17. Cranks!

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Eles correram pela areia do deserto ouvindo os barulho de motores e os gritos dos guardas a procura deles. Kaylee e Teresa corriam juntas na frente tentando achar um lugar seguro onde pudessem se esconder.

As duas avistaram uma abertura coberta de areia e sem pensar duas vezes as duas correram pra dentro ouvindo Minho gritar pelo nome delas. Kaylee deslizou pela areia aterrisando no chão sentindo todo seu corpo doer, ela se sentiu fraca como nunca se sentiu antes.

Os meninos desceram logo em seguida ficando lado a lado com as meninas. O lugar estava escuro, muito escuro, parecia um cenário perfeito para um filme de terror. Minho logo tratou de aceder a lanterna, que tinha na mochila que havia roubado de um dos guardas do Cruel, iluminando o lugar.

- Onde nós estamos? - Perguntou ofegante.

- Vamos, temos que sair daqui! Não podemos ficar parados! - Thomas disse desesperado começando a andar pra longe.

- Não, Thomas para! - Teresa gritou, o garoto olhou pra ela e deu meia volta. - Conta pra gente o que aconteceu.

- É o Cruel, mentiram pra gente, nós nunca fugimos, eu e o Aris vimos corpos, corpos que não acabavam mais. - Thomas explicou.

- Como assim? Gente morta? - Minho perguntou abaixado ao lado de Kaylee.

- Não, mas também não estavam vivos. Eles estavam ligados a uns tubos que saiam deles, estavam sendo drenados, tem alguma coisa dentro de nós que o Cruel quer, alguma coisa no sangue. Precisamos ir, temos que ficar longe deles. - Thomas disse.

- Então ta, qual e o plano? - Newt perguntou.

Todos olharam pra Thomas esperando pela resposta dele. O garoto balançou a cabeça, a respiração ofegante e o medo evidente em seus olhos.

- Ele não tem um plano. - Kaylee falou pela primeira vez desde que haviam chegado ali.

- Não eu não tenho. - Thomas respondeu.

- A gente seguiu você até aqui Thomas e agora você me diz que não sabe pra onde vamos e nem o que faremos!? - Newt gritou.

Um silêncio se instalou entre eles, Kaylee reuniu as forças que ainda lhe restavam e se levantou do chão, suas pernas fraquejarem e ela logo se apoiou em Teresa.

- Espera, o Janson disse alguma coisa sobre pessoas se escondendo nas montanhas. - O garoto que Kaylee não conhecia falou.

- O braço direito. Se eles estão mesmo contra o Cruel, talvez eles possam nos ajudar. - Thomas completou.

Kaylee olhou confusa de um pra outro.

- Tabom, alguém pode me dizer quem diabos é ele? - Apontou pro garoto.

- Aris, muito prazer. - O garoto sorriu.

Newt interrompeu as apresentações.

- Pessoas nas montanhas? Montanheses? Esse é o seu plano?

Kaylee percebeu a tensão entre os dois, todos ali estavam assustados e inseguros sobre o que fazer, mas por algum motivo Newt parecia ser o mais afetado de todos.

- É nossa unica chance, Newt.

Novamente o silêncio voltou.

- Gente, vejam isso. - Winston chamou.

Todos se aproximaram vendo o garoto iluminar o chão daqule lugar. Havia varias pegadas na areia que continuavam pelo corredor extenso.

- Alguem passou por aqui.

Kaylee pegou a lanterna da mão do garoto e seguiu as pegadas, os outros vindo logo atrás dela. Minho abriu uma porta que deu acesso a algum tipo de abrigo, havia colchões e roupas espalhados por todos os lados, garrafas de águas e lanternas estavam amontoados em um canto.

The Maze Girl {The Maze Runner}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora