The Maze Girl {The Maze Runner}

27. The Plan

O capuz foi rapidamente retirado da cabeça de Teresa fazendo alguns fios de seus cabelos negros se espalharem pra todos os lados. A garota olhou ao redor totalmente assustada tentando reconhecer o local onde estava mas nada lhe parecia familiar.

Ela encarou os antigos amigos que estavam todos reunidos ao redor de uma grande mesa de madeira. Seus olhos pousaram em sua antiga melhor amiga que estava sentada sobre a mesa com Thomas de pé ao seu lado.

Todos ali a olhavam com desprezo, raiva e decepção.

Gally parou na frente dela bloqueando sua visão do grupo. Teresa abriu a boca chocada, como se estivesse frente a frente com um fantasma.

— Gally?

— Vai ser da seguinte forma, iremos fazer algumas perguntas e você vai nos dizer exatamente o que queremos saber. Vamos começar com uma pergunta fácil, onde esta o Minho?

— Você não estão achando que eu...

Gally a interrompeu colocando uma cadeira em frente a garota cortando o contato visual que ela fazia com Kaylee.

— Não olha pra ela, ela não vai te ajudar.

Teresa olhou por sobre os ombros de Gally ganhando um sorriso falso vindo da antiga melhor amiga. Ela realmente não ajudaria.

— Sabemos que o Minho esta no prédio, onde? — Gally continuou com as perguntas.

— Ele está com os outros no nivel 3.

— Outros quantos?

— Vinte oito.

Todos os olhares se voltaram para Brenda que agora estava sentada em outra mesa jogando baralho com Jorge.

— Eu consigo dar um jeito. — Disse ela.

— Não, vocês não entendem, o acesso ao andar é totalmente restrito, ninguém entra sem identificar a digital. — Disse Teresa.

– É por isso que vai conosco. – Disse Thomas.

— Acho que não precisa não. Não precisamos tecnicamente dela, precisamos apenas da digital. — Gally se levantou pegando um canivete que estava ao lado de Kaylee na mesa.

— Gally, ja chega. — Kaylee o parou.

— Ja esta começando a ficar enjoadinha? Posso te garantir que ela fez coisa muito pior com o Minho. – Ele aumentou o tom de voz

Kaylee pulou de cima da mesa e caminhou até o garoto, tirando o canivete da mão dele.

— Esse não é o plano. — Disse ela.

— Não vai fazer diferença, façam o que quiser comigo, vocês não vão passar pela porta da frente. Os censores vão localizar vocês assim que...

— Eu sei, amiga. Nós somos marcados, mas eu acho que você pode dar um jeitinho nisso. — A ruiva sorriu entregando um bisturi para a morena.

Teresa hesitou por alguns instantes mas logo pegou o bisturi. Kaylee foi a primeira a ser voluntária, ela se sentou na cadeira em que Gally estava antes e amarrou o cabelo em um coque alto.

Teresa retirou o chip dela em minutos, a dor que ela sentiu era sentiu foi horrível, mas foi necesssaria.

Thomas era o próximo, assim que Kaylee se levantou, ele tirou o casaco e se sentou no lugar dela. Teresa limpou o bisturi e começou a trabalhar em Thomas.

— Fica parado. — Teresa disse baixinho.

Thomas se mexeu ainda mais quando a lâmina entrou em contato com sua pele. Teresa silenciosamente pediu a Kaylee uma pequena ajuda para mantê-lo parado.

Kaylee se aproximou e segurou o rosto dele entre as mãos, ela deu um rápido selinho nos lábios dele e sorriu.

— Relaxa, ja vai acabar.

Thomas encostou a cabeça na barriga dela enquanto resmungava de dor. Kaylee acariciou o cabelo dele se sentindo extremamente feliz com o contato repentino.

Teresa parou por um instante o que estava fazendo e encarou Brenda que estava se despedindo de Jorge na outra sala.

— Ela parece bem.

Kaylee olhou na mesma direção.

— Ela está bem.

— Pensei que ela não estaria viva, quando foi o último tratamento dela?

— No braço direito, a última vez que vimos você. — Respondeu Kaylee.

Teresa a olhou chocada.

— Kaylee, isso foi a meses.

Derrepente Thomas se levantou da cadeira com as mãos atrás do pescoço e com cara de dor. Kaylee o abraçou olhando de modo estranho para Teresa.

— Isso não é possível. — Teresa disse olhando de um pra outro. — Ela ja deveria ser um Crank agora, não tem como...

— Tabom, ja chega. — Thomas se afastou puxando Kaylee com ele.

— Não acreditam em mim?

Kaylee soltou sua mão da de Thomas e se virou ficando frente a frente com a ex amiga.

— Espera mesmo que eu acredite em você depois de tudo que fez pra gente? Você fez a sua escolha, amiga.

Teresa ficou parada apenas olhando fixamente para a garota em sua frente.

Kaylee sentiu sua visão ficar turva derrepente e tudo ao seu redor começou a girar, ela deu alguns passos involuntários para trás e quase caiu, mas felizmente Thomas e Gally a seguraram.

— Tudo bem, Kaylee? – Thomas perguntou preocupado.

Kaylee acentiu se apoiando nele.

— Foi so um mal estar. — Respondeu.

Teresa a olhou desconfiada. Thomas passou os braços pela cintura da ruiva e a tirou dali a levando pra perto de Brenda.

Teresa ainda desconfiada tentou pegar os lenços que usou pra limpar o ferimento da amiga, mas Gally segurou a mão dela antes que fizesse isso.

— Boa tentativa. — Disse ele.

Ele a pegou pelo braço e a arrastou pra longe dali, mas a garota foi mais esperta e conseguiu pegar dois lenços, os lenços que continham o sangue de Thomas e Kaylee.

Do outro lado da sala, Kaylee observou Gally levando Teresa, ela começou a imaginar como estariam as coisa se Teresa não tivesse os traído. Estariam todos bem?

- Ela era sua melhor amiga não era? - Brenda perguntou enquanto limpava uma das armas.

— Eu achava que sim.

As duas ficaram em silêncio, uma olhando pra outra. Brenda sorriu depois de um tempo.

— Eu sou sua melhor amiga agora e aconselho você a tomar cuidado, você tem o problema de não conseguir se desapegar das pessoas, vocês dois tem. Vocês não podem salvar todo mundo.

Thomas ficou no meio apenas escutando a conversa das duas. Kaylee trocou um olhar com ele, lá no fundo ela concordava com Brenda.

— Podemos tentar. — Respondeu Thomas.

Kaylee sorriu pra ele concordando.

— Vocês são mesmo o casal perfeito.

Brenda entregou a arma para Thomas.

Depois de alguns minutos, Gally e Newt apareceram na sala, vestidos com os uniformes do Cruel exatamente como Thomas.

— Esta na hora. — Disse Newt.

Thomas colocou a arma no coldre da calça e se aproximou de Kaylee a puxando pra um beijo longo e apaixonado.

— Eu te amo. — Ele sussurou.

— Eu também te amo, Tommy.

Thomas a beijou pela última vez e saiu com os meninos indo em direção a saída. Aquele mau pressentimento ja estava começando a aparecer e dessa vez ela esperava estar errada.