Capítulo 19

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Fazia quase 2 semanas que Marcelo havia ligado e até agora ele não tinha voltado a ligar.

Talvez ele tivesse percebido que tinha amor a própria vida ou talvez fosse porque eu mudei o número do telefone aqui de casa.

Eu conversei com meus pais uns dias atrás e Carlos me deu 3 dias de folga no hospital.

Eu estava saindo do meu plantão e indo pra casa.

E todo dia depois daquela maldita ligação era assim... eu ficava apenas de corpo presente no trabalho. Eu ligava pra Laura de meia em meia hora... e tudo que eu queria quando chegava em casa era ver que ela estava bem.

Eu cheguei em casa e fui direto tomar um banho rápido e quente.

As passagens já estavam compradas e nós iríamos pra Miami ainda hoje.

Uma que eu queria ficar sozinho com a Laura e outra que eu queria afastá-la de NY.

Eu deitei ao seu lado na cama, mas não podia dormir, nós tínhamos que nos arrumar pra ir pro aeroporto ou perderíamos o voo.

Eu deslizei minha mão pelo seu corpo a acariciando e dando beijos suaves onde minha mão passava. Ela suspirou e se espreguiçou lentamente.

- Bom dia. – eu disse a ela.

- Bom dia. – ela sorriu. – Não vai dormir? – sua voz estava rouca e arrastada.

- Não. – me apoiei no cotovelo pra olhá-la melhor. – Nós precisamos arrumar as malas.

Ela se virou e ficou de frente pra mim.

- Aonde vamos? – ela franziu a testa.

- Viajar... 3 dias. – ela sorriu. – Só eu e você.

- Uhm... – ela sorriu com malícia. – Parece bom...

Suas mãos deslizaram pelo meu peito e subiram até se enroscar em meus cabelos.

- Então vamos preguiçosa, nosso voo sai no início da tarde. – eu disse divertido.

- Há quanto tempo planeja isso? – ela me olhou.

- Uns dias... – respondi.

Ela me beijou e se levantou.

- Não vai ter mais ninguém por lá? – perguntou indo pro banheiro.

- Não, apenas nós dois. – peguei uns travesseiros e me acomodei na cama.

Eu ouvi o barulho de água correndo e depois não vi mais nada, apaguei.

Eu acordei com sua mão pequena me fazendo carinho e sua voz doce me chamando.

- Massimo... – ela me chamava.

Eu abri meus olhos e a olhei.

- Você dormiu. – ela sorriu.

- Que horas são? – perguntei confuso.

- Quase meio dia. – ela mordeu os lábios. – Não brigue comigo, você precisava dormir.

Eu precisava mesmo, mas íamos nos atrasar. Eu ainda precisava pegar minhas coisas e...

- Eu já fiz sua mala. – ela disse com se tivesse lido meus pensamentos. – Tudo que tem que fazer é dar uma olhada pra ver se tem tudo que precisa.

Eu sorri.

- Eu amo você.

- Eu também te amo dorminhoco, mas precisa se levantar. – ela me estendeu uma mão. – Estava esperando você pra almoçarmos e irmos.

Only hopeWhere stories live. Discover now