Quando a existência dos vampiros foi ameaçada 500 mil anos atrás, os vampiros não viram outra opção a não ser se casarem com humanos e em uma cerimônia especial transformá-los em vampiros e assim continuar a linhagem.
E Naomi não escapará à esse des...
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— Senhora Morton. — A chamo. Naomi se vira um pouco assustada. Mas logo parece voltar ao normal.
Olho para ela de cima à baixo, Naomi sempre parece mais linda todas as vezes que a vejo. Mesmo que seja escondido.
— O que faz aqui? — O sorriso lindo e gentil que estava antes em seu rosto, desapareceu.
— Vim avisar que o seu tempo acabou.
— Meu tempo? — Ela parece não entender.
— Você disse que precisava pensar.
— Eu disse que havia acabado.
— Está enganada, querida.
— Draco...
— Quem te deu isso? — Olho para a rosa vermelha em sua mão.
— Não interessa. — Ela diz.
— Quem te deu? — Insisto.
— Eu já disse que não interessa, está tentando desviar do assunto!
— Só quero saber quem vou ter que arrebentar a cara por respirar o mesmo ar que minha mulher. — Naomi ri sarcástica e revira os olhos. Eu estou falando sério.
— Vai embora Morton.
— Volta para casa Naomi! Eu preciso de você. — Eu realmente preciso dela. Sinto que vou enlouquecer se ficar mais um dia longe dela. Estive contando os dias para falar com ela novamente. Fiz algo que eu nunca faria, dar tempo e espaço para ela.
Naomi respira fundo e me olha.
— Meu aniversário de 19 anos é semana que vem. Meus pais quiseram fazer uma festa para mim, aparece aqui.
— Isso é um sim? — Pergunto esperançoso.
— É um convite para uma festa de aniversário. — Reviro os olhos.
A morena passa por mim indo até a porta principal da casa de seus pais.
— Ainda não vai me dizer quem te deu essa rosa? — Falo alto para que ela ouça.
— Por que quer tanto saber? — Pergunta alto também.
— Só por curiosidade. — Ela ri e eu sorrio. Amo ver ela assim, principalmente depois de tudo.
— Foi Christian. — Eu arqueio uma sobrancelha. Estou de boa com ele. Minha irmã está mais feliz que nunca no casamento dela, então não há motivos para me preocupar.
Observo Naomi entrar em casa e sorrio.
Ela me convidou para a festa dela, já é alguma coisa.
[...]
Uma semana depois...
— Vai ficar com essa cara a festa toda? — Sabrina pergunta parando ao meu lado.
— Não sabia que Naomi tinha tantos amigos homens. — Observo de longe a interação de Naomi com mais três caras que riem a cada coisa que ela diz.
Me farto e decido ir até eles, mas Sabrina agarra meu braço.
— Controla esse seu ciúme, não queremos nenhuma morte. — Eu olho para Sabrina que levanta seu copo rindo e saí de onde estou.
Meia noite chega e é hora de cantar os parabéns.
Confesso que estou apreensivo. Por mais que a maldição tenha sido quebrada com a morte de Magnólia, ainda assim tem aquela coisa que nos diz que tudo pode mudar. É como se estivesse habituado a perder ela.
Naomi sopra as 19 velas que mandei colocarem especialmente para ela.
Nada aconteceu. Respiro aliviado.
Vou até ela e a abraço apertado. Sua cabeça descansa em meu peito e minha mão acaricia seu cabelo.
— Feliz aniversário, Naomi. — Deposito um beijo no topo de sua cabeça, deixando de dizer muito mais do que queria.
— Obrigada, Draco. — Ela enlaça minha cintura e ficamos assim por alguns minutos. Até que ela me solta.
E é como se o mau humor tivesse me abraçado de novo. Volto ao meu canto e observo a festa acontecer.
— Oi lindo, está sozinho? — Olho para a garota loira a minha frente e franzo o cenho.
— Com licença. — Quando tento passar por ela, o copo cheio de alguma bebida azul vira todo em minha camisa social branca.
— Me desculpa! — Ela se aproxima colocando as mãos em meu peitoral que a camisa agora colada nele marca. Aí eu percebo que não foi algo acidental.
— O que aconteceu? — Naomi pergunta quando se aproxima.
— Eu molhei ele sem querer. — A garota diz ainda com as mãos em meu peitoral. Eu não as tiro dali, estou adorando a cara de Naomi.
— Pode deixar que eu resolvo.
— Ah não, não quero te incomodar, Naomi. — Ela insiste.
Naomi apenas a olha por alguns segundos e a garota saí de onde estamos sem dizer nada.
— Usando um feitiço de obediência? Que baixo. — Provoco.
— Vem comigo. — Ela ordena subindo as escadas.
E eu obedeço, talvez esteja sob um feitiço de obediência, ou talvez eu só ame demais essa garota para me negar a fazer o que ela manda.
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