Meu destino favorito - Livro 1 da série Os Favoritos

Capítulo 27

"I can't feel my face when I'm with you
But I love it, but I love it, oh"

I can't feel my face - The Weeknd

Elise Bennet

Hoje é terça-feira, um dia antes do lançamento. Estou muito feliz por ter participado desse projeto, vai ajudar a alavancar a minha carreira, além da coleção ser linda. Ter meu rosto estampado em vários locais e pelas lojas da LeBlanc no mundo, é um sonho.

Eu quero ser famosa nível Gigi Hadid. Eu quero não conseguir entrar no shopping e as pessoas ficarem assim: "não peraí, uma foto".

Já é de noite e daqui a pouco iremos na cobertura de Valerie. Pelo que sei irá eu, Tom, Claire e Luiz. Eu já conheci a casa dos pais dela porque foi onde ela fez a festa da piscina outro dia. Mas hoje conhecerei seu apartamento.

Jasmine ficará em casa e disse que não se importa em ficar sozinha. Inclusivo, acho que ela acha até é bom. Nos últimos ela tem passado a maior parte do tempo no quarto, volta da escola e já direto pra lá.

Quando eu perguntei o que estava acontecendo, ela me disse que apenas estava estressada com a escola e as provas, e tendo que estudar muito. Fico preocupada, mas acredito e espero que seja só isso mesmo.

Troquei de roupa, passei um perfume e uma maquiagem. Luiz irá cozinhar e Thomas já comentou que é muito bom cozinheiro. Inclusive, ele é dono do Brasileiro, o restaurante famoso daqui de Londres, e tudo que eu já provei lá e é uma delícia.

Tom me manda uma mensagem falando que já está lá embaixo e desço.

- Oi, Estrelinha. - rio com o apelido.

- Oi. - o beijo.

Entramos no carro e vamos até o prédio escutando Arctic Monkeys, eu gosto da banda. Não é tão longe, por isso não demoramos chegar. Subimos até o último andar e Valerie abre a porta sorridente como sempre.

- Oi, sejam bem-vindos a minha humilde residência. - diz ela, de humilde não tem nada, e a cumprimentamos de volta entre risos. - Entrem.

Vamos até a cozinha e Luiz já está lá mexendo nas panelas. A bancada está repleta de temperos, um prato com cebolas cortadas, salsa, alho, um vidro de azeite e óleo. Não sei o que vamos comer hoje, mas pelo cheiro parece bom. Ele parece perceber a movimentação e se vira.

- Biscoitinho! - diz se dirigindo a mim e olho confusa para ele. - Ops!

- Ela sabe. - diz Thomas como se isso fosse um segredo entre eles.

- Sei o que? - olho para Tom.

- Ele te chama assim desde que eu contei que te vi no dia do biscoito da sorte. - explica ele. Tom me contou a pouco tempo que na verdade ela já tinha me visto há quatro anos atrás. Eu tinha 18 anos, acabado de começar a crescer na minha profissão.