► Capítulo trinta e um

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Ainda no chão tentando entender o que era quilo tudo, ouço a porta ser empurrada e vejo uma das empregadas

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Ainda no chão tentando entender o que era quilo tudo, ouço a porta ser empurrada e vejo uma das empregadas.

— Senhora!? — Ela arfa e coloca a mão na boca. — Meu Deus, meu Deus! — Ela parece alarmada mas não faço nada, estou demasiado confusa com tudo isso.

— O que faço meu Deus! Vou perder meu emprego. — Ela murmura. — Senhor Morton. — Leva alguns segundos para Draco aparecer na porta do quarto. A cor – que ele já não tem – lhe desaparece da face quando me vê ajoelhada naquele chão.

— Mas que mer...Naomi está bem? — Ele se aproxima e me levanta do chão. Não me atrevo a dizer nada, meu cérebro embaralhou-se. Apenas quero respostas, mas não consigo perguntar.

Ele me leva para o andar de baixo e me coloca sentada no sofá. A empregada vem atrás e me observa com os olhos acuados. Seja lá que merda era aquilo, não era para eu ter visto.

— O QUE EU FALEI SOBRE AQUELE QUARTO? — Tenho um sobressalto quando Draco grita.

— Senhor... — Ela tenta, mas é interrompida por Draco gritando mais uma vez.

— ME RESPONDA ANTES QUE EU PERCA A PACIÊNCIA. — Ela treme e a ouço engolir em seco.

— O senhor disse que não era para abrir o quarto, mas eu apenas estava limpando, o que também eram ordens do senhor, abrir somente quando for para limpar, eu nunca ia imaginar que... — Ela me olha mas logo desvia o olhar para o chão.

— SAÍA DAQUI. — Ele grita e ela saí correndo da sala. — Não se machucou com os estilhaços? — Ele pega minhas mãos as verificando, como não encontra nada, vai para o meu rosto.

— Draco...o que era aquilo? — Algo no meu peito me diz que não vou gostar da resposta.

— Você precisa de um banho... — Ele tenta me levantar mas me recuso. Ele só pode estar de brincadeira, sabe que não preciso de banho algum agora que sou vampira, mas usa isso como desculpa.

— Não preciso de nenhum banho. A única coisa que quero agora, são respostas. O que era aquilo? E por que gritou com a empregada daquele jeito? — Draco desvia o olhar sem me dar respostas.

— Draco..? — Chamo com a última esperança que tenho. Não sei por quê, mas a confiança que eu estava criando por Draco parece não existir mais, estou cheia de dúvidas. — O que está escondendo de mim?

Ele não me responde e teima em me levar da sala, mas sou mais ousada e rápida, me afasto de seu toque.

— Se não me disser a verdade eu vou embora. — Não sei dizer se dessa vez essa é mais uma ameaça vazia. Para mim parece estar cheia.

— Não seja louca Naomi, vai congelar aí fora. — Eu me levanto caminhando até a porta.

— Sabe que não vou. — Ele esqueceu que me deu a chave para a liberdade, cravou os caninos em mim, não tem volta.

Pego a maçaneta da porta e rapidamente sua mão está sobre a minha. Levanto meu olhos e o encaro.

— Me diz a verdade, eu vi coisas quando peguei um daqueles porta-retratos e quero respostas. — Ele não parece querer ceder, nem eu também.

— Tudo bem. — Quando ele não diz nada, afasto sua mão com a minha mão livre e abro a porta. Olho para a maçaneta vendo que a amolguei por completo, usei mais força do que deveria.

— Volte aqui Naomi. — Ouço ele dizer a medida que me afasto pisando duro na neve. Quando ouço seus passos atrás de mim, acelero o passo querendo estar longe dele. Um homem que mente, o que ele não pode me dizer? Tudo ali me envolve, tem haver comigo e por que ele não pode me dizer? Afinal era meu rosto em tudo aquilo!

— Naomi não seja teimosa. — Ele pega meu braço mas me desvencilho. Acho que ele não está usando sua super força ou super velocidade por quê acha que estou blefando.

Olho uma última vez para Draco e volto a olhar para frente pensando que quero que meus pés corram o mais rápido possível. E é isso que eles fazem. Sinto a neve cortar a pele do meu rosto a medida que passo por árvores cobertas de neve. Meus olhos quase não se abrem pela velocidade.

Só paro quando percebo que estou longe da casa, muito longe. Respiro fundo e olho ao redor, ainda é uma floresta, mas essa é diferente da outra, a neve parece que engrossou três vezes mais aqui.

Paro de prestar atenção na paisagem quando ouço um barulho. Meus olhos são rápidos e perspicazes, mas não vejo nada.

— Draco vai embora! — Digo com raiva, só pode ser ele, veio atrás de mim.

Mas travo quando sinto um cheiro. Cheiro de lobo! Mas é tarde demais para me mexer, sinto algo cravar meu peito. Quando olho para baixo, uma estaca! Uma estaca atravessou meu coração de trás para frente.

Arfo e lágrimas se formam em meus olhos. Caí-o agonizando no chão. Estou morrendo! Posso sentir as batidas do meu coração cessarem...

— Distraída demais. — Ouço uma voz mas não consigo ver de quem é o rosto. Estou tremendo no chão sentindo a vida me abandonar.

É o meu fim.
Vou morrer em uma floresta sozinha, caçada por um lobo.

Vou morrer em uma floresta sozinha, caçada por um lobo

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