Fazia quase 2 semanas que Marcelo havia ligado e até agora ele não tinha voltado a ligar.
Talvez ele tivesse percebido que tinha amor a própria vida ou talvez fosse porque eu mudei o número do telefone aqui de casa.
Eu conversei com meus pais uns dias atrás e Carlos me deu 3 dias de folga no hospital.
Eu estava saindo do meu plantão e indo pra casa.
E todo dia depois daquela maldita ligação era assim... eu ficava apenas de corpo presente no trabalho. Eu ligava pra Laura de meia em meia hora... e tudo que eu queria quando chegava em casa era ver que ela estava bem.
Eu cheguei em casa e fui direto tomar um banho rápido e quente.
As passagens já estavam compradas e nós iríamos pra Miami ainda hoje.
Uma que eu queria ficar sozinho com a Laura e outra que eu queria afastá-la de NY.
Eu deitei ao seu lado na cama, mas não podia dormir, nós tínhamos que nos arrumar pra ir pro aeroporto ou perderíamos o voo.
Eu deslizei minha mão pelo seu corpo a acariciando e dando beijos suaves onde minha mão passava. Ela suspirou e se espreguiçou lentamente.
- Bom dia. – eu disse a ela.
- Bom dia. – ela sorriu. – Não vai dormir? – sua voz estava rouca e arrastada.
- Não. – me apoiei no cotovelo pra olhá-la melhor. – Nós precisamos arrumar as malas.
Ela se virou e ficou de frente pra mim.
- Aonde vamos? – ela franziu a testa.
- Viajar... 3 dias. – ela sorriu. – Só eu e você.
- Uhm... – ela sorriu com malícia. – Parece bom...
Suas mãos deslizaram pelo meu peito e subiram até se enroscar em meus cabelos.
- Então vamos preguiçosa, nosso voo sai no início da tarde. – eu disse divertido.
- Há quanto tempo planeja isso? – ela me olhou.
- Uns dias... – respondi.
Ela me beijou e se levantou.
- Não vai ter mais ninguém por lá? – perguntou indo pro banheiro.
- Não, apenas nós dois. – peguei uns travesseiros e me acomodei na cama.
Eu ouvi o barulho de água correndo e depois não vi mais nada, apaguei.
Eu acordei com sua mão pequena me fazendo carinho e sua voz doce me chamando.
- Massimo... – ela me chamava.
Eu abri meus olhos e a olhei.
- Você dormiu. – ela sorriu.
- Que horas são? – perguntei confuso.
- Quase meio dia. – ela mordeu os lábios. – Não brigue comigo, você precisava dormir.
Eu precisava mesmo, mas íamos nos atrasar. Eu ainda precisava pegar minhas coisas e...
- Eu já fiz sua mala. – ela disse com se tivesse lido meus pensamentos. – Tudo que tem que fazer é dar uma olhada pra ver se tem tudo que precisa.
Eu sorri.
- Eu amo você.
- Eu também te amo dorminhoco, mas precisa se levantar. – ela me estendeu uma mão. – Estava esperando você pra almoçarmos e irmos.
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Only hope
RomanceMassimo é um médico solteiro e bem sucedido, mas o seu passado o atormenta. Numa noite ele conhece Laura, de uma forma nada convencional. Um tempo depois ele descobre que a cura para os seus fantasmas é aquela mulher com rosto de menina.