Capítulo 34

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2 meses depois

Elise Bennet

Me doeu muito

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Me doeu muito. Tudo desmoronou para mim. Cada segundo que passava era como minutos e a dor em meu peito crescia cada vez mais. Estava angustiada, não podia fazer nada para ajudar, por mais que eu quisesse.

A ambulância chegou e eu não soltei a mão de Tom quando ele foi colocado na maca e levado ao hospital. Ao ver ele desacordado a culpa se infiltrou em mim. Simon fez isso por minha causa. Não era Tom que deveria estar pagando por isso.

Porém, foi só no momento em que ele entrou na sala de cirurgia, que eu o autocontrole que eu estava tentando reunir ruiu por inteiro. Uma enxurrada de lágrimas molharam o meu já úmido rosto. Eu cambaleei até a cadeira de espera e coloquei as mãos nos joelhos ao me sentar. Meu joelho se sujou do sangue que estava nas minhas mãos. Sangue de Thomas. Eu me desespero ao lembrar a quantidade de sangue que ele perdeu.

Fico esperando e em certa hora Claire aparece. Tenho a sorte de ter uma amiga que trabalha no hospital, ela tentou saber informações para mim, porém percebi que só me deixava mais nervosa. Pedi para ela ligar para a família e os amigos de Tom, eu não estava em condições de falar com ninguém.

Tentavam me acalmar, mas enquanto eu não visse Thomas, não iria ficar bem.

Então quando o médico avisou que a bala não tinha atingido nenhum órgão vital foi como o peso de um caminhão fosse tirado das minhas costas. Tom, ia ficar bem.

Apenas tem que fazer sessões de fisioterapia para a reabilitação do seu ombro. Quando liberaram visitas no seu quarto, viram o quanto eu estava nervosa e deixaram que eu fosse primeiro.

Foi em momento de desespero que falamos "eu te amo" pela primeira vez. Mesmo quase em desmaio, ele recorda do que disse e abriu um sorriso largo quando se me viu. Eu amo Thomas e eu nunca tive tanta certeza na minha vida.

Quatro dias depois Tom teve alta e ao invés de voltar para seu apartamento sozinho seus pais acharam melhor ele ficar na casa deles para ter mais assistência. Ele ainda estava se recuperando e eu o visitava regularmente. Foi estranho ver a Krystal como minha sogra e não como chefe, depois que descobri que ela era mãe dele. Mas ela foi muito simpática e nos demos bem logo de cara. O mesmo com o pai de Thomas, que disse nunca ter visto o filho tão apaixonado.

Claire, Valerie, Luiz, Thomas e eu nos aproximamos bastante nos últimos meses. Nos encontramos as vezes para conversar, beber e comer. As vezes jogar alguma coisa, exceto Twister que Luiz se recusa após o vexame na última vez.

Meus pais mudaram consideravelmente depois do incidente da Jasmine. Eles parecem estar tentando fazer mais parte da nossa vida. Mas nunca juntos. Eles evitam dividir o mesmo espaço e eu acho assim. Sem brigas. Jasmine estava adorando passar mais tempo com eles.

Estava. Sim, no passado. Ela foi fazer intercâmbio na Espanha por um ano. Disse que queria mudar de cenário e conhecer novas pessoas, para ter pra trás o que aconteceu e superar. Ela vai terminar o ensino médio lá e volta para Londres para a faculdade. No início eu e meus pais ficamos apreensivos por conta do que aconteceu com ela ainda ser um pouco recente, mas no final concordamos.

Meu destino favorito - Livro 1 da série Os FavoritosWhere stories live. Discover now