20. I think we are immune to death too.

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Kaylee levantou assustada e logo sentiu uma dor horrível na parte de trás da cabeça, ela choramingou baixinho e abriu os olhos bem devagar. O lugar em que estava era escuro, mas a luz da lanterna que Brenda segurava foi o suficiente para que ela conseguisse ver o rosto de Thomas.

— Graças a deus que você acordou, fiquei morrendo de preocupação e com tanto medo de te perder. — Ele disse de modo rápido, coisa que so fazia quando estava nervoso.

— Eu to bem, Tommy. — Ela riu.

Thomas a ajudou a levantar e quando ja estavam de pé, ele a puxou pra um abraço apertado, os braços dela envolveram o pescoço dele o puxando um pouco pra baixo. Ele suspirou aliviado ao escutar uma leve risada sair da boca dela.

— Ei, casal. Desculpa atrapalhar o reencontro, mas nós precisamos sair daqui e encontrar os outros. — Brenda Disse jogando uma lanterna na direção de Thomas.

— É como vamos sair? Caso você não tenha percebido, a única saída foi completamente destruída. — Kaylee cruzou os braços.

— Não se preocupe, vou tirar a gente daqui.

— Por que vocês estão nos ajudando? — Thomas perguntou.

— Acredite ou não, não foi ideia minha. O Jorge acha que vocês são o bilhete dele para um paraíso seguro. — Brenda respondeu.

— Não entendi. — Kaylee disse confusa.

— Sabe, paraíso é um lugar a salvo do sol, das infecções. Dizem que o braço direito vem pegando adolescentes a anos, os imunes pelo menos. — Disse a olhando.

– Você sabe onde fica? – Thomas perguntou.

— Não, mas o Jorge conhece um cara, o nome dele é Marcus, ele contrabandiava crianças nas montanhas. Se o Jorge conseguiu sair é pra lá que ele levará os amigos de vocês.

— Se ele conseguiu sair?...

— Olha só, vocês fazem muitas perguntas, não me admira que estejam namorando, mas eu preciso de ajuda com isso aqui, ajuda dos dois. — Brenda apontou para um buraco no chão, ou melhor, um duto de ventilação.

– Não estamos namorando. — Disse Kaylee.

Thomas se abaixou ao lado de Brenda e a ajudou a levantar a tampa do duto, Kaylee pegou uma lanterna que tinha no bolso da jaqueta e iluminou o buraco, parecia fundo muito fundo.

— Isso não parece bom. — Disse Thomas.

— É. — Brenda sussurou olhando entre os dois. — Aqui embaixo a transformação ja está completa.

Kaylee sentiu uma sensação estranha na boca do estômago, como se alguma coisa dissesse pra lá não entrar naquele duto.

Brenda a encarou abrindo um sorriso.

— Você primeiro, princesa.

Kaylee olhou pra ela e depois pro duto. Aquele era o único jeito de chegar até os outros e até o braço direito, aquela era a única chance de salvação que ela teria. Então com muito cuidado, a ruiva se aproximou do duto e pulou lá dentro, caindo de pé dentro de um túnel. Thomas foi o próximo e Brenda veio logo atrás.

Brenda liderou o caminho pelo lado esquerdo do túnel. As mãos de Kaylee tremiam a cada passo que ela dava mais a fundo naquele túnel, o medo era evidente em seu rosto, Thomas percebendo isso, entrelaçou suas mãos e lhe mandou um sorriso gentil.

Vai ficar tudo bem, eu prometo.

A voz dele ecoou na cabeça dela.

Você aprendeu!

The Maze Girl {The Maze Runner}Where stories live. Discover now