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Deito Bernardo no berço, logo ele começa a resmungar

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Deito Bernardo no berço, logo ele começa a resmungar. Será que estava gostando de ficar no meu colo?

Dou um giro de 360° dentro do quarto e tento imaginar tudo o que vou precisar. Maurício disse que ele ainda usa fraldas. Tem um fraldário ao lado da porta do banheiro, com quase tudo o que vou precisar assim que sair com ele do banho. Só vai faltar as roupas.

Está fazendo calor hoje, então pego roupas frescas e as deixo no fraldário, junto com todas as coisas que vamos precisar. Entro no banheiro do quarto de Bernardo e descubro que não será mesmo tão difícil. Tem uma banheira já pronta para ser cheia, e quando digo banheira, não estou falando do tipo infantil, de plástico. Mas de uma banheira branca, de louça, igual dessas casas chiques. Afinal, estamos em uma dessas casas. Casa não, mansão.

Abro a torneira quente e a fria e deixo a banheira enchendo enquanto pego Bernardo do berço e o coloco no fraldário, onde começo a tirar suas roupas. Assim que tiro sua calça, noto que suas pernas são mais finas que o normal para uma criança de um ano e meio. Deve ser por causa da deficiência. Meu coração dói quando o imagino mais velho, vendo outras crianças fazendo coisas que ele não vai poder, não do mesmo jeito que elas. Inspiro bastante ar e afasto esses pensamentos, pois acho que Bê não precisa de alguém que olhe para ele com pena. Ele precisa de alguém que dê um banho nele urgente, pois o cheiro que sai de sua fralda indica que a praga que Jônatas me jogou, pegou.

Tiro sua fralda evitando respirar o máximo possível e o higienizo antes de levá-lo para o banho. A banheira já está com água o suficiente, só falta verificar a temperatura. Toco a água com o punho e constato que está ótima. Nem quente e nem fria. Assim que sento Bernardo na água, ele começa a bater os bracinhos nela, me deixando toda molhada.

— Bernardo! — exclamo. Ele para e fica me encarando, assim como eu o encaro. Mas começo a rir quando vejo que ele está achando graça da situação. Então volta a bater na água com ainda mais força que antes, dando gritinhos de alegria.

Só quando a água começa a ficar fria que eu percebo que longos minutos já se passaram. O banho estava sendo tão engraçado que não percebi o tempo passar.

Vinte minutos depois, Bernardo já está vestido e pronto para comer alguma coisa, tomar uma mamadeira, algo assim. Passo por uma porta entreaberta e ouço vozes. Este deve ser o quarto de Jônatas, já que mais ninguém está em casa além de Bernardo, Carmélia e eu. Seria falta de educação tentar ouvir o que ele está falando e com quem? Acho que isso faz parte de fazer a vigilância que Vallentina tinha falado. Enquanto tento discernir os sons dentro do quarto, ele surge de supetão com o celular no ouvido e bate a porta na minha cara.

Mas que droga!

— Faz a lição de casa, Jônatas. Pra não piorar os problemas na escola.

— Não enche!

Inacreditável. O garoto mal me conhece e já resolveu me odiar. Me lembra muito o pai dele.

A cada minuto que se passa eu penso que Vallentina poderia ter me instruído melhor nas tarefas do dia a dia. Como por exemplo, sobre o que Bernardo gosta de comer e em quais horários ele come. Mas lembro que ela disse que fazer comida e limpar a casa não é responsabilidade minha, então resolvo tirar minhas dúvidas com Carmélia.

Entre erros e acertosKde žijí příběhy. Začni objevovat