The Maze Girl {The Maze Runner}

25. Gally?

Uma segunda van aparece e assim que ela parou ao lado da outra, um homem foi jogado pra fora, Jorge pulou de dentro da van e começou a socar o homem repetindo a mesma pergunta várias vezes.

- Onde elas estão!?

- Estamos aqui! - Brenda gritou tirando Jorge de cima do homem. Assim que ele as viu ele puxou as duas pra um abraço.

- Relaxem, estamos do mesmo lado!

- Como assim do mesmo lado? Quem é você? - Thomas perguntou se livrando do homem que o segurava.

O garoto finalmente tirou a máscara de gás revelando sua verdadeira identidade.

- Oi, novatos.

- Gally? - Thomas perguntou surpreso.

- Desgraçado. ‐ Kaylee murmurou chocada.

Thomas avansou sobre o garoto acertando um soco na mandíbula dele e o derrubando no chão. Newt correu até o amigo enquanto Caçarola segurou Kaylee com força.

- Thomas, para! - Gritou o loiro.

- Ele matou o Chuck. - Disse Thomas.

- Eu sei, eu estava lá. Mas eu também lembro que ele foi picado e ter ficado meio pirado, agora solta ele e tenta ficar calmo.

Thomas se levantou do chão ainda com raiva e voltou a ficar ao lado de Kaylee que também estava fervendo de raiva. Gally se levantou e acariciou a mandíbula.

- Eu merecia isso, mais alguém quer fazer as honras? Caçarola, Newt? Kaylee?

- Eu adoraria.

A garota correu na direção do garoto e o empurrou de volta ao chão dando um soco ainda mais forte do que o de Thomas, ela continuou batendo até que alguém a puxou pra longe. Gally se levantou novamente, dessa vez ele tinha um olho roxo e um lábio inchado.

- Eu também merecia isso.

- Conhecem ele? - Jorge perguntou.

- Era um velho amigo. - Disse Caçarola.

- Deles, não meu. - Kaylee disse irritada.

- Como? Como isso é possível? Nós vimos você morrer! - Gritou Newt.

- Vocês me deixaram pra morrer.

- Exatamente, era pra você estar queimando no fogo do inferno agora mas não, infelizmente você está vivo. - Disse Kaylee.

Gally ficou em silêncio por um tempo.

- Eu também te odeio, Kaylee, mas vocês deveriam me agradecer, se nós não tivéssemos achado vocês, estariam mortos agora.

Kaylee cruzou os braços revirando os olhos.

- O que vieram fazer aqui? - Perguntou.

- O Minho. O Cruel o trouxe pra cá, nós queremos achar uma entrada. - Disse Newt.

Gally acentiu e pensou por alguns segundos.

- Posso ajudar a achar. Venham comigo.

- Não vou a lugar nenhum com você. - Disse Thomas.

- Você é quem sabe, mas posso te levar do outro lado do muro.

Kaylee se aproximou e segurou uma das mãos de Thomas e acentiu levemente. Ela também não queria ir com Gally mas eles precisavam resgatar Minho, de um jeito ou de outro.

××××

Gally os levou pra dentro da instalação, havia vários homens de todas as idades sentados em cada canto em que eles viravam.

- Depois do labirinto eu fui pego por umas pessoas que vinham pra cidade, eles notaram que eu era imune, cuidaram de mim e me trouxeram aqui para o Lowrance. Esse grupo está em guerra com o Cruel desde que tomaram o controle da cidade, mas o Cruel não vai se esconder atrás dos muros para sempre, um dia irão pagar por tudo que fizeram.

Eles continuaram seguindo Gally pela instalação com vários olhos curiosos sobre eles. Kaylee apertou a mão de Thomas com força quando um dos homens lhe mandou um sorriso malicioso.

- Escutem, ele não recebe muitas visitas, então deixem que eu falo e tentem não encarar.

Gally voltou a andar dessa vez descendo uma escada que os levou para um cômodo rodeado de flores, flores de todos os jeitos, cores e formas.

- Gally. - Uma voz desconhecida chamou pelo garoto. - Que bom que você voltou, Jasper me contou o que aconteceu.

- Foi um massacre, não podemos fazer nada contra aquelas armas.

- Não, não podemos, mas eles so podem cutucar o vespeiro até certo ponto, até serem picados. - Disse o homem. - Quem são eles? Por que estão aqui?

- Temos que entrar no Cruel, Gally disse que você pode nos colocar do outro lado dos muros. - Disse Thomas.

- É o Gally não deveria fazer promessas que não pode cumprir.

Gally abaixou a cabeça. Kaylee trocou um olhar com Brenda ja sabendo que talvez aquilo não levaria a lugar nenhum.

- Além disso, os muros não são sua maior preocupação. Entrar no Cruel é impossível.

- Pode ter uma entrada agora, mas so funciona com a Kaylee. - Gally apontou com a cabeça para a garota ruiva.

O homem finalmente saiu das sombras revelando seu resto para o grupo. Quando ele a encarou, ela entendeu o porque Gally disse para não encarar. O rosto do homem era todo deformado, ele não tinha parte do nariz e suas bochechas eram cheias de grandes bolhas pretas.

- Ah, me diga, Kaylee. Você sabe o que eu sou? - Ele perguntou serio, mas antes que ela pudesse responder ele avansou pra frente afastando alguns fios de cabelo e se aproximando do ouvido dela. - Eu sou um advogado, ou seja, eu não assumo risco desnecessários. Por que devo confiar em você?

- Porque eu posso te ajudar. Se me colocar do outro lado do muro, eu posso consiguir exatamente o que você precisa.

- Do que acha que eu preciso?

- Tempo. - Ela respondeu analisando o soro azul que estava ligado ao braço do homem por uma agulha. - Até a última gota.

O homem virou a cabeça e também analisou o soro que ja estava quase no fim. Ele virou a cabeça para olhar para Gally e depois voltou a olhar para a garota.

- Tempo? É disso que eu preciso?

- O Cruel tem uma coisa que você também quer - Ela sorriu de um jeito sarcástico.

O homem a analisou dos pés a cabeça. Seu olhar por algum motivo se fixou na barriga da garota. Kaylee levou a mão ao local se sentindo estranha derrepente.

- Vamos fazer assim, querida. Dois de vocês podem ir agora e o resto fica aqui comigo, so pra garantir que você vai voltar.

Kaylee respirou fundo e olhou pros amigos, eles se entreolharam e deram de ombros, indicando que a decisão era somente da garota.

O homem estendeu a mão na direção dela esperando que ela confirmasse o combinado. Thomas parou ao lado dela e apertou a mão do homem, ainda não satisfeito o homem esperou pelo aperto de mão da garota, ela hesitou mas apertou a mão dele também.

- Gally, mostre o caminho.