► Capítulo quarenta e sete

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— O que estava fazendo com aquela garota? — O empurro para que fique sentado na cama

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— O que estava fazendo com aquela garota? — O empurro para que fique sentado na cama.

Estamos no meu antigo quarto.

— Você viu, ela despejou a bebida dela em mim e estava tentando me ajudar. — Ele parece relaxado demais.

— Você? Ser ajudado? — Me aproximo e começo a desabotoar os botões de sua camisa.

— Há algum problema nisso? — Ele pergunta com a voz baixa e rouca. Termino de abrir os botões e deixo que ele a tire.

— Hmm, deixa ver... — Finjo que estou pensando. — Além de que você odeia interação com pessoas? Nenhum. — Ele tira a camisa e a estende para mim que a pego.

— Eu mudei. — O sorriso provocar em seus lábios me deixa com raiva. Ele está achando isso divertido? Eu me viro para o meu guarda roupa. Tenho algumas camisetas grandes aqui.

— Aham, mudou. — Digo.

— Por que não acredita em mim? — Prendo a respiração quando sinto seu peitoral em minhas costas. O vestido de costas abertas que Aggie me convenceu a usar também não ajuda.

Perco o raciocínio quando ele começa a tatear minhas costas.

— Por que o que..? — Pergunto tentando me recompor.

— Eu perguntei — Ele aproxima seus lábios do meu pescoço e o beija. — por.que.não.acredita.em.mim — Cada pausa era um beijo em meu pescoço.

— Draco...por favor... — Peço.

— Quer que eu pare? — Não consigo responder. Não quero que ele pare, mas também ainda estou com raiva dele achar divertido qualquer mulher colocar as mãos nele.

— Quer que eu pare, Naomi? — Suas mãos passeiam por minha cintura, depois por meu quadril, até chegarem na bunda onde ele aperta me fazendo gemer.

— Quer eu pare, querida? — Minha respiração está pesada. Tento pensar logicamente, eu e Draco ainda não sentamos para conversar, fazer amor com ele agora seria saltar várias etapas.

— Para. — Quase que instantaneamente suas mãos abandonam meu corpo. Solto o ar que nem sabia que estava prendendo. E agradeço por ele ter obedecido minha vontade.

Respiro fundo tentando recuperar o pouco de sanidade que ainda me resta.

Draco tirou suas mãos do meu corpo, mas ainda sinto sua respiração em minhas costas. Estou tão confusa!

Quero dizer para ele nunca mais me procurar e lhe mandar os papéis do divórcio, mas ao mesmo tempo quero o abraçar e dizer que o amo.

— Sei que temos muito o que conversar... — Ele começa se afastando de mim. Volto a me mexer procurando uma camiseta para ele.

— Ah, pode apostar que sim. — Draco suspira. Eu encontro uma camiseta preta e lhe entrego.
Logo em seguida encosto meus quadris na cómoda. De repente o cómodo ficou tão silencioso, apesar do barulho abafado. Quase quero me encolher.

— Quero que nos encontremos para conversar, hoje não é um bom dia para isso. — Eu assinto.

Hoje faço dezanove, e só de pensar que fui a primeira de todas as versões de mim que chegou até aqui...me deixa feliz e ao mesmo tempo triste.

Draco se veste e se levanta, indicando que a conversa acabou.
Ele limpa uma poeira invisível de sua calça de alfaiataria que destoa totalmente da camiseta despojada que usa.

Seja rebelde, querida. — Ele deposita um beijo casto em minha testa. Suas mãos gélidas como de costume, vão para as minhas bochechas.

E acontece em um segundo, Draco saí pela porta do meu quarto me deixando sozinha com minhas constatações.

— "Seja rebelde, querida"? — Meus olhos se arregalam. — Foi Draco!? — Quase grito.

Eu achei que tivesse sido meu pai!

[...]

Pensei mil vezes se viria mesmo à esse encontro ou não. O primeiro que marcamos inicialmente foi desmarcado, não me sentia pronta para isso.

Suspiro soltando uma fumaça pela boca, o inverno chegou com tudo na Suíça. E eu amo essa estação.

Após ponderar muito, eu entro na cafeteria.

Uma música calma toca no local, e o cheiro de café me faz querer respirar fundo. Ainda bem que posso continuar comendo coisas humanas.

Avisto Draco em uma mesa, na verdade ele é a única pessoa ali, olho ao redor, está tudo vazio, apenas há uma atendente atrás do balcão. Eu reviro os olhos, isso é tão Draco.

Ele se levanta assim que me vê e quando chego à mesa, ele puxa a cadeira para mim. Me sento e ele se senta a frente de mim.

— Você veio! — Ele diz me olhando como se eu não fosse real.

— Sim...

— Quer alguma coisa? — Eu apenas nego alheia a tudo.

Parecemos dois estranhos, estamos pisando em ovos um com o outro. Isso me deixa desconfortável.

— Pode começar com as perguntas, eu sei que você tem muitas. — Ele diz.

Eu respiro fundo, organizei mentalmente tudo que lhe perguntaria. Minha mente está fervilhando de tantas perguntas que nem sei qual escolher primeiro.

Mas faço primeiro a mais fácil.

— Draco, foi você que me mandou o vestido de casamento? — Mesmo já sabendo a resposta, eu tenho que perguntar.

Ele assente.

— Eu te segui no dia...e o vestido que você usou na última vez que nos casamos era idêntico à aquele. — Eu assinto tentando assimilar a informação.

— E os sonhos, Draco? Tenho sonhos com alguém que nunca consigo ver o rosto.

— Isso fazia parte da maldição, quando você estava sonhando, eu também estava, no mesmo sonho, no mesmo lugar. — Eu engulo em seco. Aquelas mãos gélidas...

Agora a mais difícil.

— Alguma vez você realmente esteve apaixonado por mim? As vezes parece que você não está realmente apaixonado por mim, parece que você só ama as versões de mim, apenas tenho o mesmo rosto, isso faz você me amar?

— Alguma vez você realmente esteve apaixonado por mim? As vezes parece que você não está realmente apaixonado por mim, parece que você só ama as versões de mim, apenas tenho o mesmo rosto, isso faz você me amar?

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Capítulo bem fubanga, eu sei!

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now