► Capítulo vinte

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Eu faço uma careta quando sinto a cama afundar do lado direito, achei que Draco não viria dormir

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Eu faço uma careta quando sinto a cama afundar do lado direito, achei que Draco não viria dormir.

Draco se deita e entra nos cobertores. Seus pés gélidos tocam os meus quentes. Me seguro para não me mexer e denunciar meu disfarce. Não quero que ele saiba que estou acordada.

— Está brava comigo? — Ele pergunta se aproximando de mim.
Me surpreendo por ele saber que estou acordada.

— Da mesma forma que você ficou bravo pelo que aconteceu com Christian. — Não me seguro e respondo.

— Andrea não passa de alguém com quem trabalho. — Eu arfo com sua hipocrisia. Fico tão perplexa que me sento na cama e acendo o abajur só para poder olhar em seu rosto.

— Christian não passa de meu melhor amigo e mesmo assim você o arremessou contra uma árvore. — Alfineto. Draco ficou irritado, é possível ver isso em seus olhos negros.

— Andrea não me beijou. — Ele diz entredentes.

— Mas aquelas mãos asquerosas passearam por seu peitoral como crianças em um parque de diversões. — Eu afino os olhos o acusando.

Só então me dou conta do quão ridícula é essa situação. Pareço uma esposa enciumada. E eu não tenho nenhum sentimento por Draco. Não tem por quê eu estar assim.

— Não voltará a acontecer. — Draco coloca suas mãos uma de cada lado de minhas pernas na cama e fica por cima de mim. — Eu prometo. — E então ele se aproxima e me beija. Um beijo suave e receoso. Acho que por ele não saber como eu reagiria.

Eu pisco olhando para o homem em minha frente. Seus cabelos ainda estavam úmidos pelo banho recém tomado. Seu peitoral totalmente exposto pela falta de uma camisa para cobrir aquele atentado ao pudor.

Draco é sexy. Extremamente sexy.

Esse pensamento me faz rir e faz Draco enrugar o rosto. Eu apenas rio mais ainda e pego seu rosto entre minhas mãos e o aproximo novamente do meu.

— Se acontecer, eu arremesso você contra uma árvore. — E lhe dou um beijo. Poderia facilmente me acostumar com isso. Os beijos de Draco são viciantes e sempre que nos beijamos, parece que meus lábios já estão habituados aos dele.

Quando vejo, o beijo ganhou mais intensidade. Eu me deito com ele por cima de mim sem parar o beijo. Só nos separamos quando ficamos sem ar, mas isso não dura muito, pois voltamos a nos beijar.

Uma mão de Draco vai para minha nuca fazendo os dedos se embaraçarem com os cachos e os amassando enquanto sua língua está dentro da minha boca.

Nossas línguas dançam ao som de uma música agitada e animada, brigando por controle entre si.

A única vez que beijei Draco de língua foi quando estava embriagada, não me lembrava do quão isso é bom.

Sinto a outra mão – a que não está ocupada na nuca – passear por minha barriga por baixo da blusa do pijama. Ele toca minhas costelas me fazendo arrepiar e depois volta para a cintura a apertando. Eu gemo em sua boca pelo aperto repentino. Draco sabe o que está fazendo, é experiente nisso.

Parecendo pensar o mesmo que eu, suas mãos se dirigem para a bainha da minha blusa e se livram dela em instantes. Estou sem sutiã então meus seios ficam expostos.

Draco me analisa por alguns segundos e depois saí de cima de mim rapidamente.

— Draco? O que aconteceu? Fiz algo errado? — Ele nem sequer olha para mim simplesmente calça seus chinelos e saí do quarto batendo a porta.

Estou confusa e frustrada.

Draco me deixou excitada e foi embora!

Será que foi algo que fiz? Até poderia dizer que foi algo que eu disse e que estragou o clima, mas eu nem abri minha boca.

E foi logo após dele ver meus seios...será que foi algo com o meu corpo? Acho que ele esperava outra coisa. E se decepcionou quando me viu...

Isso foi um tapa na minha autoestima.

E não demora muito para que as lágrimas comecem a escorrer por meu rosto. Tento me acalmar com pensamentos de que não tem nada errado com meu corpo enquanto coloco a blusa de volta, mas é difícil de acreditar.

Se não tivesse nada errado, Draco não teria me abandonado aqui enquanto estávamos prestes a transar. Mesmo que fosse só por desejo e luxúria, ele teria transado comigo. Mas nem isso aconteceu.

Quando penso que as coisas não podem ficar ruins novamente, essas coisas acontecem.

• • •

— Bom dia. — Digo assim que me sento à mesa.

— Bom dia. — É tudo que Draco diz sem prestar atenção em mim. Acho que o quer que esteja naquele tablet é mais interessante do que olhar para a esposa que você abandonou no meio de uma – quase – transa.

Começo a me servir do café da manhã sem dizer uma palavra. Acho que estou envergonhada demais para tal. Não vou conseguir agir como se nada tivesse acontecido.

— Ficarei o dia todo fora. — Ele começa finalmente me olhando. Mas logo desvia o olhar. — Não precisa me esperar para jantar ou mesmo para dormir. Tenho assuntos para resolver. — Eu apenas assinto e levo minha xícara com café aos meu lábios dando um longo gole para evitar o responder com palavras.

Minutos depois Draco abandona a mesa deixando para trás apenas seu perfume amadeirado.

Eu fico ali sentada ouvindo ele sair de casa e em seguida um dos carros ser ligado e o ronco do motor se distanciar aos poucos.

Acho que voltamos a estaca zero!

Acho que voltamos a estaca zero!

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O Vampiro que não me amaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora