Capítulo 21

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"Don't fuck with my love
That heart is so cold
All over my arm
I don't wanna know that, babe"

Don't - Ed Sheeran

Elise Bennet

Depois que Amélia sai, Tom vai até a geladeira, pega a garrafa de água e coloca em cima do balcão

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Depois que Amélia sai, Tom vai até a geladeira, pega a garrafa de água e coloca em cima do balcão. Ele abre o armário onde estão os copos. Dá pra perceber que ele já veio na casa da Valerie várias vezes, sabe bem onde estão as coisas.

- Vai querer? - pergunta seco e eu balanço a cabeça negando. Ele pega um copo para si e enche de água.

- Por que Amélia te chamou de Thomas? - resolvo perguntar logo. Achei estranho pois Tom não pareceu ficar surpreso, nem se importar dela ter chamado ele assim.

 Ele quase engasga com sua água antes de murmurar:

- Quê?

- Você ouviu. Por que ela te chamou de Thomas? - respondo sem a mínima paciência para ele, nem está olhando na minha cara. Eu odeio joguinhos.

- É...o meu nome. - ele hesita. - Tom é um apelido. - ele diz simplesmente.

- E você não pensou em me falar isso?

Ele dá de ombros. - Pensei que você sabia. 

Ah, mas não é possível. Ele só pode estar tirando uma com a minha cara. Está ali emburrado como se ele pudesse estar bravo comigo quando quem tem esse direito sou eu. Como assim, ele não me contou o nome dele? 

- Tom, olha pra mim. - eu digo levando a mão ao seu rosto para virá-lo na minha direção. Quando seus olhos encontram os meus vejo algo que nunca tinha estado ali antes. Insegurança. - Tom, por que você está assim? 

- Nada. - ele desvia o olhar e bebe um outro gole da sua água.

- Como assim nada? Olha como você está. Não consegue nem olhar na minha cara. - ele se vira pra mim de uma vez.

- O que você quer que eu diga? Que fiquei chateado por você falar sem hesitar por um segundo que eu e você não somos namorados? Sim, eu fiquei.

Eu travo. Então é por isso que ele está tão seco. 

- Mas nós não somos namorados. - digo, me sentindo mal por ser tão direta. Vejo a minha fala pesar no semblante.

- Então você realmente não quer nada comigo, não é? - dispara ele.

- Mas eu estou com você. - solto e ele bufa irritado, se afastando de mim.

- Não de verdade. Você nunca considerou que fossemos levar isso adiante, não é?

- Tom, não faz isso. Não me cobra por algo que eu deixei claro desde o início. Eu sempre te disse que não me apaixono e...

- Não é isso que estou querendo dizer. Você não parece nem considerar a opção, não quer nem tentar. - ele não diz em tom de pergunta, está afirmando.

- Tom, você já sabia que eu não gostava de nada sério. - ele põe as mãos em cima do balcão olhando para baixo. - Quando nos envolvemos em Paris, sabia como eu era, e ainda sou.

- É, mas então para que deixou que eu me aproximasse? Não faz sentido começar algo já esperando que vá acabar. Isso é perda de tempo - fala aproximando e sinto uma pontada no coração. 

- Por que você tem que fazer isso agora? A gente estava tão bem assim. 

- Está tudo bem agora, eu sei. Mas por quanto tempo? - minha garganta seca. Ele olha nos meus olhos parecendo procurar uma resposta, e quando eu não digo nada ele se encolhe. - No final, eu sairei machucado de qualquer jeito.

- Eu não acredito! Não é justo você colocar a culpa em mim como se eu estivesse te iludindo esse tempo todo. - minha voz sai mais ríspida do que eu pretendia.

- E não era isso que você estava fazendo? - dispara ele, não menos ríspido que eu. - Ou em algum momento você achou que a gente fosse tornar isso - ele nos indica com o dedo - oficial?

Eu fico paralisada. Odeio ser encurralada e não sei o que responder. 

- Viu? Seu silencio é resposta suficiente. - Ele começa a se mover em retirada a cozinha mas eu seguro seu braço o impedindo.

- Você quer mesmo acabar com tudo desse jeito? - pergunto irritada e lançando-lhe um olhar fulminante. 

Vejo um lampejo de incerteza antes dele puxar seu braço. - Tudo o que? - murmura Tom, saindo do cômodo sem esperar uma resposta.

Eu fico estática no meio da cozinha tentando absorver tudo que aconteceu. A porta da cozinha que dá acesso a parte da piscina se abre e Valerie e Claire aparecem.

- Elise o que aconteceu? Você tá pálida. - Claire se aproxima de mim colocando suas mãos nos meus ombros.

- Nada. Só quero ir embora. - eu me viro para Valerie. - Obrigada pelo convite. Tenho que ir. 

 - Vou com você. - diz Claire que ainda parece confusa mas não me pergunta nada. Com certeza ela vai querer saber o que aconteceu mais tarde.

Thomas Pollock

Eu sou muito burro

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Eu sou muito burro. Eu não deveria ter me envolvido tanto em uma coisa que sempre teve prazo de validade. Ela nunca pretendeu que o nosso relacionamento se tornasse sério. Eu fui pra ela o mesmo que aquele Simon foi um dia. Algo descartável e substituível.

Talvez ela esteja certa sobre o amor. Não sei se vale a pena toda a dor que pode causar. 

Do jeito que ela quer, para mim não dá certo. Fui bobo de pensar que poderia fazê-la mudar de ideia. Ela não está disposta a mudar e eu não estou disposto a desperdiçar meu tempo.

Vejo Luiz e Valerie vindo em minha direção. Eu estou esparramado na cama do quarto de visitas. Eu e Luiz já dormimos aqui várias vezes. Sabia uma hora me achariam aqui.

- O que aconteceu? - ela pergunta. - Elise acabou de sair daqui estranha.

- Acabou. - digo sucinto.

- Acabou o que? - Val franze as sobrancelhas e Luiz se senta na cama.

- Seja lá o que tínhamos. - bebo mais da minha cerveja.

- Por que? - Luiz pergunta. - Estavam tão agarrados parecendo dois namorados até minutos atrás. - haha namorados, justo o que ela não quer que sejamos de jeito nenhum.

- Esse é o problema, ela não quer nada sério. Eu sabia, mas preferi acreditar que ela mudaria de ideia. 

- Você tá bem? - minha amiga questiona se aproximando.

- O que você acha?- falo.

Seus braços me envolvem em um abraço de conforto.

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Meu destino favorito - Livro 1 da série Os FavoritosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora