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"Não era possível. Isso não pode estar acontecendo, nada disso é real"

Sirius Black ficava repetindo essas palavras na sua cabeça enquanto segurava o corpo de seu melhor amigo nos braços. Não queria imaginar que chegou tarde demais, não queria imaginar que perdeu outra parte, uma grande parte de sua família em um dia.

Ainda abraçado no corpo morto do seu amigo, de seu irmão, Sirius deixava silenciosas lagrimas caírem, não tinha coragem para andar pela restante da casa destruída e encontrar o corpo morto de sua amiga e afilhado. Precisava sair dali e contar ao seu marido o que tinha acontecido com James, Lily e Harry, precisava contar que não tinha chego a tempo.

Ele desejava acordar desse pesadelo, não queria encarar aquela realidade de pura dor e sofrimento. Já não bastava ter perdido seu irmão a um ano atrás quando Harry nasceu.

Ele não recebia mais as corujas mensais de Regulus, aquilo que o fazia acreditar que um dia poderia reencontra-lo e finalmente se acertar com ele.

Era dor demais para aceitar. Dor de mais para suportar.

Passando os dedos sobre os olhos abertos de seu amigo, desejando que ele esteja em um lugar melhor. Sirius abraça mais uma vez o corpo de James e se levanta. Mas antes que possa deixar a casa em ruinas para trás, o choro de Harry ecoa por toda a vizinhança.

Mais e mais lágrimas caiam por seu rosto, como era possivel? Como Harry poderia ter sobrevivido a tal tragédia? Mas será que era apenas alguma armadilha para o atrair?

Mesmo que fosse Sirius iria até ela, afinal tinha uma pequena chance de seu afilhado ter sobrevivido.

Correndo escada a cima, Black agradece por Merlim por deixar seu pequeno afilhado vivo, ele era apenas uma criança que não merecia viver no mundo que vive.

O quarto do pequeno Harry que tinha suas paredes em tons vermelhos e dourados – para honrar a grifinória – estavam cheias de marcas de feitiços. Lily com certeza duelou bravamente para proteger seu filho. O pequeno Potter estava chorando ao lado do corpo de sua mãe, com seus bracinhos a balançava como se tentansse acorda-la, aquilo partiu seu coração.

-Hey mine Prongs – Sirius fala chamando atenção do bebê – Vem com o Pad, vem – Harry estende os bracinhos para seu padrinho o pegar em seu colo, ele se acalmou quando viu seu padrinho, mas as grossas lágrimas ainda caiam pelo seu rosto gordinho e infantil.

Andando para fora do quarto do pequeno futuro grifinório, Sirius repara que em um canto se encontrava o corpo de Voldemort morto.

A dor alarmante em seu coração diminuiu. Pouco, mas diminuiu, afinal o raio de sua vida ainda estava vivo e não teriam que se preocupar com Voldemort, nunca mais.

///

Quatro anos depois

Sirius e Remus estavam na sala desfrutando da sua mais nova iguaria, a televisão, quando um pequeno Harry corre até eles com suas perninhas gordinhas e pequenas.

-Moon discubi – Harry que ainda tinha seu rostinho amassado por ter acabado de acordar de sua soneca da tarde, pulava diante de Remus eufórico.

-Descobriu o que, minha pulguinha.

Harry era uma daquelas crianças que não paravam quietas, sempre pulando, rindo e se divertindo sempre, tudo era motivo de sua risada gostosa de se ouvir.

-Seu lobinho moon, ele ta tisti que vuce num gosta dele. Ele contou pa eu que qué binca, mas vuce machuca ele o regetando ele e tomando o suco fidido.

O pequeno Potter passou vários minutos falando paras seus padrinhos que o lobo de Remus se sentia cada vez mais machucado e isso poderia machucar o mais velho. Também os explicou e ensinou Remus como aceitar seu lobo.

The little VeelaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora