Capítulo 91: Quinto Ano: A Semana Seguinte

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Mas ele havia causado muitos danos, quisesse ou não - e podia ter sido responsável por muito mais.

"Ele ... contou ao Snape." Remus disse, tentando entender a situação, sentindo uma sensação horrível, enjoativa e espinhosa começando em seu estômago e rastejando, subindo.

"Não ... não exatamente," James piscou, umedecendo os lábios, "Ele contou como o salgueiro funcionava, e Snape ... você sabe como é o Snape."

"Eu sei como Sirius é."

James acenou com a cabeça, como se aceitando que isso era justo.

"Ninguém se machucou. Sirius despejou tudo no último minuto e me disse, eu consegui impedir Sniv - Snape - de chegar muito perto, mas ..."

"Ele me viu." Remus achou que poderia vomitar. Havia um rugido terrível dentro de seus ouvidos, como se ele estivesse caindo em um poço escuro, um desfiladeiro desesperado. Ele fechou os olhos. "Você pode ir embora, por favor, James?"

"E teríamos ido, eu e Pete, teríamos, mas Snape foi até Dumbledore, e você estava tão arisco..."

"James! Eu quero que você vá." Ele sibilou, fechando os olhos.

"Mas Moony ..."

"Por favor."

"...Ok cara. Está bem. Mas eu vou voltar."

Remus não disse nada, nem mesmo abriu os olhos novamente até ouvir a cortina farfalhar e saber que estava sozinho. Eventualmente, Madame Pomfrey enfiou a cabeça para dentro.

"Olá, querido," ela disse suavemente, "Eu tenho outra poção para dormir aqui ... agora eu sei que você não quer, mas-"

"Me dê'' ele estendeu um braço dolorido de uma vez. Qualquer coisa para fazer tudo desaparecer. Qualquer coisa que significasse que ele não teria que pensar mais.

Ele deveria ter visto que algo assim estava chegando, mesmo que James não tivesse. Sirius estava em queda livre desde o Natal, era apenas uma questão de quem ele esmagaria quando finalmente acertasse o chão.

* * *

Segunda-feira, 14 de junho de 1976

Remus Lupin nunca, jamais perdoaria Sirius Black.

Foi uma decisão que tomou quase no mesmo instante em que acordou pela segunda vez depois daquela noite terrível. O peso de tudo desabou sobre ele, e sentiu uma raiva tão pura que queimava como uma febre. Essa era a sensação de ser traído.

Ele não sentia raiva dessa forma há muito tempo. No final do quarto ano, Remus silenciosamente fez uma escolha de baixar suas defesas, de suavizar e relaxar - pelo menos perto de seus amigos. Manter todos à distância - manter todos com um pouco de medo de você - provou ser muito cansativo para aguentar por muito tempo.

Mas agora. Agora, Remus achou muito fácil. Ele mal falava com Madame Pomfrey, exceto para exigir que lhe permitisse algumas noites extras na ala hospitalar.

"Sério, Remus, descansar é importante, mas ficar na cama o dia todo não é saudável. Você precisa de exercício."

"Não me sinto bem." Ele repetia, debaixo das cobertas. Era infantil, mas ela o deixou ser infantil. Ela sabia o que tinha acontecido. Sentia pena dele. A enfermeira resmungou e o inscreveu para outra noite.

Dumbledore foi o pior. O portador de más notícias, como sempre, ele havia chegado na noite após o ocorrido, para oferecer sua própria perspectiva inútil sobre a situação. Remus se sentou na cama, os braços cruzados, inabalável e imóvel.

All The Young Dudes [Livros 1 e 2]Where stories live. Discover now