Capítulo Dezenove

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Evan

Paro em um restaurante para que Kate coma alguma coisa, depois de tanta emoção, e se acalme. Alimento Henry, e depois seguimos viagem, ela em silêncio, olhando para o nada.
Não lhe pergunto,mantenho-me quieto, mas preocupado com ela.
Quero saber como está agora, como se sente, se está bem, se está aguentando tudo isso sozinha. Sei que Kate é forte e que provavelmente vai passar bem por isso, mas, mesmo assim, tenho medo de que talvez sua mente esteja quebrada.
Não posso permitir que ela se quebre, não agora que estamos bem, que nos entendemos e estamos namorando de verdade. Eu prometi cuidar dela, e é isso que farei.
— Vou te deixar em casa — falo na entrada da cidade.
— Não —responde rápido, pegando-me de surpresa. — Eu não quero ficar sozinha agora, Evan.
— Quer ir pra minha casa? — pergunto olhando pra ela.
Kate cora por um momento, mas balança a cabeça concordando.
Entendo o que ela quer dizer e acelero para casa, enquanto Henry brinca no banco de trás. Estou me sentindo feliz pela primeira vez em muito tempo, e isso é novo para mim. Queria poder contar ao mundo sobre minha felicidade, dizer que há um motivo para meu coração bater. Estou extasiado, e a culpa é de Kate, que me deixa tão feliz.
Não demora para que cheguemos; ela me ajuda a tirar Henry e as malas do carro. Eu a convido a entrar. É final de tarde, logo vai anoitecer, eu tenho planos para essa noite.
Enquanto Kate brinca com o bebê, pegoo celular e ligo para a babá, perguntando se ela pode ficar com Henry agora à noite. Ela responde que sim, e eu me sinto aliviado. A garota levará o bebê para casa, o que me dará um tempo a sós com Kate.
Trinta minutos depois, a babá chega e toma Henry nos braços, junto de uma pequena malinha com as coisas dele. Vou pagar um adicional a ela por tomar conta dele a esta hora, mas valerá a pena no final.
A babá sai deixando Kate e a mim sozinhos; minha doce namorada começa a ficar envergonhada, mal me olhando.
— Quer tomar um banho? — sugiro ansioso.
Ela me olha de um jeito estranho, mas assente.
— Acho uma boa ideia —concorda, pegando algumas peças de roupa e uma toalha na mochila.
Eu a levo até o banheiro e volto para a cozinha, pensando que não há nada para o jantar e que cozinhar não é uma opção. Lembro que um restaurante coreano abriu há pouco tempo, não muito longe daqui, e pego o celular para ligar.
Peço a comida rapidamente, com pouca pimenta, por causa de Kate.
Ela não demora no banho, logo aparece com os cabelos úmidos e o cheiro do meu xampu, sinalizando que o usou. Eu sorrio, gosto disso, desse tipo de intimidade que nunca tive com mulher nenhuma antes.
Posso me acostumar com Kate tomando banho em minha casa.
— Pedi comida; enquanto não chega vou tomar banho — aviso passando por ela, que se encolhe toda, nervosa.
Eu me divirto com a timidez de Kate e porque ela fica nervosa quando me aproximo. Parece uma garota com seu primeiro namorado.
Entro no banho e, enquanto me lavo, algo passa por minha cabeça.
E se eu for o primeiro namorado de Kate? Será possível que em seus vinte e cinco anos ela nunca conheceu um cara legal por quem tenha se apaixonado e que tenha consequentemente namorado?
O pensamento me faz sorrir. O primeiro namorado de Kate. Isso é ótimo, faz que eume sinta ainda mais protetor e ciumento.
Termino o banho e me seco, vestindo-me rapidamente. Quando saio do banheiro, encontro Kate sentada no sofá, mexendo no celular. Ela sorri quando me vê, e isso aquece meu coração. Eu gosto de vê-la sorrir para mim, poderia admirá-la desse jeito pelo resto da vida.
Vou até ela e me sento no sofá. Quando seguro sua mão na minha, ela se assusta.
— O que foi? — ela pergunta me fitando.
— Estava preocupado com você. Não sabia se estava bem —explico.
— Eu estou bem. Parece com um sonho —conta.
— Mas é bem real, Kate — digo soltando sua mão.
A campainha toca, e eu atendo. É o entregador de comida. Eu pago e pego a sacola que ele me oferece. Deixo tudo em cima do balcão da cozinha.
— Quer comer? — pergunto olhando na sacola, quando de repente sinto braços a minha volta.
Paro o que estou fazendo e me viro, dando de cara com Kate agarrada ao meu quadril.
— Está tudo bem?
— Não quero comer agora — diz abraçada a mim. — Tenho outros planos.
— Que planos? — pergunto inocentemente.
Kate me solta e fica na minha frente.Então, num impulso, fica na ponta dos pés e me beija.
Imediatamente a seguro pela cintura e aprofundo o beijo, sem perder tempo. Logo meu corpo começa a queimar, e sei o que quero. É o mesmo que ela, eu sei.
— Kate, tem certeza...
— Tenho. Eu quero isso —responde sem ar.
Eu me afasto dela e tomo sua mão na minha, enquanto começo a conduzi-la para meu quarto.
Quando chegamos ao cômodo, eu a agarro novamente e a beijo com desejo, as línguas tocando-se, o sabor de Kate me deixando louco.
Desço o beijo pelo pescoço dela, fazendo-ase arrepiar,e em seguida começo a despi-la da camiseta que usa, ela me ajudando a tirá-la e jogá-la no chão. Respiro fundo quando vejo o sutiã verde-escuro e mal posso controlar as mãos, que agarram seus seios com vontade, fazendo-a gemer. Solto o fecho do sutiã e o deslizo por seus braços, fazendo a peça ir ao chão também.
O ar passa com dificuldades por meus pulmões ao ver os seios fartos e, com delicadeza, deslizo o polegar pelos mamilos, eriçando-os.
— Tão lindos — murmuro encantado.
Noto Kate tímida e sei que é por seu corpo; eu tinha medo de que isso acontecesse.
Ajoelho-me em sua frente e desabotoo o short, puxando para baixo, junto da calcinha, deixando-a completamente nua. Eu me levanto para contemplá-la.
— Evan...
— Eu não sabia que você era tão linda assim, Kate — falo admirado.
— Você também precisa ficar nu. — Ela agarra a camisa que estou usando e desabotoa rapidamente, jogando-a para o lado.
A calça eu mesmo tiro, junto da boxer, e finalmente estou nu.
— Agora posso ter você, Kate — digo puxando-a para perto.
Volto a beijá-la enquanto minha mão acaricia seu seio, massageando-o. Empurro-a até a cama, fazendo-a deitar-se. Estou sobre ela, contemplando seu corpo, enquanto minhas mãos deslizam por suas curvas, tocando cada pedacinho dela.
Abaixo-me, beijo sua boca rapidamente e em seguida desço um rastro de beijos por seu corpo, passando por sua barriga, até chegar ao meio de suas pernas. Kate tenta fechá-las, mas eu a impeço.
— Quero provar você, querida — digo antes de mergulhar minha língua em sua carne úmida.
Faço movimentos circulares e a provoco o máximo que posso, bem sobre o pontinho de prazer, fazendo-a curvar os quadris para mim. Não demora para que Kate exploda em um orgasmo alucinante.
Enquanto ela ainda respira com dificuldade, eu me posiciono sobre ela e, devagar, a penetro, finalmente o lugar em que eu queria estar.
Solto um gemido de prazer, mas tento me controlar, movimentando-melentamente no começo e acelerando aos poucos.
Kate crava as unhas nas minhas costas, causando uma sensação boa, e eu me aproximo para beijar sua boca, enquanto ainda estou me movimentando dentro dela.
Não demora para que eu finalmente goze, gemendo alto, retesando todos os músculos do corpo.
Rolo para o lado e observo Kate em silêncio. Até que me dou conta de algo.
Porra, o preservativo!
— Nós fizemos sem proteção, Kate. Desculpe, eu...
— Não se preocupe. Eu tomo injeção, Evan —responde tranquilamente.
— Com a graça do senhor — digo aliviado.
Passamos mais um tempo deitados, aproveitando as sensações que passaram por nosso corpo, quando me levanto e visto as roupas novamente.
— Quer comer alguma coisa?
— Quero — ela diz sorrindo, enquanto se levanta da cama.
E é a visão mais linda do mundo aquela mulher nua em minha cama. Minha mulher.
Voltamos à cozinha e começamos a comer, enquanto conversamos sobre qualquer tipo de coisa, acontecimentos, ou até sobre um programa de TV. É assim que desejo as coisas, Kate junto comigo, falando sobre qualquer coisa depois de fazer amor, enquanto comemos algo.
É o paraíso.
 

 
Depois de comer, Kate e eu vamos até a lanchonete da mãe dela. Já passa da meia-noite e já deve estar fechando, o que é bom.
Paramos em frente, e Kate respira fundo antes de sair do carro. Eu a sigo até a lanchonete e, quando entramos, encontramos sua mãe limpando as mesas, cantarolando.
— Mãe — Kate chama.
A senhora olha para a filha e sorri. Ela me cumprimenta, e eu respondo.
— Chegou tarde, Kate — repreende a mãe.
— Desculpe, mãe.
— A culpa foi minha. Eu que fiz Kate passear demais — digo, esperançoso de que ela acredite.
— Tenho uma coisa para contar, mãe.
— O que é, filha?
Kate olha para mim e eu aceno encorajando-a.
— Encontrei meu pai hoje.
— O quê? — a mãe pergunta incrédula, deixando o pano cair no chão.
— Eu o encontrei numa cidade próxima, mãe. Ele está muito doente.
— Mas como? —pergunta, as lágrimas salpicando seu rosto.
— Eu pedi a um amigo do departamento de polícia que investigasse para mim. Ele o encontrou vivendo numa cidade próxima — explico.
— Eu o perdoei, mãe. Não podia continuar vivendo com toda aquela raiva — Kate diz emocionada.
— Você fez o certo, filha. Perdoar é sempre o melhor — a mãe de Kate diz e puxa a filha para um abraço.
E eu me sinto feliz novamente, porque Kate está feliz, e agora sua mãe também está. O que mais posso pedir à vida? Tudo está completo, com Henry e, agora, Kate.
No meio desta tempestade de sentimentos, eu descubro algo novo, que me assusta, mas ao mesmo tempo me faz ter esperança. Agora entendo tudo, sei o que está acontecendo comigo.
Eu amo Kate Young, amo essa mulher que me fez voltar a acreditar no amor.

Impetuoso (Livro 4) - Série The Underwood's.Where stories live. Discover now