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28° dia de aula
Quando cheguei no portão da escola, vi que o "senhor Plaesonn" estava me esperando na entrada, encostado na parede e as mãos no bolso da calça jeans preta, vestia uma blusa azul e o cabelo estava meio bagunçado, totalmente lindo. Tipo, muito lindo. Inexplicavelmente lindo. Assim que me viu deu aquele sorrisinho perfeito e fofo que só ele sabia.

-Oi.- ele falou quando cheguei perto. Aquele "oi" de outro mundo de tão fofo.

-Oi.- respondi sem expressão nenhuma e continuei andando. Ele me puxou pelo braço.

-Aonde você vai?- perguntou sorrindo.

-Entrar. Ou a aula vai ser aqui fora e eu não estou sabendo?

-E não pode parar pra falar comigo? Estava te esperando.

-Estava o que?

-Te esperando.

-Tá brincando comigo, não é?

-E porque estaria? Se te dissesse que já estava com saudades de você não acreditaria, não é?- arqueei a sobrancelha. Saudades? Ele me viu ontem. E porque sentiria saudades de mim?- Vou entender isso como um não. Mas eu estava, e gosto de ficar perto de você.

Não sabia o que falar. Não sabia ser fofa assim. E nem poderia. Eu não posso me apaixonar por ele. Prometi a mim mesma que não me apaixonaria outra vez.

-A aula já deve ter começado.- falei sem olhar para ele e já entrando na escola. O "senhor Plaesonn" veio do meu lado e colocou o braço no meu ombro, me abraçando. Eu o empurrei.- O que você está fazendo?

-Desculpa, desculpa.- ele falou com as mãos para cima em sinal de rendição.- Sem abraços.

-Não toca em mim de novo.

-Isso vai ser meio difícil. Você é...meio que...- ele mordeu os lábios e se aproximou do meu rosto sussurrando no meu ouvido- irresistível...

Me arrepiei mas disfarcei, ele riu. Revirei os olhos e voltei a andar, o Plaesonn do meu lado, me seguindo. Não íamos ter aula juntos então eu realmente não entendia porque ele estava ali, igual um idiota me seguindo. Ia entrar na sala que seria minha primeira aula mas ele me segurou.

-O que foi agora? A aula já começou, tenho que entrar.

-Te vejo no intervalo?- perguntou esperançoso.

-É claro, todo mundo vai para o refeitório no intervalo.

Ele riu.

-Vou entender isso como um "sim" mais simpático que você pode dar.- ele falou se aproximando mais de mim, até me encostar na parede. Me senti presa, não sabia o que fazer.

Senti o corpo dele encostar no meu, ele abraçou minha cintura com um dos seus braços, senti sua mão tocar minhas costas, o outro braço ele apoiou na parede e me apertou mais contra ela, colando seu corpo ao meu.

Sentia sua respiração meio ofegante e seu perfume maravilhoso. Minhas mãos quase foram ao seu pescoço para o puxar pra mim fazendo nosso lábios se tocarem de uma vez. Quase. Porque me controlei.

Minhas pernas começaram a tremer e me coração estava a mil.

-Eu preciso entrar...- sussurrei, sem ar.

-Amy...eu posso...-ele tentou falar alguma coisa, mas parou quando começou a cheirar meu cabelo, logo desceu para o meu pescoço e eu me arrepiei, deu um selinho ali me fazendo entrar em desespero. Deu mais um selinho na minha bochecha, a sua respiração mais acelerada do que antes- Amy, eu quero...quer dizer, eu posso...te...beijar?- perguntou ofegante. Eu quase disse sim, mas me segurei. Eu não ia deixar ele me beijar- Por favor...deixa eu...te dar um...beijo...Eu preciso...sentir sua... boca...na minha, Amy...- eu não ia ceder. Mas estava tão difícil me controlar...

Amy-O Mundo Não é Seguro (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now