vai e vem com a mão para pegar tudo, incluindo seus dedos. Nunca havia pego uma régua pra medir, mas sua mão era pequena, então podia ser mediano, mas no calor do momento sempre parecia enorme.

Rastejou um pouco mais pra cima, até não poder mais sem tirar a mão de lá. Que visão fofa, aquele rosto corado e precisando usar a mão para não sair algum som alto. Bom, se quisesse que parasse era só lhe empurrar. Tirou a mão alheia do rosto, substituindo por sua própria boca, a mão saindo de debaixo da roupa para dentro, tocando o membro diretamente.

A reação foi rápida, lhe trazendo um sorriso no meio do ato. As mãos soltaram o lençol e abraçaram sua cintura, e a resposta veio, talvez com mais sede do que era a intenção. A mão era tão macia, apesar dos calos nos dedos, e se movia com calma, às vezes soltando e tocando apenas com os dedos, provocando.
A outra mão acariciou o rosto, então desceu para o tronco ainda descoberto, acariciando com delicadeza o peito e a cintura, tomando seu tempo para contornar as cicatrizes.

As línguas se enrolavam juntas, sem briga por controle, apenas buscando as sensações, junto com as vibrações que vinham dos sons abafados. Um fio de saliva escorreu pra fora, mas nenhum dos dois se importava.

Devia ter durado minutos, mas pareceu ter durado horas, até finalmente chegar, ainda dentro da roupa. Só então separaram do beijo, as respirações pesadas e os rostos vermelhos. Depois do orgasmo a tensão virou um bom êxtase, lhe ajudando a relaxar.
Esse cara... Naquele momento, aquele rosto rosa com coro era o borrão mais lindo que já viu.

-- Que tal agora algo mais?
Murmurou o mais novo, acariciando atrás da coxa alheia, o sorriso só crescendo quando seu pálido acentiu.

Ia ser uma noite longa.

Desafio 30 dias de OTP (Parscal)Where stories live. Discover now