Acho que nunca em dois anos eu vi Ben puto como agora, e acho que em toda em minha vida nunca vi uma pessoa ficar tão pálida quanto Beth está agora. Não estou entendendo nada, quando Ryan, o nosso novo running back, falou senti Beth enrijecer a coluna e seus olhos ficaram opacos. Ben saltou de onde estava e se plantou ao lado dela logo se jogou em direção de Ryan, mas Luca entrou em sua frente para impedir.
Não sei o porquê ou qual motivo de sua reação, mas me assusta uma hora ela estava sorrindo e no outro momento seu corpo paralisou. Me levanto da mesa parando à sua frente, coloco as duas mãos em seu rosto chamando sua atenção para mim. Engulo em seco. Seus olhos estão opacos e perdidos, seu tom de pele rosado perdeu a cor e seus lábios trêmulos.
— Beth? — digo acariciando sua pele macia, seus olhos verdes se voltam para os meus, uma camada brilhosa se projeta nos seus olhos, no entanto, ela pisca e some tão rápido igual veio.
— Me tira daqui, por favor... — sua voz geralmente doce e suave sai rouca e dolorida, quase não escuto seu sussurro. — Por favor... — a voz sai como uma lâmina cortante em meus ouvidos.
Sem pensar duas vezes pego a sua mochila e passo o meu braço sobre seus ombros lhe puxando para mais perto, começo a caminhar para fora do refeitório e viro no exato momento em que Luca se levanta e para ao lado de Ben que está com os punhos fechados ao lado do corpo, ele olha para as costas de Beth e eu posso jurar que vi uma lágrima escorrer em seu rosto, mas ele limpa e se vira para Ryan falando alguma coisa.
O primeiro lugar que penso para levá-la é o quartinho da biblioteca em que ela me puxou em um dia. Ela não fala, não olha para lugar nenhum, mal respira...
Entro no quartinho acendendo a luz e trancando a porta. Me viro para Beth que está de costas para mim.
— Beth... — a puxo pelo braço fazendo-a virar para mim.
Meu coração para.
Seus olhos estão cheios d'água, estão perdidos, sem foco, ela não para de mexer em um anel no seu dedo indicador.
— Não posso passar por isso mais uma vez. — ela sussurra abaixando a cabeça.
— O que foi? O que aconteceu? — questiono levantando sua cabeça.
Acho que nunca senti uma dor tão imensa somente pelo o olhar.
Nunca me senti como se todo oxigênio tivesse sido sugado do planeta.
Mas, naquele momento, eu me calo e a puxo para um abraço.
Suas mãos pequenas encostam na lateral de meu tronco e ela enterra seu rosto no meu peito, ouço seu primeiro soluço.
Meu corpo se parte em mil fragmentos pelo som cortante que sai de sua boca, mil pedaços de mim ficam instantaneamente tentados a voltar na porra daquele refeitório e quebrar a cara de Ryan, não sei o que ele fez ou de onde a conhece, mas nunca me senti tão furioso naquele momento.
Por ela, somente por ela, não faço isso.
Fragmentos de meu corpo se contraem e se quebram. Nunca tive uma família difícil a separação dos meus pais não me abalou, nunca tive problemas em relação a isso.
Mas, desde quando ela faltou dois dias seguidos e quando eu vi seu rosto de quem estava cansada eu me perguntei o quão mal a família pode nos fazer.
Me pergunto pelo o que essa linda garota já passou.
E me pergunto se ela está tão quebrada igual parece estar.
Fecho a porta do meu carro antes que eu suba no banco de motorista sua mão delicada envolve meu pulso.
— Derek, não precisa eu pego um uber e...
— Nem morto linda, você vai comigo. — asseguro, dou um beijo em sua mão pequena e delicada.
— Mas...Derek você vai faltar sua última aula.
— Não vai ser a primeira vez.
— Então você realmente é o tipo popular que quebra as regras.
— Às vezes, quando necessário. — ela abre um sorriso pequeno, mas, sincero.
Lhe dou um selinho e fecho sua porta, quando estou prestes a abrir a minha sou chamado.
— Derek. — Ben para ao meu lado e enfia as mãos no bolso — para onde vai leva-la?
— Para casa.
— Você não precisa, eu posso levá-la e...
— Não, não precisa eu não me incomodo.
Me viro para abrir a porta novamente, mas Ben a fecha de novo. Ergo a sobrancelha em desafio e questionamento para o loiro.
— Derek eu não sei com você conquistou a confiança dela, mas, aprecie isso ela não é o tipo de pessoa que se abre para qualquer um
— Eu sei. — cruzo os braços.
— Ela é minha irmã e melhor amiga desde sempre, já passou por coisas que você e ninguém imagina, já sofreu demais. Fico feliz que ela tenha encontrado conforto com você e que se sinta segura. Ela pode gostar de você demais, mas eu fiz uma promessa e, se, você se quer a machucar fisicamente ou mentalmente eu lhe quebro ao meio. Não me importo se a gente se conheça há dois anos, eu a conheço a muito mais e estou disposto a quebrar a cara de qualquer um que a machuque. Não sei que não é de sua personalidade fazer isso, por isso torço para isso não acontecer.
— Eu nunca a machucaria, Ben.
— Espero que sim... ela não te contou ainda o que lhe aconteceu, mas, ela vai contar no tempo dela, quando ela estiver pronta...ela vai. Por favor não a pressione. Ela realmente gosta de você, Derek, nunca a vi ter tanto carinho e olhar para uma pessoa como ela olha para você. Por favor, por favor, a ajude. Acho que não posso fazer mais nada.
Assinto e entro no carro, passo o cinto e vejo Ben se virar para ir embora.
— O que ele queria?
— Saber se você está bem. — não conto a parte da ameaça, Beth, suspira.
— Ele é um bom amigo.
— Sim ele é.
Engato o carro de dou partida com as palavras de Benjamin me circulando a todo momento.
Pouco tempo depois estamos em sua casa, mais especificamente, no telhado. Beth não disse nada somente agarrou o meu pulso e me puxo para o telhado, sua mãe não está em casa pelo o que ela disse somente chega daqui duas horas. Estamos a exatamente 20 minutos no telhado, ela está deitada olhando para o céu pensativa e eu só estou em silêncio ao lado dela. O sol está se abaixando aos poucos. Olho de esguelha vendo seus cabelos cobreados espalhados, seus óculos empoleirados em seu nariz fino e delicado. Sua respiração está calma, mas eu sei que as engrenagens da sua cabeça não pararam por nenhum minuto.
— Beth?
— Hum?
Me sento ao seu lado olhando para a vista, a brisa gelada bate em meu rosto dando um leve arrepio. O cheiro da grama, almiscarado e úmido passa pelo vento me fazendo suspirar aproveitando por um minuto.
— O que aconteceu no refeitório? Nunca a vi daquele jeito.
Beth se senta e apoia os cotovelos nos joelhos olhando para mim.
— Derek, é delicado...eu....eu era fraca na época e...ainda sou na verdade mas...
Ergo o seu queixo e fito seus olhos verdes, seus lábios estão trêmulos.
— Não sou o tipo de pessoa que julga as outras pelo o passado, Beth. E em momento algum eu te achei fraca, na verdade, eu a acho forte pelo o pouco que te conheço, pode ter certeza que tudo o que você me contar não vai sair daqui. E por favor, não fale que é fraca porque você não é e nunca foi.
— Não, Derek, eu já fui muito fraca. — ela aponta para o seu peito e sorri pequeno — Essa Beth de agora são fragmentos que sobraram de mim, são cacos de vidros que eu demorei para juntar todas as peças e, no processo, me cortei várias e várias vezes. Aquela pessoa que você viu no refeitório hoje... é uma pessoa que eu jurei nunca...mais me quebrar, mas acho que não pode se cumprir certas promessas.
Passo uma mecha do seu cabelo para trás e observo seu rosto de traços finos, as maçãs do rosto levemente coradas, os lábios avermelhados com formato de coração, os olhos grandes com orbes verdes oliva e os cabelos cobreados levemente ondulados.
Quando eu a olho as vezes penso que foi um anjo caído que caiu em minha vida, para melhorar. No momento em que eu vi seus olhos opacos e sua pele ficar pálida eu pensei que ela ia desmaiar por um momento, agora, ouvi-la dizer que é fraca doeu. Em momento algum eu a vi desse jeito, não a acho fraca, pelo contrário, eu a acho uma garota forte e independente. Gentil com todos e carinhosa, nunca altera seu tom de voz ou olha feio para qualquer um.
E a cada vez mais e mais eu estou curioso para descobrir o que tem por trás dessa máscara que ela coloca. Todos nós temos, mas acho que Beth sucumbi seus sentimentos para si mesma e tenta se reconfortada.
Fraca...
Jamais.
Sorrio, traço com os dedos levemente sobre sua pele macia.
— Eu nunca iria te julgar, e as vezes a gente não pode cumprir muitas coisas, mas podemos batalhar para pelo menos tentar cumprir as promessas. Eu te vejo assim: uma batalhadora. Tudo no seu tempo, Beth. Eu vou sempre estar aqui para te ajudar em independente de tudo.
O sorriso que se estampa em sua boca e pequeno mas verdadeiro. A brisa gelada bate em seu rosto levando suas madeixas para trás. O seu perfume doce mas ameno me inebria, a puxo para o meu colo e seu rosto descansa em meu peito.
Não falamos nada.
Somente escutamos a respiração um do outro até a sua se acalmar.
AIAI ESSE RYAN VAI DAR UM TRABALHO...
A PEDIDOS EU SOLTEI O CAPÍTULO HOJE.
NO MEU INSTA EU COLOQUEI UMA META E SE VOCÊS CONSEGUIREM ALCANÇAR 600 views ATÉ DOMINGO EU SOLTO DOIS CAPÍTULOS.
ENTÃO COMPARTILHEM MINHA GENTE PORQUE OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS ESTÃO PEGANDO FOGO!
- BJOS JUH.