► Capítulo quarenta e quatro

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— Cuidado! — Coloco as mãos em frente do corpo para me proteger

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— Cuidado! — Coloco as mãos em frente do corpo para me proteger. Magnólia se recuperou.

Aurora me coloca atrás dela.
Me sinto uma criança de 5 anos sendo protegida. Acho que ela não notou que está no corpo de alguém de 18 anos e que sou muito mais velha que ela.

— Você não muda nunca, né? — Magnólia caminha até nós à passos duros e decididos.

— Posso ter morrido, mas ainda me lembro de cada coisa que fez comigo. — Aurora ajeita a postura como se estivesse pronta para a enfrentar.

As outras mulheres continuam paralisadas. Aurora fez isso.

— Podemos fazer isso juntas. — Digo.

— Eu nem te conheço, acha que vou confiar em você? — Suas palavras são duras, o que me faz engolir em seco. — Só quero minha filha e ir embora. — Ela completa.

— Sabe o que tive que fazer para te trazer de volta? Sua ingrata! — Magnólia grita enquanto procura algo em seus bolsos, talvez alguma poção. Isso não é bom.

— Eu não pedi! — Aurora vocifera de volta. — Vocês me mataram, e querem que eu agradeça por terem me trago de volta? — Sua raiva é quase palpável. Quase me assusto quando suas estrelas brilham mais intensamente.

— Você roubou um corpo. Um corpo! Só para me trazer de volta. — Ela parece incrédula.

Magnólia pega em um frasco pequeno verde brilhante.

— Erva das montanhas... — Eu e Aurora dissemos ao mesmo tempo. Toda bruxa sabe para que serve. É para fazer as pessoas esquecerem do que você quiser. Uma borrifada e pronto.

— Não queria usar isso em você. — Magnólia diz abrindo o frasco.

— Você é maluca! — Aurora vocifera novamente. Suas estrelas ganhando mais intensidade.

— Você é apenas uma criança, mal sabe o que é bom para você. — Olho atentamente para Magnólia que ameaça dar passos mais próximos à nós.

— Estou cansada de você. Dessa família, de tudo! Foi por isso que Marcus conseguiu me conquistar, por quê enquanto vocês me faziam chorar, ele era o único a me fazer sorrir e rir. — Isso parece íntimo demais para mim. É como se eu estivesse invadindo uma reunião familiar.

— Quero a minha filha! Cadê Anastasia!? — Ela grita.

— Aí com você! Essa é a sua Anastasia. — Aurora desvia o olhar para mim rapidamente e volta a olhar para Magnólia.

— Para de mentir! Quero minha filha. — Eu tento dizer algo, que sou eu, que sou a filha que ela busca desesperadamente. Mas não consigo.

— Agora chega. — Acontece tudo muito rápido. Aurora me empurra para longe, ela e Magnólia rolam pelo chão com cada uma fazendo um feitiço diferente.

Tento ajudar Aurora fazendo um feitiço para calar a boca de Magnólia.

Quando me coloco em pé para a ajudar a se levantar, arregalo os olhos quando a vejo cravar uma faca no coração de Magnólia.

— Essa é por Draco.

O corpo vai tomando uma coloração preta até ficar em cinzas comprovando que ela usou da juventude de outras pessoas para se manter jovem.

Aurora caí ao lado do corpo sem vida de Magnólia.

— Aurora! — Corro até ela e lhe levanto a cabeça a colocando em meu colo.

— Você tem os olhos de Marcus. É linda minha filha. — Sua mão acaricia minha bochecha.

— Você sabia?

— Desde o momento que você saiu correndo de trás daquela árvore. — Meu coração se aquece por saber que ela sempre soube quem eu era.
Seu olhar para mim é tão acolhedor que se eu tivesse lágrimas agora, com toda certeza estaria chorando.

— Eu te amo, filha. — E um sorriso encher a alma é a última coisa que vejo antes dela desmaiar.

— Mãe...

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now