Classificação +16
(contém cenas de violência, suicídio, uso de drogas e substâncias ilícitas)
Amy era uma adolescente comum, filha única, tirava boas notas no colégio, sempre rodeada de amigos, tinha uma vida perfeita com sua família em Los Angeles...
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Amy Eu estava pirando literalmente. Toda coca acabou. Para sempre. É como se o mundo tivesse sob as minhas costas e eu não podia me mexer. Não conseguia me mexer. Nem mesmo conseguia gritar.
É o seu fim, Amy burra.
Não posso mais sair de casa. Não posso mais ir a escola. Nunca mais vi Gina ou Mike. Damon se foi sei lá para onde. Me abandonou aqui. Sem coca. Que se foda. Todo mundo. Droga.
Sinto minha cabeça pesada. Eu só queria coca. Enfiar tudo pelo nariz. Assim minha mente ia se acalmar e eu conseguiria pensar com clareza novamente.
Porquê? Porquê eu?
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Segunda-feira, de manhã
Charlie Acordei cedo. Preparei o café da manhã da Amy e levei até seu quarto na esperança dela comer alguma coisa hoje. Ela ainda dormia quando entrei em seu quarto.
-Amy.- sussurrei tentando faze_la acordar.- Amy.- ela se mexeu um pouco e abriu os olhos devagar.- Trouxe café da manhã.- ela coçou os olhos e se sentou- Que tal? Suco de laranja e bolo de chocolate, seu preferido. Coma tudo e depois troque de roupa.
-Porque?
-Porque vamos a psicóloga.
-Porque?
-Sem perguntas, mocinha. É para seu bem, me ouviu? E tome seu café.- disse e saí do quarto fechando a porta.
Fui para o meu quarto. Precisava falar com a Carina. Disquei seu número e esperei.
-Charlie?
-Bom dia, Carina.
-Tudo bem? Você não ligou mais. E Amy? Ela não me ligou. Você pediu a ela para me ligar?
-Não tive tempo de ligar antes. Tudo está uma correria.
-Trabalhando muito?
-Não estou indo trabalhar já faz uns dias.
-Como assim? Tudo que você mais ama é o seu bendito trabalho. Não me diga que foi demitido?
-Não, claro que não. Eu pedi umas folgas, precisava ficar em casa para cuidar da Amy.
-Cuidar da Amy?
-Isso mesmo. As coisas andam bem piores que antes.
-Como assim, Charlie? Eu pensei que tudo já estava resolvido!
-Problemas com drogas não são tão simples, são realmente complicados, Carina. Não tem sido fácil esses últimos dias. Por favor, corte a mesada dela, pelo menos por enquanto. Ela tem gasto em drogas.
-Amy ainda está usando drogas? Que tipo de pai é você? Sua filha virou uma viciada e você não é capaz de fazer nada?
-Vou levá–la na psicóloga hoje, Carina. Eu tentei de tudo. Nem estou deixando ela ir mais a escola porque ela estava fugindo pra ir usar droga. Mesmo eu levando e buscando ela. Ela esperava eu ir embora para fugir.
-Meu Deus do céu, Charlie! Você tem que internar essa menina! Está me ouvindo? Nossa filha virou uma viciada! Só uma clínica é capaz de ajudar ela agora!
-Eu sei. Calma, Carina. Como disse vou levá–la na psicóloga hoje, se for caso de internação com certeza a psicóloga vai falar sobre.
-Claro que é caso de internação! Trate de internar ela o quanto antes! Resolva isso enquanto ainda é tempo! Imagina nossa filha vai parar na Cracolândia ou é até mesmo morta por conta de dívidas de drogas?
-Não fale isso, Carina. Só liguei porque você é mãe dela e tem direito de saber o que está se passando. Se precisar interná–la é isso que farei. Te ligo mais tarde para te passar como foi na psicóloga.
-Ok. Espero a ligação.- ela desliga em seguida.
Tomo um banho para me acalmar, depois passo no quarto da Amy para chamá–la. Logo estamos a caminho do consultório da psicóloga.
