► Capítulo nove

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Três dias depois

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Três dias depois...

Draco disse que hoje iríamos jantar no restaurante do hotel. Eu não me fiz de rogada e me arrumei. Horas mais tarde, ele veio me buscar na casa – provavelmente havia ido caçar.

— Boa noite senhores. — O garçom cumprimenta deixando os menus na mesa. Eu apenas abano minha cabeça e Draco não diz nada.

O garçom se distancia um pouco mas sempre ficando à vista. Eu abro o menu mas não acho nada ali interessante e os nomes são muito complicados.
Eu faço uma careta para o menu e o fecho sem saber o que escolher.
Vejo Draco chamar o garçom que logo se aproxima.

— O de sempre por favor, para ela também. — Ele assente e saí.

— Você vem sempre aqui?

— Em algumas épocas do ano. É muito bom caçar aqui. O sangue fica gelado assim que você suga. — Eu me arrepio. Até hoje não me habituei com quão natural eles falam sobre caçar para sugar o sangue. Mas em breve, serei um deles. Que fala sobre caçar e sugar sangue.

— Não faz essa cara, pelo menos não são humanos. — Eu reviro os olhos.

— Seus pratos senhores. — O mesmo garçom vêm acompanhado de um outro e arrumam os pratos na mesa.

Draco pediu uma espécie de carne extremamente mal passada com alguns acompanhamentos que não consigo identificar na hora, mas definitivamente são coisas que nenhum humano teria estofo para comer.

Já o meu prato é algo que conheço e amo.

— Como você sabia..? — Eu encaro o prato e depois levanto meu olhar para Draco. É o meu prato preferido.

— Sei de muitas coisas suas Naomi. — Eu engulo em seco e assinto.

— Mas eu não vi ele no menu. — Eu lembro, seria impossível eu passar por meu prato preferido e não notar.

— Isso é por quê eles não fazem. Pedi que fizessem especialmente para minha esposa. — Eu assinto e Draco volta a comer.

Enquanto estamos comendo o garçom traz duas taças. A minha tem vinho branco e a de Draco definitivamente não é vinho.

— O melhor da região senhor, e fresco. — Draco assente e dá um gole. Ele fecha os olhos e parece sentir o sabor do sangue. E a única coisa que penso é como ele fica sexy com essa expressão no rosto.

Eu desvio o olhar para minha taça quando ele abre os olhos. Dou um gole sentindo o sabor levemente adocicado descer por minha garganta. Esse vinho é muito bom.

— Gostou?

— Sim, é doce mas suave. Nada exagerado. — Eu agito de leve a taça fazendo o conteúdo claro brilhar e depois o encaro. — Nem irei perguntar como está a sua bebida. Definitivamente você gostou. — Draco solta uma risada nasalada mandando a cabeça para o lado e depois volta a me encarar.

— Você é um ser petulante, sabia? — Eu arqueio as sobrancelhas.

— Sou?

— É. — Ele confirma. — Muito petulante. — E ele não diz mais nada. Eu acabo o conteúdo em minha taça olhando em seus olhos e Draco chama o garçom logo em seguida.

— Pode trazer a garrafa desse vinho. Minha esposa gostou. — Eu não me nego. Não é a primeira vez que bebo. Bebi algumas vezes com Ágatha e Christian.

• • •

Eu encaro Draco que está sentado na outra extremidade da cama.
Eu respiro fundo tentando fazer toda aquela tensão desaparecer. O álcool não ajuda.

— Eu só...não estou pronta...desculpa. — Passo a mão por meus fios rebeldes e os puxo para trás.

— Você é minha esposa. — Seu tom é duro.

— E você acha que é só casar e pronto? Eu sou um ser humano, não uma boneca. — Engulo em seco depois das palavras que eu disse. Anastasia me mataria se me ouvisse falando assim com meu esposo. Nada disso faz parte do que ela me ensinou.

Draco só se levanta e saí da casa batendo a porta com força. Ele deveria ser mais responsável e tomar cuidado por causa da super força. Poderia derrubar a casa toda assim.

Os dias aqui tem sido maravilhosos – até hoje – vi a aurora boreal ontem e foi a coisa mais linda, tirei as melhores fotos para poder guardar tudo na memória do celular e no coração. Passei com Cristal algumas vezes, tenho conversado bastante com ela, mas sei que será doloroso na hora de ir embora.

Bom hoje, talvez eu tenha bebido a garrafa inteira de vinho e ficado um pouco altinha? Só caí em mim quando estava cambaleando aos beijos com Draco pela casa. Ainda estou embriagada, sinto isso. Mas acho que a percentagem diminuiu, mas também quem fica embriagada com uma garrafa de vinho?

Eu pego um travesseiro na cama, mergulho meu rosto nele e grito.

Apesar de tudo, gostei dos beijos de Draco.
E queria mais. Mas não sei por que simplesmente o parei, ele estava prestes a tirar o meu vestido e eu simplesmente disse "não".

Estou suada mesmo estando nevando lá fora e meus cabelos estão bagunçados.

Sei que mais cedo ou mais tarde terei que me deitar com Draco. Teremos que consumar o casamento. E sei que não vivemos em um conto de fadas, então no fim acabará sendo por bem ou por mal. A segunda opção me arrepia.

Será que o Draco só ficou irritatinho por não ter assado o peru?

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Será que o Draco só ficou irritatinho por não ter assado o peru?

Amo vocês🌷.

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now