Capítulo 81 : Quinto ano: Imperdoável

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Remus, James e o Sr. Potter correram para frente imediatamente. Remus caiu de joelhos, alcançando Sirius primeiro. Ele estava deitado de bruços, o cabelo preto escorrendo como sangue no tapete vermelho. Remus nem pensou, apenas o rolou. Seu rosto estava pálido, seus olhos estavam fechados, mas ele estava vivo. Sim, Remus podia ouvir o coração de Sirius, batendo forte atrás de suas costelas. Ele podia sentir o cheiro do medo, misturado com adrenalina.

"Sirius?!" James estava lá também, pressionando sua cabeça no peito de Sirius para ouvir,

"Ele está vivo." Remus disse, sua voz soando estranha. Estava segurando os ombros de Sirius ainda, onde ele o havia virado, ele não podia soltar, suas mãos agarrando as finas vestes de veludo.

"Effie!" O Sr. Potter estava gritando: "Rápido!" Ele se curvou sobre Sirius, "Afaste-se, meninos, deem um pouco de ar para ele ..."

"Mmm." Sirius se mexeu, ligeiramente, seus cílios tremeram, mas nada mais.

"O que há de errado com ele?" Remus perguntou, desesperado. O Sr. Potter o estava guiando para longe, o obrigando a deixá-lo ir. Ele rastejou para trás, como um caranguejo quando a Sra. Potter entrou correndo. Ele sabia que suas pernas não o sustentariam se ele tentasse ficar de pé, não ainda.

Euphemia Potter estava no tapete em segundos, puxando a cabeça de Sirius para o colo dela. Ele deve ter feito outro barulho, porque ela começou a sussurrar para ele, coisas doces, pequenas;

"Shhh agora, amor, estou aqui, você está seguro, shhh ..."

Remus sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, colocou as pernas sob o queixo e as envolveu com os braços. O que estava acontecendo? Ele olhou para James, sentado em frente a ele no chão da sala, tão chocado, tão assustado. Houve um * CRACK * distante do lado de fora, e o Sr. Potter saiu da sala, voltando momentos depois com Dumbledore. Ele parecia trazer o frio com ele; Remus sentiu um arrepio invadir seus ossos, apesar do fogo que continuava a arder.

"Moody está lá fora", disse o velho ao pai de James, "Com os feitiços de proteção, tudo em seu arsenal. Ninguém mais virá aqui esta noite."

Bom. Remus pensou. Bom. Tranque todos nós aqui, nunca deixe ninguém se aproximar dele novamente.

"Como ele está, Effie?" Dumbledore estava parado perto da Sra. Potter, que ainda estava acalentando Sirius. Ela estava realizando algum tipo de magia, seus olhos fechados, varinha passando pelo corpo do garoto inconsciente, seus lábios se movendo depressa, sem fazer barulho. Ela finalmente ergueu os olhos, mais abalada do que Remus jamais a vira, uma raiva feroz em seus olhos.

"Ele vai viver." Ela disse. "Ele precisa de descanso."

"Foi ...?" O Sr. Potter parecia nervoso. A Sra. Potter fechou os olhos novamente e assentiu.

"Cruciatus."

James cobriu o rosto com as mãos. Remus apenas se sentiu vazio - como se tudo que já fez algum sentido para ele tivesse sido espremido para fora. A maldição da tortura.

"Rapazes." O Sr. Potter disse repentinamente, bruscamente, olhando para James e depois para Remus, "Eu sei que vocês querem ficar, mas precisamos que vão para a cama agora. Não há nada que possam fazer por Sirius no momento."

"Mas pai!" James começou, levantando-se trêmulo. Também havia lágrimas em seus olhos.

"James!" Sra. Potter disse, do chão. "Não. Cama."

Ela não gritou, mas todos os homens na sala pareceram se encolher ligeiramente. Não havia dúvida quanto a desobedecê-la.

Remus não tinha certeza de como havia se levantado, se Dumbledore o ajudou, ou se fez isso sozinho. Ele também não tinha certeza de como saiu da sala em que Sirius estava. Parecia que horas haviam se passado até estar no segundo piso, com James. Gully estava acendendo velas por toda a casa, movendo-se silenciosamente. Os retratos ao longo das escadas dormiam. James abriu a porta e Remus entrou sem dizer uma palavra.

All The Young Dudes [Livros 1 e 2]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora