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By Villowz

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π‘πŽπ‚πŠπ€ππ˜π„ | Solaris King era uma mulher bem sucedida. JuΓ­za de renome e ao mesmo tempo uma mΓ£e present... More

━━━ π‘πŽπ‚πŠπ€ππ˜π„
━━━ π„ππˆΜπ†π‘π€π…π„ (π€π“πŽ π”πŒ)
00 ━━━ PrΓ³logo
01 ━━━ Acampamento
02 ━━━ Primeiro zumbi
03 ━━━ Ataque
04 ━━━ A esperanΓ§a estΓ‘ morta hΓ‘ muito tempo (serΓ‘?)
05 ━━━ Uma chance (CDC)
06 ━━━ Tudo acabou
07 ━━━ ExplosΓ£o
08 ━━━ Perdidas
09 ━━━ Uma centelha de esperanΓ§a que se acendeu aos poucos
10 ━━━ A fazenda Greene
11 ━━━ NΓ£o era um zumbi
12 ━━━ celeiro
13 ━━━ Sophia
14 ━━━ Bomba relΓ³gio
15 ━━━ Curiosidades
16 ━━━ Grupo Quebrado
17 ━━━ Horda
18 ━━━ ReuniΓ΅es e tensΓ΅es
19 ━━━ Lar doce lar
20 ━━━ Thomas e os prisioneiros
21 ━━━ Lindo dia
22 ━━━ Maggie e Glenn
23 ━━━ Duplo Resgate
24 ━━━ Lutar pra viver
25 ━━━ Eu acho que gosto de vocΓͺ
26 ━━━ NΓ£o vamos cair sem lutar
27 ━━━ Guerra
28 ━━━ Uma paz merecida
29 ━━━ Passos de formiga
30 ━━━ 15 dias sem acidentes
31 ━━━ 30 dias sem acidente
32 ━━━ De um jeito ou de outro
33 ━━━ Γ‰ eles ou vocΓͺ
34 ━━━ Estamos bem. Vamos ficar bem.
36 ━━━ A queda
37 ━━━ Uma busca difΓ­cil
38 ━━━ SantuΓ‘rio para todos uma porra
39 ━━━ Filhos de aΓ§o
40 ━━━ Que possamos no encontrar novamente (EpΓ­logo)
AGRADECIMENTOS + CURIOSIDADES

35 ━━━ Um pouco de normalidade

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By Villowz

Aurora saiu do bloco A com passos saltitantes. Estava feliz. Eles estavam bem. Daryl e o grupo voltaram. Glenn estava bem. Sua mãe estava bem. Amanhã seria muito melhor que hoje. Um dia a menos até sua mãe sair da quarentena. Ela mal podia esperar.

Ao chegar no bloco C Aurora encontrou Beth, Carl e Judith lhe esperando. Ambos com olhos esperançosos.

— Mamãe parece ótima. Acho que até amanhã ela sai. — Aurora bateu palmas com a expressão animada se aproximando deles.

— Você acha que deveríamos fazer algo pra comemorar? — Beth perguntou incitando-os a sentarem na mesa. E foi isso que eles fizeram.

— Tipo um churrasco? — Carl perguntou para a menina mais velha.

— Podíamos pedir para Daryl procurar um grande cervo. — Aurora falou mostrando o tamanho do animal que pensava com as mãos.

— Ou então algo mais pequeno. Cervos grandes é difícil de encontrar nessas áreas. — Beth falou para a menina.

— Não custa sonhar. — Aurora resmungou de braços cruzados — Mas enfim. Acho que pode ser bom. Passamos maus bocados essa semana. Juntar todo mundo e comer será bom. — ela descruzou os braços.

— E mesmo assim teremos um elefante na sala. Já que não podemos citar o nome de você sabe quem. — Carl sinalizou para as duas garotas que se entreolharam enquanto ele buscava a presença de seu pai com os olhos.

— Bem. Era a decisão certa a tomar. Mas é triste. — Beth sinalizou. Carl acenou em concordância. Judith seguiu os meninos com os olhos.

— Acho que vi Daryl limpar as lágrimas. — Aurora sinalizou tristemente.

— Eles eram muito amigos. — Beth sinalizou em resposta. Um silêncio triste caiu sobre eles.

Carol Peletier. O nome que não pode ser mencionado. Rick tinha dito que ela foi embora. Mas tudo estava implícito e eles, todos, conseguiram pegar a referência. Carol matou Karen e David e Rick a expulsou. Ela não matou sua mãe. Mesmo ficando triste pelas mortes trágicas dos dois voluntários das cercas Aurora se sentiu feliz por sua mãe estar viva.

Aurora não sabia como se sentir sobre sua professora depois disso. O que ela fez foi ruim, muito ruim, mas sua mãe estava viva. Carol não matou sua mãe. Carol protegeu a família tentando evitar a propagação da doença e teve sérias consequências. Era como ela tinha dito em uma de suas aulas, às vezes é preciso passar dos limites para proteger a família.

— Ah. — Beth bateu na mesa com uma mão e arrumou Judith no colo. O barulho chamou a atenção de Carl e o estremecimento da mesa tirou Aurora de seus pensamentos — Maggie não está grávida. Foi um alarme falso. Ela ficou tão aliviada. — sinalizou.

Os ombros de Aurora afundou. Ela entendia o alívio de Maggie, não era fácil cuidar de um bebê em um apocalipse zumbi. Mas ela queria ver um bebê de Glenn.

— Que bom. Criar um bebê não é fácil. Buscar berço, roupas, fraldas, remédios, fórmulas. — Carl sinalizou e olhou para Aurora com o olhar de "eu te avisei". Eles tinham apostado.

— Eu sei. Eu sei. — Aurora resmungou.

— Eu vou querer aquele quadrinho que Michonne trouxe dessa busca. — Carl falou. Aurora abriu a boca chocada.

— Eu nem li o quadrinho ainda. Deixa eu ler primeiro depois eu te dou. — Aurora tentou barganhar.

— Aposta é aposta. — Carl estendeu a mão abrindo e fechando-a.

— Opa. Opa. Volta aí. Vocês estavam apostando se Maggie estava grávida. — Beth gesticulou e Judith vendo sua ação balançou seus braços também.

Aurora e Carl se entreolharam.

— Estávamos entediados. — Carl falou com os ombros encolhidos.

Beth olhou para Carl e depois para Aurora que deu um sorrisinho com as sobrancelhas levantadas. A jovem Greene não conseguiu se segurar e soltou uma risada. Ela colocou a mão na boca para que sua risada não soasse muito escandalosa e balançou a cabeça de um lado pro outro.

— Vocês não tem jeito. Se Maggie souber. — Beth falou depois que parou de rir mas uma expressão divertida permaneceu em seu rosto.

— Eu ouvi a risada de vocês lá de fora. — Daryl entrou no bloco — Do que vocês estão rindo? — ele perguntou curioso.

Seu coração estava inchado com um sentimento bom apesar de tudo que aconteceu. Ele sentia isso apenas olhando a nova geração diante dele. As crianças aos poucos ficavam felizes de novo trazendo cor para a prisão. Eles precisavam disso depois de dias difíceis. Ele precisava disso.

— Nada demais, Daryl. — Aurora se virou e gesticulou para ele — Oh Daryl. Então. — ela passou as mãos no cabelo. O caçador esperou o complemento.

— Mamãe, Glenn e todos os outros não vão demorar pra sair. — Aurora começou e sinalizou para Daryl a fim de manter as mãos ocupadas. Era a primeira vez que pedia algo à Daryl diretamente — Nós estávamos pensando em fazer algo para comemorar. Aí pensamos. — ela olhou para seus amigos que lhe acenaram em incentivo.

— Em fazer um churrasco. — Aurora falou rápido e guardou as mãos entre o espaço de seus joelhos. Daryl levantou as sobrancelhas processando o que a menina tinha acabado de dizer enquanto Beth e Carl e até mesmo a Bravinha lhe olhavam em expectativa.

— Ham. Eu. — Ele coçou a nuca enquanto pensava em uma resposta.

No final, ele achava que eles precisavam de alguma distração depois de tudo, mas ainda precisavam ser cautelosos com os animais, a doença começou por aí.

— Eu posso ver se encontro algo. Não posso prometer em encontrar algum animal, ainda estamos cautelosos com eles por causa da doença. — Daryl respondeu esperando que sua resposta fosse o suficiente.

O trio de adolescentes assentiu.

— Tudo bem. Só queremos algo diferente. Acho que precisamos disso, não é? — Beth silenciou suas preocupações sorrindo para ele sentada atrás de Aurora.

— Sim. Acredito que sim. — Daryl acenou em afirmativo e olhou para Aurora — O que sua mãe te pediu pra fazer mesmo?

O sorriso de Aurora caiu e uma carranca apareceu em seus lábios enquanto se levantava.

— Eu já 'tava indo. — Aurora resmungou caminhando alguns passos, mas ela parou e virou-se para o caçador e seus amigos — Obrigada, Daryl. — ela agradeceu com um sorriso e se virou novamente voltando a caminhar.

Daryl sorriu também e assentiu. Agora, ele precisava definir rotas e talvez alguma ajuda. Sorrindo em despedida para as crianças na mesa, ele saiu. Michonne e Tyresse se mostraram ótimos parceiros na busca pelos antibióticos, ao contrário de Bob, o caçador balançou a cabeça de um lado pro outro, isso não importava mais, eles tinham trago os medicamentos e o paramédico estava se redimindo.

Ele saiu do bloco C caminhando sem rumo pelo pátio da prisão. A brisa lá fora era boa, a constar pelas nuvens carregadas, iria chover mais tarde. Isso seria bom. Lavar tudo de ruim que aconteceu nos últimos dias. Daryl respirou fundo, uma, duas, três, quantas vezes achasse necessário, era só ele e a noite nublada.

Ele não sabia quanto tempo estava ali. Daryl tinha se deslocado para perto das cercas e sentado na grama, um cigarro entre seus lábios. Os zumbis que antes balançavam as cercas de um lado pro outro escolheram vagar pelo campo afora, por incrível que pareça, não se importando com sua presença. Ótimo, era melhor assim, ele gostava de pensar sem escutar os grunhidos desesperados por sua carne.

Um farfalhar nas gramas e ele viu Rick pelo canto do olho. O líder do grupo se abaixou e copiou sua posição ao se sentar na grama. Eles não falaram nada. Daryl lhe ofereceu um cigarro e quando Rick aceitou e o colocou em seus lábios, ele acendeu o cigarro com seu isqueiro.

— Fale-me sobre esse grupo que vocês encontraram na estrada. — Rick pediu depois de algumas baforadas.

— Um grupo de idiotas. — Daryl respondeu com a fumaça saindo por sua boca — Salvadores. — ele zombou.

— Pelo menos eles tinham carros abastecidos. — O caçador finalizou.

— Salvadores. Um grupo. — Rick falou — Devemos ter cuidado. Acabamos de passar pelo Governador.

— Eu não me preocuparia quanto a isso. Eles vieram do sul. Pareciam estar em uma busca. Não deixamos pista. — Daryl respondeu firmemente.

Rick olhou surpreso pela brusquidão de seu amigo. E se calou puxando a fumaça de seu cigarro confiando nas palavras de Daryl. Seu braço direito, e ele considerava demais as opiniões de Daryl.

— Daryl, eu tinha que fazer isso. Eu. — Rick abaixou a cabeça por um momento sentindo a exaustão do dia. O cigarro entre seus dedos.

— Eu sei.

As palavras de Daryl lhe fez levantar a cabeça e encará-lo.

— Você fez o certo. Não estou questionando ou com raiva de sua decisão. — Daryl falou inclinando para o amigo, mas com o olhar preso nas cercas. Rick o ouviu atentamente — Estou apenas decepcionado pelo que ela fez. E eu. — ele jogou o cigarro para o outro lado, piscou e respirou fundo.

Daryl olhou para Rick.

— Não sei se eu conseguiria fazer o mesmo.

— Você conseguiria. Eu sei disso. — Rick acenou para ele transmitindo firmeza — Se eu não tivesse feito isso. Você faria.

— Você não sabe disso.

— Eu sei. Porque você ama as duas demais. Ama Carol demais para matá-la. E ama Solaris muito mais para deixá-la perto de Carol. — Rick falou firmemente — É assim que eu sei que você tomaria a decisão certa — ele voltou a puxar a fumaça.

Daryl processou as palavras de seu amigo.

— Você ainda fuma como um principiante. — Daryl resmungou. E para provar seu ponto Rick engasgou. Ele sorriu com o cigarro na boca e bateu nas costas do amigo para ajudá-lo com seu colapso. Rick sorriu depois de se recuperar.

— E então, você vai achar um cervo para nós? — Rick perguntou quando as risadas acabaram. Daryl deixou a cabeça cair entre seus braços apoiados em seus joelhos.

— Eles já estão falando para todo mundo. — Daryl respondeu. Rick acenou.

— A animação deles chega a ser contagiante. — Rick falou prontamente — É uma boa ideia. Sabe há quanto tempo não vejo um sorriso largo no rosto de Carl? Um sorriso genuíno? Ele veio com esse sorriso me contar o que eles estavam planejando.

— Eu quero ver mais desse sorriso, Daryl. E se um churrasco traz esse sorriso no rosto do meu filho, eu apoio totalmente. — Rick finalizou com o olhar longe jogando fora seu próprio cigarro.

— Eu não prometo um cervo, mas quem sabe um coelho ou uma cobra. — Daryl deu de ombros. Rick assentiu.

— O que você disser, meu amigo. — Rick falou em tom agradecido.

Um barulho de algo caindo soou na torre perto deles. Eles se entreolharam por um momento e voltaram sua atenção para a torre. Rick deu de ombros, supondo que o som que ouviu foi feito por algum rato, e voltou sua atenção para Daryl que lhe ofereceu outro cigarro. Os dois homens olharam para o horizonte além das cercas enquanto aproveitavam a brisa da noite, a companhia um do outro e os cigarros.

No dia seguinte, todos acordaram cedo. Daryl contava suas flechas para a caçada enquanto observava o restante do grupo se organizarem para seus próprios negócios. Beth preparava a fórmula para Judith enquanto Aurora distraía a bebê em seu colo, a adolescente já tinha recomendado para Rick a transição da fórmula para a papinha. A bebê de cinco meses engordava e precisava de outros nutrientes que o leite não fornecia.

Rick entrou no pátio interno do bloco e caminhou até Aurora pegando sua filha da menina. O homem deu um beijo em sua cabeça com poucos cabelos. Ele suspirou de contentamento ao cheirar Judith. Beth apareceu em sua frente com a mamadeira na mão, ele poderia ficar mais, então, estendeu a mão para pegar a mamadeira. Já faz um bom tempo que ele não alimentava sua filha.

Carl chegou e lhe desejou bom dia e cumprimentou sua irmã com um beijo em sua testa antes de se aproximar de Beth e Aurora que tomavam café. Tyresse apareceu uns minutos depois, e mais uns minutos depois Michonne também apareceu. Ninguém falou nada, mas alguns repararam.

Daryl resmungou para si mesmo divertido com as ações do novo casal-não-casal da prisão. Ele parou por um momento em seu lugar observando a cena à sua frente, parecia tão doméstico quanto poderia ser em um apocalipse zumbi. Sua família não estava completa, mas eles estavam logo ali e mais tarde todos se reuniriam.

— Ei. — O caçador chamou Aurora pegando-a pelo ombro. A menina deixou ser guiada prontamente — Eu já vou sair. Talvez eu volte só depois do almoço.

— Tudo bem. — Aurora bateu palminhas sabendo o que ele ia fazer.

— Vou ver sua mãe primeiro. Quer vim? — Daryl perguntou guardando sua crossbow nas costas.

— Claro. Só um minuto. — Aurora levantou um dedo e correu de volta para a mesa que estava com Carl e puxou sua xícara tomando o restante do café de uma vez — Agora sim. Vamos lá. — ela trouxe consigo a barra de cereal.

Daryl e Aurora se despediram dos que ficaram no bloco e partiram lado a lado para o bloco A onde Solaris estava.

— Não podemos contar nada a mamãe ou Glenn. É pra ser uma surpresa. — Aurora falou balançando a barra de cereal mordida.

— Eu não pretendia. — Daryl sinalizou para a garotinha.

— Ela vai perguntar. — Aurora revidou apontando para a crossbow do caçador.

— Vou inventar alguma coisa, mas se bem me lembro é você que tem que aprender a manter a boca fechada. — Daryl parou o passo e olhou para a menina que já o encarava ofendida.

— Eu não sou fofoqueira. — Aurora bateu o pé depois de engolir outro pedaço de sua barra de cereal.

— Nós dois sabemos que você é. — Daryl se inclinou para ficar na altura da menina. Aurora estreitou os olhos. Então, jogou o cabelo ruivo pra trás.

— Tudo bem, então. Eu não irei te contar a última. — Aurora voltou a andar. Mas ela sentiu uma mão em sua cabeça lhe virando.

— Última? — Daryl perguntou em uma única sinalização. Aurora sorriu ao lembrar do que viu ontem. Pena que não podia contar.

— Pois é. Vamos lá. — Aurora gesticulou com a mão, mas a mão de Daryl permaneceu no lugar — Daryl. — chorou.

— Que última? — O caçador perguntou novamente. Um sorriso travesso surgiu no rosto da menina.

— Eu não posso contar. Tenho que aprender a ficar de boca fechada. — Aurora fez um gesto de zíper na boca. Daryl apertou os olhos. Eles ficaram se encarando por uns segundos.

— Você irá me contar. — Daryl voltou a ficar de pé. Aurora saltitou ao lado dele voltando a andar.

Aurora e Daryl esperaram Mika chamar Solaris. A mulher chegou com um sorriso brilhante e uma aparência bem melhor.

— Bom dia, mamãe. — Aurora falou alto e com uma linguagem de sinais.

— Esperem um minuto. — Solaris pediu em língua de sinais com uma mão enquanto a outra segurava a porta.

Em poucos minutos Glenn passou por ela devagar. Aurora e Daryl arregalaram os olhos.

— Como? — Aurora soltou abobada colocando as mãos no vidro observando atentamente Glenn se sentar na cadeira do outro lado.

— Os remédios que vocês trouxeram ontem. — Solaris respondeu em língua de sinais. Depois se colocando atrás de Glenn e colocando as mãos em seu ombro.

— Eu me sinto bem melhor. Dizem que minha recuperação foi impressionante. — Glenn falou com uma voz áspera, mas a linguagem de sinais lhe acompanhou — Eu só me sinto cansado e com a garganta arranhando, mas fora isso.

— Isso é por causa do balão, por isso sua voz está assim. — Solaris balançou-o para mostrar seu ponto. Ela olhou para sua filha e namorado, que estava estranhamente quieto — Você está bem, Daryl? — sinalizou para ele com uma expressão preocupada.

Daryl tossiu com a atenção do público de três. Ele saiu de seus pensamentos e deu um passo para frente ficando um pouco atrás de Aurora.

— Só estou aliviado. É bom ver vocês recuperados. — Daryl sinalizou, não confiando em sua própria voz. Ele estava mais que aliviado, estava emocionado.

Glenn sorriu para ele.

— Hershel disse que a qualquer hora pode liberar a gente do bloco. — Glenn sinalizou e Solaris concordou atrás dele sorrindo com saudades para o namorado.

— Vamos fazer uma comemoração pra vocês. — Daryl soltou de uma vez. Solaris e Glenn lhe olharam confusos e ele sentiu um cutucão em sua barriga. Ele olhou para baixo encontrando os olhos estreitos de Aurora.

— Comemoração? — Solaris perguntou intercalando o olhar entre os dois.

Aurora respirou fundo e massageou a têmpora. Ela jogou um olhar para Daryl que curvou os ombros. A menina voltou a atenção para a mãe e Glenn.

— Era pra ser uma surpresa. — Ela jogou mais um olhar para Daryl — Estávamos pensando em caçar algum animal e fazer um almoço com todos reunidos. Daryl estava indo agora, não é.

— Sim. Estou indo agora. — Daryl apertou a alça de sua crossbow.

— Isso é ótimo. Mal vejo a hora de comer outra coisa além de sopa. — Solaris bateu palmas com um sorriso largo. Daryl sorriu também, mesmo sentindo o olhar acusador de Aurora.

— Hershel não é o melhor cozinheiro. — Glenn comentou.

— Só nos chás que ele se garante. Ainda bem que Maggie está aqui. — Solaris complementou.

— Ainda bem. — Glenn concordou.

— Então, está tudo certo. Avisem todos aí, ok? — Aurora perguntou com uma sinalização. Glenn e Solaris acenaram. A menina bateu palmas — A gente já 'tá indo, então. Tchau Glenn, Tchau mamãe.

Quando Aurora saiu da presença de sua mãe e Glenn, ela tirou umas mechas de seu cabelo preso no aparelho auditivo e cruzou os braços andando até o bloco C sentindo a presença de Daryl atrás dela.

— Simplesmente saiu, ok? — Daryl colocou a mão na cabeça de Aurora a virando para ele. A menina saiu de seu alcance com os braços cruzados e bateu um pé no chão.

— Lembra quando você disse pra mim aprender a ficar de boca fechada. — Aurora arregalou os olhos — Eu acho que você devia seguir seu próprio conselho.

— Eu só. Saiu. Entre mim e Solaris não há segredos. — Daryl gesticulou.

— Ah por favor. Você só contou porque mamãe sorriu daquele jeito pra você. — Aurora imitou o sorriso de sua mãe — Mamãe não precisa fazer nada que você fica que nem um bobão esperando um comando.

O queixo de Daryl caiu.

— Isso não é verdade. — Daryl soltou ofendido — Eu só queria dar uma boa notícia para ela. Só isso. Não tem nada a ver com o que falou.

Aurora fez um bico e fungou.

— Tudo bem. Se você acredita nisso. — Aurora descruzou os braços e colocou as mechas atrás da orelha. Eles se encararam por uns segundos — Eu não te conto mais nada, Daryl. Você é péssimo em guardar segredos.

Daryl ficou parado lhe encarando profundamente.

— Ah qual é, Daryl. Apesar disso, você é um ótimo amigo e eu gosto muito de você. — Aurora se aproximou dele pegando as mãos dele nas suas — Não vou deixar de ser sua amiga só porque você não sabe guardar segredo. — ela apertou as mãos dele.

— Agora, você tem que ir caçar. Já que você falou, você não pode voltar aqui sem nada. — Aurora soltou suas mãos, mas entrelaçou uma com a dele — Vamos lá. Eu te acompanho até o portão.

Daryl entrelaçou sua mão na mão menor e sorriu para a menina balançando a cabeça de um lado pro outro.

— Mas e essa última? — Daryl sinalizou curioso.

— Você vai descobrir sozinho. Só tem que prestar muita atenção. — Aurora piscou para ele.

— Beth. Beth. Beth. — Aurora chamou alto ao entrar no bloco C depois de se despedir de Daryl.

— O quê? — Beth apareceu ao sair da pequena cozinha montada na cela. Ela estava lavando a mamadeira de Judith.

— Daryl contou sobre a comemoração para mamãe e Glenn. — Aurora falou com os braços abertos. A expressão de Beth caiu.

— Ah por quê? Era pra ser uma surpresa. — Beth falou enquanto Aurora se aproximava.

— Ele disse que não conseguiu se segurar. — Aurora respirou fundo.

— Daryl é muito cadelinha da sua mãe. — Beth falou com um sorriso atrevido.

— É verdade, mas poxa. Era pra ser uma surpresa.  — Aurora fez bico — Enfim, pelo menos eu não contei sobre Michonne e Tyresse.

— O quê? — Rick não quis gritar, mas acabou saindo. Ele apertou sua filha nos braços e olhou de Carl pro seu lado que evitava seu olhar como se soubesse da notícia para as duas meninas na sua frente que estavam do mesmo jeito.

— Eu acho que eu tenho que aprender a manter minha boca fechada também. — Aurora falou e Beth concordou segurando o riso — Desculpe, Michonne. — ela se virou para o líder do grupo acompanhando de seus filhos.

Rick a olhava como se quisesse saber mais. E ele queria.

Xx Notas xX
Um pouco de fluff antes de tudo. Temos um casal entre nós. Eles já se encontraram com um grupo de salvadores. Aurora confiando nos princípios de Carol. Espero que gostem. Votos e principalmente comentários me motivam muito. Eu gosto demais.

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