Lover of Mine | Luke Hemmings

By finelinerhemmo

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Um acidente premeditado é uma execução? Eu deixei que ele me usasse desde o dia em que nos conhecemos. Fui u... More

Trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Presentinho de Final de Ano
POV Luke
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Epílogo

Capítulo 52

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By finelinerhemmo

"Somos assombrados somente pelas coisas que nos recusamos a aceitar."

Dopamina. Endorfina.

Eu poderia listar os motivos pelos quais minha pele se arrepiava e as minhas mãos tremiam no dia seguinte.

No silêncio, eu ouvia os sons que ele emitia enquanto eu tinha a boca nele. Na parede eu via seus olhos.

Fingir que não entendi o que ele quase havia dito ocupava toda a minha concentração. Era difícil pensar em algo mais, porém eu tinha que tentar.

Calum foi quem me resgatou da cena da qual eu não conseguia me tirar. Nem Luke.

"Japa?" o moreno disse.

"Sim" o loiro respondeu, despertando do transe, enquanto eu ainda estava ajoelhada entre suas pernas.

A compreensão de tudo que tinha acabado de acontecer nos atingiu em cheio.

Hemmings ficou completamente sem jeito depois, assim como eu. Era como se ele fosse aquele cara tímido que me visitava no hospital.

O nosso acordo silencioso foi o de não tocar no assunto.

- Vou pro ensaio. Quer ir junto? - Calum perguntou meio hesitante enquanto pegava as chaves em cima do balcão da cozinha.

Ele sabia que algo estava errado.

Já era manhã, eu não tinha dormido nada.

- Vou ficar por aqui.

Eu estava sentada na sala com um pote de sorvete de chocolate.

- Ok.

O baixista saiu e eu fiquei no silêncio. Talvez devesse tentar dormir um pouco, afinal, estava que nem um zumbi.

Luke havia saído mais cedo para uma reunião com a Modest, sem a banda, afinal, o problema era mais dele do que de qualquer outra pessoa. Eu esperava ansiosa pra saber o que Rebecca queria em troca pelas imagens que possuía.

Tentei não me torturar muito com a dúvida, afinal, eu sabia o que ia acontecer comigo.Todos sabíamos. Eu ia encarar aquilo de frente.

Levantei pra colocar o resto do sorvete na geladeira. Até a fome eu estava perdendo.

Quando fui apoiar o pé do chão, uma dor fulminante atingiu a minha cabeça, pressionando a área atrás dos meus olhos e deixando a minha visão turva.

A próxima coisa que senti foi o chão duro castigando o meu ombro.

Então, eu vi.

Um veleiro num mar que eu não conhecia. A embarcação balançava leve sobre a água no fim de tarde. "Calm" estava escrito no casco.

A visão era de paz. Era maior que a lembrança do céu escuro e o mar revolto que levou a minha mãe.

Não haviam gritos, não havia chuva. Não havia nada. Apenas eu e um sentimento que me preenchia quase ao ponto de transbordar.

Visualizei o teto da sala enquanto sentia o dor no meu ombro crescer.

Estranho. Que merda foi essa?

Levantei e levei o pote de sorvete de volta pro congelador.

Depois de tomar um banho, liguei pro meu pai, conforme havia prometido. Ele me contou que John estava praticamente morando lá em casa e eu lamentei não lembrar como eles chegaram à esse ponto. Conversamos sobre os nossos novos vizinhos e como eles tinham uma filhinha fofa e desligamos a chamada alguns minutos depois. Aproveitei também para fazer uma chamada em grupo com Hannah, Sarah e Sam.

Não mencionei o episódio da queda na sala. Menos ainda sobre a visão que tive.

Preparei um pequeno lanche pra mim mesma, já sabendo que a banda não voltava cedo de ensaios. O show remarcado estava próximo e eu ainda nem tinha roupa pra ir, mas não conseguia pensar muito nisso enquanto havia uma louca com a minha sex tape por aí.

O frio no estômago me atingia toda vez que eu pensava que ela poderia vender as imagens para um tablóide qualquer.

Apesar de tudo, nada era capaz de estragar aquela noite na minha cabeça. Nem mesmo isso.

Rebecca tentou roubar aquele momento de nós dois. Ela pode achar que viu tudo, mas na verdade ela nunca vai conseguir entender.

Verifiquei as minhas mensagens diversas vezes esperando notícias de Luke.

"E aí?" Mandei somente uma vez pra ele.

O loiro não respondeu. Devia estar no ensaio já.

Tentei ocupar minha cabeça com um filme ruim que escolhi na Netflix e até consegui me distrair um pouco, mas logo o nervosismo me atingia de novo.

Eu não sabia por que estava tão ansiosa pra confirmação de algo que eu já sabia. Não importava o que Rebecca ia pedir: dinheiro, fama, status. O que ela queria mesmo era ele. Ela queria Luke Hemmings.

De alguma forma, ela ia sair ganhando algo.

E, pra variar, eu ia sair perdendo.

Subi para o quarto e peguei meu notebook afim de fazer logo o que eu tinha que fazer. Eu já tinha aceitado desde a noite anterior.

Ia passar. Tudo passa.

Respirei pausadamente, não querendo me impressionar com o tamanho daquela decisão.

Errei a minha senha sete vezes antes de conseguir parar o tremor na minha mão e desbloquear a tela.

"Eu te a..."

...doro? ...cho incrível?

Ele poderia ter falado qualquer outra coisa.

Forcei a minha mente a se lembrar dos detalhes da foto que Luke tinha guardada no diário dele. Ah, a porra da correntinha. Com certeza aquele anel cabia no dedo dele.

Como eu pude ser tão estúpida?

Dei um soco na escrivaninha.

Podia ter feito o que eu queria há tempos, mas estava paralisada de medo. Aí estava a consequência. Eu era burra e já era tarde demais.

Entrei no site da companhia área e reservei a minha passagem de volta pra Sydney.

O motivo pelo qual eu queria ficar em Los Angeles era egoísta. E eu não queria ser egoísta.

Se eu saísse de cena, Rebecca não teria mais com o que se preocupar, aí então sem chantagem e sem material pra Modest foder com a 5SOS.

Me parabenizei silenciosamente por ter força pra fazer o que precisava ser feito. Minha mãe teria orgulho da mulher que eu tinha me tornado.

Meu peito apertou, tentando espremer uma lágrima dos meus olhos, mas eu não deixei.

Nadar contra a maré era cansativo, e o cansaço mata aos poucos. Essa é a pior morte.

"Está tudo bem, Julie. Está tudo bem" repeti em voz alta.

A minha vida era composta de uma sequência de eventos trabalhosos demais para uma pessoa só suportar. Me sentia injustiçada, mal tratada pelo universo.

Saí do quarto sentindo minha nuca suada. O que eu tinha feito tinha exigido um esforço enorme. Quando eu havia pensado pela primeira vez, parecia fácil, mas aí foi ficando difícil, difícil, difícil.

Quando fui entrar no banheiro, senti uma fisgada na têmpora.

De novo não. Droga.

Tentei alcançar a porta, mas minhas pernas pareciam fracas demais pra dar um passo.

Meu corpo foi caindo junto à parede enquanto a dor parecia dez vezes mais forte do que no episódio mais cedo.

Levei a mão à cabeça quando as imagens invadiram a minha mente:

Eu e Luke no meu quarto em Sydney.

"Me desculpa"

"Pelo quê?"

"Pelo que ainda vai acontecer."

Uma varanda. A mão dele subindo por baixo do meu vestido, seus olhos cintilando.

Respirei fundo.

Uma sala que eu não conhecia:

"Você está sentindo isso?"

A minha mão no pescoço dele.

As mãos dele pelo meu corpo.

"Hey, rockstar"

"Como você se sente?"

"Quase como se eu fosse sua."

A dor na cabeça foi cessando e a minha visão clareando. Eu estava ofegante, era possível ouvir a minha respiração do outro andar.

Dessa vez não aguentei, me deixei chorar pelo que eu tinha perdido, pois agora eu sabia.

As lágrimas escorreram pra junto do suor acumulado pelo meu pescoço. Era uma mistura de peso e alívio.

Alcancei meu celular no bolso e liguei pra única pessoa que podia me ajudar.

- Dra. Hellen?

- Olá, Julie - a psicóloga que me acompanhava em L.A. respondeu - aconteceu algo?

Eu nunca havia ligado pra ela antes.

- Sim... Eu acho que estou me lembrando.

____

Notas da autora

Oi! Capítulo curto, porém importante.

Me deixem saber o que estão pensando. Votem, comentem, dêem stream em CALM e Superbloom.

Ah, deve sair mais um capítulo ainda essa semana :)

- Iza 👽

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