Capítulo 4

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- Cuidado por onde você anda, garota - o rapaz parecia bastante irritado ajeitando a gravata em seu pescoço

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- Cuidado por onde você anda, garota - o rapaz parecia bastante irritado ajeitando a gravata em seu pescoço.

- Foi você que esbarrou em mim. Não eu em você - alterou um pouco o tom de sua voz.

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Você por acaso sabe quem eu sou?- gesticulou irritado.

- Uma pessoa muito mal educada pelo visto, e que não sabe nem pedir desculpas.

- Eu não vou pedir desculpas pra ninguém. Foi você quem entrou no meu caminho- a olhou de cima a baixo com desdém.

- Eu não entrei no caminho de ninguém- irritou-se- Foi você quem apareceu na minha frente.

- Se eu fosse você tomaria muito cuidado na forma em que fala comigo.

- E porque diz isso? Só porque eu não te conheço acha que deveria ter medo de você- cruzou os braços.

- Você realmente não sabe quem eu sou?- abriu um sorriso malicioso e ela negou meneando a cabeça- Você não é muito de vim por aqui, não é?.

- Mais é claro que sim- ironizou- Eu adoro sair da minha casa para vim passear aqui nesse castelo. É como um passeio turístico pra mim- gesticulou sarcástica e ele continuou sorrindo.

- De onde você é então?.

- Isso não é da sua conta. Não digo onde moro para estranhos.

- Você esta em um lugar estranho onde não conhece nada. Acho que isso não conta muita coisa.

Ela não disse nada, apenas balançou os ombros revirando os olhos.

- Bom, eu já vou indo. Não quero ficar gastando meu tempo com uma estranha.

Falando isso se virou e começou a se afastar indo direção as escadas. Ela não o culpava por dizer aquilo, afinal, era mesmo uma completa estranha perdida em um castelo tanto quanto ele é estranho para ela.

Mas antes que continuasse seu caminho e desaparecesse o chamou de volta, fazendo-o se virar mesmo distante e olhar em seus olhos novamente.

- Desculpa lhe incomodar mais uma vez- olhou para ela encolerizado- Mais você poderia me dizer para que lado fica a cozinha? Você tem cara que conhece bem esse lugar- ela sorriu acanhada.

- Eu acho que isso não é da sua conta? Ou será que não é da minha?.

Sorriu malicioso e continuou andando descendo as escadas olhando debochadamente pra ela que estava encostada na beirada do guarda-corpo olhando para ele carrancuda quase o fuzilando com os olhos em fúria.

Ótimo. Pelo jeito as pessoas desse lugar não gostam de ajudar ninguém.

 Pelo jeito as pessoas desse lugar não gostam de ajudar ninguém

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