Christopher
— Bom já que os bonitos não tem nada a me dizer, irei ajudar dona Suzana com o almoço e depois tenho que sair — Sem tirar seu olhar desconfiando da gente ela deixa um beijo casto em meus lábios.
— Obrigado pelo elogio, loirinha — Sem perder tempo meu irmão alfineta ela.
— Depois eu que sou convencido — Digo jogando uma bolinha de papel nele.
— É de família, Baker — Com um sorriso pequeno ela diz, parada na porta.
Não discordo e muito menos concordo, é por outro lado não deu tempo porque ela saiu antes de eu ter tempo de falar alguma coisa.
Após a saída de Sophia do escritório, podemos respirar mais aliviados sabendo que ela não percebeu do que se trata.
— O que nós faremos?
— Eu ainda não sei! — Tento buscar uma nova alternativa para essa situação — Já temos prova o suficiente para ligar a César a Felipe.
— Sim e não — Respiro fundo — Por tão bom que essa situação pareça não será tão fácil assim, ele está conseguindo reverter a lei para o lado dele.
Ele tem um ponto, essa situação já deu o que tinha que dar, irei entregar tudo o que eu sei para o meu advogado que está trabalhando no caso da Sophia.
(...)
Sentado na poltrona em meio a sacada enquanto digito rapidamente o documento importante, travei meu maxilar impaciente, desvio minha atenção da tela bem à minha frente para Sophia parada penteando seus cabelos só com uma blusa social minha e sua lingerie rosa.
Observa atentamente cada um de seus movimentos, algo nela está me incomodando, a mudança drasticamente das suas feições e corpo me deixa em estado de alerta. O seu seios estão mais volumosos e o quadril fino está cada vez mais largo.
Largos documentos de lado e um pouco nervoso esfrego minhas mãos na minha calça jeans preta.
Caminho até ela e a analiso mais de perto.
— Tire o seu sutiã — Ordenei com a voz rouca, com a testa enrugada ela me analisa com sua expressão confusa, talvez pela forma que lhe abordei não foi certo, me recompus adicionando um tom mais gentil — Por favor.
— Mas o que houve?
— Só tira — Falei por fim.
— Christopher, esse não é o melhor momento para podermos transar — Ela fechou sua expressão chocada para séria dando uma passo em minha direção — Tenho uma consulta marcada e não posso chegar atrasada.
— Quem disse que vamos? — Argumentei — E corrigindo qualquer hora é o momento certo para transar.
Ela me ignorou completamente e soltou uma respiração profunda impaciente, abriu o fecho frontal do seu sutiã deixando o seu seios livres.
— Satisfeito?
— Ainda não — Resolvi brincar com ela.
Revirou os olhos entediada.
Umedeci os meus lábios em espalmei minhas mãos neles, o seu gemido de dor me fez recuar um passo para trás, estão mais pesados e sensíveis.
— O seu corpo tá estranho amor — Me aproximo novamente envolvendo seu corpo em meus braços e deixo um beijo em seu pescoço exposto, pegando com cuidado seu seio sensível.
— Estranho? Tá querendo falar que eu estou gorda de um jeito mais sutil? — Fechou ainda mais sua expressão.
— Por Deus, não — Neguei — Onde você tirou essa ideia?
Sophia gorda? Nunca! E mesmo se tivesse não seria um problema, mas olhando atentamente para seu corpo fico cada vez mais rendido o quão sexy ela é, e sempre vai ser.
— O que você tem agora no horário da tarde?
— Consulta com a minha médica — Disse ajustando o seu sutiã no peito — Nem vem que eu não vou desmarcar novamente.
— E quem disse que vai?
— Não vamos?
— Não.
— Certo.
— Ótimo! Vista-se que eu vou com você — Mesmo o seu olhar confuso sobre mim não digo o que eu estou pensando que é, talvez sejas uma paranoia minha! Ou não, essa ideia me faz arrepiar abrindo um longo sorriso maroto.
Ela disse que não ia demorar, mas não foi bem assim que ocorreu, eu deveria ter percebido que ela não falou a verdade, ela é péssima em mentir, isso agora não vem ao caso, estamos aguardando Sophia se chamada no consultório para ela poder fazer check-up — O velho exame de rotina.
— Boa tarde doutora Stone — Cumprimentamos a ginecologista obstetra da Sophia com um aperto de mão firme.
— Sente-se por favor — Falou logo após levantar e apertou nossas mãos.
Nós nos acomodamos no assento.
— Então após você, senhorita Brown. marcar um horário conosco recentemente e desmarcar duas vezes fiquei tentada em saber do que se trata, teve complicações com as pílulas?
— Oh, não. Está tudo em ordem, Me desculpa por isso.
Ela acenou concordando.
— Certo, continue.
— Doutora eu queria trocar minhas pílulas para injeção.
— Qual foi o último dia que você tomou o comprimido? — Ela começou a digitar em seu computador.
— Há cerca de 8 dias.
— A menstruação?
— Uma diferença de dez dias, minha menstruação é muito irregular.
— Certo, então podemos começar a aplicação da injeção sem problemas.
— Antes de começarmos, você precisa fazer esse teste — Entregou um potinho e uma caixa não tão pequena para Sophia.
Meus olhos brilharam quando ela retirou ele dentro da caixa e explicou para Sophia como deveria fazer, ela engoliu em seco com seu rosto apavorada e olhou para mim.
— Isso não quer dizer nada, né?
— Não exatamente, é só um cuidado que fazemos para constatar se a paciente está grávida e esse podemos aplicar o seu novo método contraceptivo sem problemas.
— Entendo — Disse indo aonde a doutora apontou para ela ir.
Ansioso, aguardo ela do lado de fora do banheiro que a doutora recomendou que seja interligado a sala dela para esse tipo de procedimento, tento não colocar tanta expectativa nisso até porque ela menstruou esses dias.
Com o potinho na mão e o fino palito dentro do potinho ela sai do banheiro indo até a mesa da doutora aonde ela nos aguarda.
— Terminei — Entregou nas mãos da doutora que olhou para mim e para ela e voltou sua atenção para o potinho e o teste.
Ela ergueu seu olhar e sorriu para nós dois e falou:
— Parabéns Senhorita Brown. Você está grávida de 1/2 semanas, aconselho a fazer o exame de sangue para constar com clareza qualquer dúvida que você tiver.
— Como? Isso é impossível?! Eu menstruei esses dias — Chocada ela tenta argumentar.
Sophia ficou atônita olhando para a doutora Stone que começou a explicar como funcionou exatamente a parte da menstruação e a gravidez, não entendo quase nada fiquei inquieto esperando elas terminarem de falar.
— Sério, isso doutora? — Perguntei não me aguentando de alegria.
— Sim — Deu um sorriso e um leve aceno de cabeça.
Virei em direção a minha mulher e agarrei sua outra mão fazendo ela sair do transe, abrir um amplo sorriso aproximando meus lábios do seu para um selinho demorado.
Com certeza eu amo ainda mais essa mulher, ela foi feita pra mim, completamente perfeita.
Estamos entrando no subsolo da garagem quando Sophia quebra o silêncio.
— Merda nós fizemos ele ou ela na coxa — Ela gargalhou trombando sua cabeça em meu ombro.
— Como? — Ela riu achando graça do meu estranhamento, sei algumas palavras básicas que estou aprendendo com a ajuda da Júlia, até pensei em praticar com uma professora, mas não deu por falta de tempo e das coisas que vem acontecendo, porque confesso pensei duas vezes antes de aceitar. Júlia é doida o suficiente para me ensinar a falar qualquer baboseira achando que estou falando alguma coisa certa.
É só por enquanto até achei divertido ela tentando me ensinar, ainda penso em me adaptar melhor no idioma, diversas línguas mas nunca me interessei no português — até Sophia entrar na minha vida.
— É um termo utilizado por alguns dos brasileiros quando o homem goza na entrada — Me espantei não só por essa novidade mas por também saber que gozei fora e resultou nisso, já gozei algumas vezes na Sophia e não resultou em nada é até engraçado perceber o que realmente aconteceu.
— E como você sabe que engravidou nesse dia?
— De acordo com o tempo da gravidez ficou meio óbvio que esse era o certo dia — Revirou os olhos com minha falta de lógica.
— Mas porque todo mundo insiste em me chamar de senhora Baker? — Ela voltou a dizer desgostosa.
— É porque todo mundo sabe que você será a senhora Baker muito em breve, está tão óbvio que nem você desconfia disso? — Eu sempre deixei explícito as reais intenções que eu pretendia ter com ela.
O caminho de volta para o apartamento foi de muita alegria da minha parte, já Sophia estava meio aérea e quieta.
— O que foi linda não gostou da notícia — Murchei minha expressão tenebrosa com sua resposta.
— É claro que sim é só que... — Parou de falar olhando para os seus pés.
— É que...? — Incentivei ela a falar.
— Eu estou com medo Chris, com o Logan solto e o Felipe que está prestes a sair ileso de tudo novamente eu só fico com medo do que possa acontecer com o bebê.
Pondero suas angústias e receio, na real eu também estou e não nego que foi um baque pra mim também, que foi substituído por euforia e um misto emoções.
××××
Chegou o momento do Christopher brilhar, ele conseguiu o que queria.
Não sei se vocês já ouviram esse termo, eu particularmente já ouvi muito, isso não quer dizer que o bebê não foi feito que nem os outros, ok? foi um acaso, e que nem quando a camisinha estoura.
Até o próximo capítulo.