► Capítulo dezassete

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2 meses depois

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2 meses depois...

O tempo passa relativamente rápido, já fazem dois meses que estou casada, dois desde o incidente nos jardins dos Morton, dois desde que terminei a escola e também dois meses que venho evitado Draco o máximo que consigo. Não é uma tarefa difícil, já que ele quase nunca está em casa também.

Posso dizer que já aceitei a forma que o meu casamento é regida. Não bato de frente com Draco e nem o contrario. Na verdade acho que é mais medo que qualquer coisa. Não quero que o aconteceu com Christian aconteça comigo ou com Ágatha, já que uma vez ele me disse isso.

Falo com Christian sempre que consigo, mas as escondidas. Ele pediu desculpas pelo que aconteceu, mas não se mostrou arrependido pelo beijo em si, mas sim pelo que eu tive que ver.

Esses dias ele me disse que aquele era seu último ato antes de dar uma chance a Sabrina. Disse que havia pensado no que eu havia lhe dito, mas queria só ter aquela última experiência. Eu lhe disse que na verdade havia sido uma traição, ele me disse que seria uma traição com ele mesmo se não tivesse feito o que fez.

Não falamos nada para Sabrina, apenas que Draco viu Christian me abraçando e não gostou. Acho que Draco confirmou a história pois Sabrina não disse nada sobre ter descoberto a verdade. Mas ela deu um discurso sobre relacionamentos abusivos e suas consequências, foi divertido ver a cara de Draco enquanto levava uma bronca da irmã mais nova.

Mas no fim me senti uma falsa e hipócrita, beijei o esposo da minha cunhada e nos outros dias estava rindo e conversando com ela como se não fosse nada.

Acho que Draco sabe disso, da culpa que carrego pois sempre que Sabrina vai embora, seu sorriso debochado é servido para mim.

Odeio a sensação de que ele tem razão, aquele sorriso debochado e sínico grita "você é uma hipócrita".

— Em que tanto pensa? — Eu pisco saindo do meu transe. Draco acabou de se sentar na cadeira vaga na mesa do jardim.

— Por que quer saber? — Por mais que minha pergunta pareça mal criada, meu tom é ameno. Não sei o que ele quer aqui, mas não o deixarei estragar o resto da minha tarde.

— Anda muito quieta ultimamente. — Ele pontua me olhando atentamente. Eu anuo. Draco se recosta mais a cadeira se deixando confortável demais para quem eu pensei que sairia daqui em pouco tempo.

— Pensando em quando você vai me morder. — Olho em seus olhos pela primeira vez desde que ele se sentou.

Draco coça a nuca e desvia o olhar.

— Quando começar a se comportar bem. — Assim que processo suas palavras eu rio. Rio tanto que minha barriga chega a doer.

— Porra Draco, não fode. — Claramente foi para o irritar. O enfurecer. Para o mostrar que mesmo não batendo de frente com ele, ainda sou a mesma garota que sabe que não pode ir embora, mas que também não tem vontade de ficar.

A expressão de Draco não muda, ele continua me olhando sério. A dado momento penso ter ouvido um suspiro. Talvez seja coisa da minha cabeça.

— Naomi. — Ele chama. — As coisas não tem que ser desse jeito. — Eu franzo o cenho e olho para ele.

— Claro que não tem! Você manda e eu obedeço. Não foi isso que juramos ao conselho vampiro no dia que nos casamos? Sou sua submissa, para toda a eternidade. — Despejo cada palavra com amargor, por mais que tenha que seguir tudo isso e esse maldito juramento, cada parte minha descorda de tudo.

— Naomi, me desculpe. — Eu pisco não entendendo o que acabei de ouvir. Draco pediu desculpas. Sem sorrisos sínicos ou debochados. — Sei que o nosso casamento é um acordo entre nossas famílias, mas não precisa ser um casamento cheio de amargor e que você claramente não está feliz. — Eu continuo sem dizer nada. Apenas escuto o que ele diz.

Não acredito em nada do que ele diz. Por mais que uma parte de mim tente me convencer em acreditar nele. Em lhe dar uma chance. O que ele fez na festa ainda me vêm a cabeça.

— Quando aconteceu aquela toda situação pela primeira vez na nossa lua de mel, eu te garanti que sabia meus limites, que sabia até aonde eu podia ir. — Faço uma pausa para respirar. — Mas parece que você se esqueceu de tudo. O que Christian fez não foi correto, eu sei. Mas o jeito que você falou comigo naquela noite, me fez entender que não sou nada, que você pode me matar em um piscar de olhos e eu nunca vou poder reagir ou contra atacar. E isso me aterroriza. Não quero viver com medo, odeio essa sensação. — Desabafo tudo que está entalado. — Eu achei que seria simples. Era me casar com você, ser mordida, ter filhos e criar esses filhos para serem os melhores da linhagem dourada. Mas não está sendo. Estou odiando todos os dias acordar e saber que sou casada com você.

— Nunca quis que as coisas fossem desse jeito. — Ele abaixa o olhar.

É a primeira vez que vejo Draco desse jeito. Penso em ceder mas uma parte minha ainda está relutante.

— Se poder me perdoar para começarmos tudo de novo. Eu prometo que tentarei me segurar e conversarei com você antes de qualquer coisa. — Sou pega de surpresa, nunca em mil anos imaginei que Draco algum dia pediria desculpas. Esse cara mal humorado de 1,92 e que não simpatiza com ninguém está me pedindo desculpas.

As pontas dos meus dedos formigam. Ele está à espera de uma resposta, mas eu sinto que seria muito fácil o perdoar assim.

— Ainda estou ressentida com o que aconteceu. E você pedir desculpas dois meses depois não ajuda. — Eu afunilo meus olhos em sua direção. — Você terá que conquistar o seu perdão. — Não dou espaço para negociações. É minha decisão final.

Draco ânua e os cantos de sua boca se curvam em um sorriso discreto e pequeno. Mas ainda assim um sorriso.

Aí, aí, aonde meu pais foram me meter hein?

Aí, aí, aonde meu pais foram me meter hein?

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O Vampiro que não me amaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora