Lover of Mine | Luke Hemmings

By finelinerhemmo

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Um acidente premeditado é uma execução? Eu deixei que ele me usasse desde o dia em que nos conhecemos. Fui u... More

Trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Presentinho de Final de Ano
POV Luke
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Epílogo

Capítulo 40

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By finelinerhemmo

"Você é a linha tênue entre ter fé e esperar às cegas"

O comportamento infantil de Luke só me fazia querer provar o quão errado ele estava.

Rebecca parecia não ter planos de voltar para a própria casa, e eu estava começando a criar alguma simpatia por ela. Acordávamos sempre antes dos meninos e ficávamos conversando na cozinha. Na cabeça dela, eu e Calum estávamos juntos, mas ela não entendia o porquê de eu não dormir no mesmo quarto que ele.

Hemmings e eu nunca estávamos sozinhos no mesmo cômodo, parecia proibido. Eu tinha até medo de descer pra buscar uma água no meio da noite e encontrá-lo.

Eu criei amizade com todo mundo da Jam House de Los Angeles e já tinha até um café favorito, onde passava algumas das tardes lendo.

- Oi, Dan! - atendi o telefone sentada no meu lugar cativo, no fundo da loja.

- Tenho boas notícias! - a voz dele parecia meio longe, mas eu o ouvia bem.

- O que é? - perguntei com um sorriso crescendo no rosto. Estava precisando de uma boa notícia.

- Vendi uma de suas músicas para uma cantora local e um produtor aqui da casa solicitou seus dados para creditar em uma outra canção!

Eu sequer podia imaginar que a notícia seria tão boa. EU TERIA MÚSICAS MINHAS GRAVADAS!

- Quais são? - segurei minha ansiedade. Queria jogar minha mesa pra cima e gritar para o ar.

- Aquela primeira que você me mostrou e uma outra que o produtor não revelou. Vou ter mais informações em breve.

Eu já poderia morrer feliz.

Agradeci ao meu chefe e saí do café, virando a esquina para comprar um champagne para comemorar.

Quando cheguei em casa, o casal estava no sofá assistindo um filme. Os pés de Rebecca no colo de Luke, que fazia uma massagem. Eu nunca tinha visto aquela cena de fora, eu era sempre a pessoa sendo massageada.

Era estranho estar do outro lado da tela.

Ele notou quando eu cheguei, mas não se incomodou nem de olhar pra porta.

O último mês parecia ter sido há mil anos atrás. Eu nunca sabia quem ele seria comigo no outro dia. Com Calum ele ainda era a mesma pessoa, a amizade inabalável.

O problema era comigo. Duas semanas ao lado de um Luke rancoroso era como dez anos de castigo.

Estava cansada daquela guerra fria, então resolvi tentar algo: eu o forçaria a interagir comigo, nem que pra isso eu precisasse usar Rebecca.

- Hey, eu trouxe champagne! - levantei a garrafa - precisamos comemorar o fato de que agora eu sou uma compositora profissional - falei alto para que a atenção deles se desprendesse da TV.

A loira fez uma cara de genuína felicidade por mim e eu fiquei grata por isso. Luke apenas me deu os parabéns, sem muitos sorrisos.

- Vamos só esperar o Cal chegar e hoje a pizza é por minha conta! - anunciei.

Me sentia um trem imparável e eu ia quebrar a geleira que era Luke Hemmings.

Subi para tomar um banho enquanto Calum não chegava e, na saída, coloquei uma roupa curta o suficiente pra que o loiro tivesse até receio de olhar pra mim em público.

O tecido fino do short branco era quase tão leve quanto o cropped de mesma cor. Era praticamente um look de ano novo, e eu estava empolgada como se fosse mesmo.

Liguei para Ash, Mike, Crystal, Andy e Josh e os chamei para uma festa no final de semana. Havia uma boate que eu estava de olho há pouco mais de um quilômetro de distância, seria perfeito pra estender a comemoração por mais alguns dias.

Quando terminei o banho, o sol já ia se pondo. Pedi pizzas, algumas outras bebidas e arrumei o champagne com algumas taças na mesa baixa da piscina.

Ouvi Calum chegando e ele me apertou e me girou no ar ao ouvir a notícia.

- Isso é perfeito, Jules! - o moreno encaixou a cabeça no meu pescoço, me fazendo cócegas.

Enquanto ainda girávamos no ar, Luke apareceu no jardim virando o rosto quando deu de cara com a cena. Ainda assim, ele fingiu costume indo se deitar em uma das espreguiçadeiras.

Cutuquei Cal para que ele soubesse que era hora de parar. Meu plano não era deixar Luke com mais raiva de mim.

Ele me soltou e avisou que ainda tomaria um banho antes de se juntar à nós.

Sentei na beira da piscina, pensando em como puxaria assunto, mas nada veio à minha mente. O silêncio que antes seria confortável, só era incômodo agora.

Não sei quanto tempo se passou enquanto eu encarava o movimento que o vento fazia na água. O céu cor de rosa merecia iluminar uma cena mais bonita. Éramos uma falha ridícula na vista perfeita da cidade.

Do que ele tinha tanto medo? Do que eu tinha tanto medo?

Tudo em mim sabia o quão bobo aquilo tudo era, mas me faltava coragem, e quanto mais eu pensava em fazer algo, mais apavorada a ideia me deixava.

Era como voltar a ser uma garotinha com medo de falar com o amiguinho na escola: vulnerável e com medos irracionais.

Mesmo de costas, sentia o olhar dele me queimando e fazendo todas as outras sensações parecerem irrelevantes.

Imaginei a cor do cabelo dele, a intensidade dos olhos. O que Luke estaria pensando?

Será que ele faria algum movimento sabendo que Rebecca chegaria à qualquer momento? Será que ele estava aguardando uma oportunidade esse tempo todo?

Eu só queria poder ler a mente dele uma vez. Uma vez só. Se ele me desse a mínima chance de apagar o passado, eu faria.

Logo a notícia da traição de Sierra explodiria, e eu tinha receio do que aconteceria com a cabeça dele. Queria estar perto o suficiente para protegê-lo do mundo.

[Play]

O tempo parecia correr e ir devagar, os riscos dourados no céu iam ganhando tons alaranjados e avermelhados. Eu acompanhava cada movimento do ar respirando o mínimo possível, tentando ouvir Luke atrás de mim.

Mas não havia ranger da cadeira, nem aproximação. Não havia a respiração dele batendo na minha nuca. Éramos somente dois corpos distantes, quem olhasse de longe diria que éramos desconhecidos, desconfortáveis demais para puxar um assunto sobre a mudança climática, esperando que algum amigo em comum aparecesse.

E éramos isso mesmo.

Quantos incontáveis segundos até Calum e Rebecca chegarem? Eu já não aguentava a tensão no ar, ela pesava toda nos meus ombros. Pedi ao céu quase escurecido que alguém aparecesse para me salvar.

Qualquer um.

Aí Calum e Rebecca apareceram.

Eu disse meia dúzia de palavras e Cal tomou a vez, estourando o champagne. Assimilei muito pouco do que foi falado dali em diante. Estava imersa na aura do meu erro.

Sentados em volta da mesa, os três conversavam alegremente. Eu não conseguia olhar na direção de Luke.

O nome disso era culpa? Bem, eu me sentia culpada. Quando eu tentava imaginar o que ele pensava de mim, eu mesma não me reconhecia.

Queria ter forças para chamá-lo para conversar, nem que fosse para ele me dizer que já éramos uma história com ponto final.

Ali, com aquela roupa ridícula para provocar ele e esperando que ele se arrependesse de me culpar por um erro que cometi, eu era uma piada.

Tomei coragem de olhar na direção dele, que sorria para a loira sentada no seu colo. Sim, havia espaço nas cadeiras, mas ela com certeza estava mais confortável ali.

Abri uma das latas que estavam na mesa e virei o líquido todo de uma vez.

- Vamos com calma? - Calum riu alto me encarando.

Rebecca deu um gritinho.

- Eu mereço - rebati.

É, eu merecia mesmo.

Continuei por ali, bebendo, sem realmente participar da conversa deles, apenas no meu próprio mundo.

Calum ligou a música e eu rezei para que ela estivesse mais alta que os meus pensamentos.

De repente, éramos Luke e Calum somente. Minha mente não se preocupou em gravar o paradeiro de Rebecca: não encarar Hemmings tomava toda a minha atenção.

Olhei a hora e pensei se já era aceitável acabar com a reuniãozinha.

Eu encarava o céu estrelado e virava mais um gole da cerveja que estava no final. O baixista levantou avisando que sairia para comprar mais.

De novo sozinha com Luke? Não.

- Eu vou entrar na piscina - disparei.

Calum já tinha sumido pela lateral da casa.

Luke não respondeu.

Levantei e continuei na direção da piscina.

- De roupa? - o loiro se manifestou.

Olhei para o meu conjunto branco que já revelava muito. E se eu revelasse mais? As consequências dos meus atos pareciam cada vez mais irrelevantes.

Foda-se.

De costas para ele, tirei a roupa toda e joguei as peças no chão.

Não parei para ouvir a reação dele. Não importava mais.

Entrei devagar na água fria e afundei, deixando ela me cobrir por completo.

Quando voltei à superfície, Luke Hemmings me encarava em pé na beira da piscina. Sua expressão era indecifrável, assim como na noite na sala do Ash. Sustentei seu olhar pelo que pareceu uma eternidade.

Ele era só um garoto. Seu coração e sua confiança haviam sido traídas tantas vezes que ele devia acreditar que carregava a culpa. Será que Luke olhava para o teto no meio da noite se perguntando qual era o problema com ele?

Não havia problemas nele. A imperfeição estava nos outros. Estava em mim.

Quis ter voz para dizer isso à ele, mas sua imagem me paralisou e eu só consegui ficar ali encarando a beleza atemporal dele.

Pedir desculpas era como cobrir um grande sangramento com um simples band-aid, mas era tudo que eu tinha.

- Eu sinto muito.

Eu disse, mas nenhum som saiu.

Ele acompanhou o movimento dos meus lábios antes de se virar e ir embora.

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