00. The Scorch Trials

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O barulho da porta se destrancando foi ouvindo por toda a sala, todos os clareanos se levantaram dando de cara com um homem alto e na visão de Kaylee, um tanto familiar.

— Vocês estão bem? Peço desculpas pela confusão la fora, enfrentamos um enxame, mas estão seguros agora.

— Quem é você? — Thomas falou pela primeira vez depois de muito tempo calado.

— É por minha causa que estão vivos e eu pretendo mantê-los assim. Agora, venham comigo, vamos acomodar vocês. — Disse o homem saindo da sala.

Enquanto os outros seguiram o homem sem hesitar, Kaylee continuou parada onde estava, com os braços cruzados e tentando entender o porque daquele homem lhe parecer tão familiar. Sem muita escolha, a garota correu tentando alcançar o grupo.

— Podem me chamar de senhor Janson, sou o administrador desse lugar, pra nós isso é um santuário a salvo dos horrores do mundo la fora. Vocês devem vê-lo como um abrigo, um lugar seguro.

— Vai levar a gente pra casa? — Thomas perguntou pulando um fio elétrico que estava no caminho.

— Por assim dizer, mas é uma pena que não tenha sobrado muito de onde vocês vieram, mas temos um lugar seguro pra vocês, um refúgio, onde o Cruel nunca mais os encontrará. — Janson disse sorrindo.

Kaylee e Minho trocaram um olhar desconfiado, assim como a garota, o asiático também não achava o homem confiável.

— Por que você esta nos ajudando?

— Digamos que o mundo la fora esta numa situação precária, estamos todos pendurados por um fio muito fino. O fato de crianças serem imunes aquele vírus maldito torna vocês a maior chance de sobrevivência da humanidade e infelizmente, isso torna vocês alvos, como já notaram. — Respondeu.

Quando passaram pela porta principal, as meninas foram levadas para o banheiro feminino e os meninos para o masculino, segundo Janson, eles estavam precisando de um longo e relaxante banho.

Enquanto os meninos se divertiam nos chuveiros, Thomas pensava em tudo que havia acontecido nas últimas horas.

Ele encarou o chão vendo a água levar o sangue de Chuck que tinha ficado em seu corpo. Chuck, ele ainda não acreditava que o garotinho não estava com eles. e ao pensar nisso, uma lágrima solitária desceu pelo rosto dele.

×××

Quando todos ja tinham tomado banho e ja estavam devidamente vestidos. Um homem os levou para a sala de exames, onde as meninas ja o esperavam.

Teresa estava sentada em uma mesa bem longe de todos, enquanto Kaylee estava sentada em uma cadeira com as cabeça deitada no braço esquerdo enquanto uma enfermeira colocava uma agulha em seu braço para coletar o sangue.

— Kaylee? Você ta bem? — Thomas perguntou sentando na cadeira ao lado dela.

A cabeça da garota se levantou lentamente.

— Eu to otima, so acabei de descobrir que tenho pânico de agulhas. — Falou.

Thomas riu. A garota voltou a abaixar soltando um gemido de dor quando a agulha penetrou em sua pele. A mesma coisa foi feita com Thomas.

— Não faltou nenhum tubinho? — Thomas perguntou irônico quando o décimo tubinho foi preenchido com seu sangue.

A porta do laboratorio foi aberta novamente e um homem e uma mulher passaram por ela, ambos com uniformes brancos e segurando tablets enormes. A mulher caminhou em passos rápidos até Teresa enquanto o homem parou em frente a Kaylee.

— Você é a Kaylee? — O homem perguntou checando se o nome estava certo no tablet.

Kaylee acentiu.

— Sim, sou eu. Ai! Cuidado ai! — A ruiva gritou com a enfermeira que tirava seu sangue arrancando uma risadinha de Thomas.

— Eu sou o Doutor Alexander, agora que ja nos conhecemos, preciso que me acompanhe para fazer alguns exames extras. — O médico disse serio.

Kaylee estreitou os olhos para o médico.

– Esses exames precisam de sangue? Porque sinceramente acho que não tenho sangue suficiente pra mais exames. – Falou irônica.

— São testes rápidos, prometo que não verá mais nenhuma agulha hoje. — Riu.

— Ok. — Sussurou se levantando.

Antes que ela pudesse se afastar junto com o médico, Thomas agarrou a mão dela, fazendo a garota se abaixar pra ficar da altura dele.

– Você vai ficar bem? – Perguntou preocupado.

– Obvio que sim, eu sei me cuidar. – Sorriu.

Ele acentiu ainda preocupado, Kaylee deixou um beijo demorado na bochecha dele e depois saiu seguindo o médico para fora da sala.

Assim que a porta se fechou uma dor estranha e uma preocupação intensa se estalou no corpo de Thomas.

— Ela vai ficar bem...

Thomas repetiu essa mesma frase várias vezes com os olhos fixos na porta pela qual a garota saiu, esperando que ela voltasse logo.

The Maze Girl {The Maze Runner}Where stories live. Discover now