Lover of Mine | Luke Hemmings

By finelinerhemmo

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Um acidente premeditado é uma execução? Eu deixei que ele me usasse desde o dia em que nos conhecemos. Fui u... More

Trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Presentinho de Final de Ano
POV Luke
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Epílogo

Capítulo 32

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By finelinerhemmo


Vi Luke perder o ar.

Durante todo aquele dia, era exatamente assim que eu me sentia. Quase como se eu fosse dele.

Seu anel pendendo do meu pescoço, o roteiro que ele planejou, todos os meus pensamentos nele.

Ele apertou minha mão mais forte e eu quis entrelaçar nossos dedos, mas o corredor era público demais para isso. Se eu entrasse correndo no quarto dele alguém me impediria?

Fechei os olhos, me concentrando nas borboletas no meu estômago, na mão de Luke segurando a minha, no calor que a presença dele tinha e no seu perfume inconfundível.

Eu só queria um abraço. Um só. Queria encostar minha cabeça perto do coração dele e ouvir o quão descompassados seus batimentos estavam. Queria ter o mundo para entregar a ele bem ali.

Ouvimos passos se aproximando no corredor, estava longe ainda, mas era o suficiente para que acordássemos do transe.

Abri os olhos, focando nas feições perfeitas de Luke. Ele beijou a minha mão em um movimento que ele não tinha noção do quão charmoso era.

Aquilo era o que eu teria. Me convenci que era o suficiente para aguentar até o dia seguinte.

Me afastei antes que os passos se aproximassem e entrei no elevador sem descobrir quem havia nos interrompido.

Pousei as mãos sobre o meu peito, com medo de que a força da minha pulsação fosse me arrebentar de dentro pra fora. Quase doía.

Quando cheguei no quarto, liguei pra Hannah. Queria contar pra ela do meu dia, de Paris, do término de Luke. Até então, eu tentava guardar tudo comigo mas, àquela altura, era demais. Precisava que a minha melhor amiga me dissesse que eu não estava ficando louca, que não era a minha imaginação.

Mais tarde, não conseguia dormir. Meu corpo vibrava apenas com a lembrança de Luke me olhando no corredor, a pele quente dele segurando a minha mão, um único cacho dourado pendendo em sua testa.

As horas passavam e eu gravava cada milímetro do rosto de Luke na minha mente. Queria guardar para sempre a imagem dele como o vi naquela noite. De todas, aquela era a mais perfeita. Eu senti seu olhar ceder ao mesmo tempo que o meu cedeu. Minha guarda estava baixa e a dele também, só precisávamos de mais um pouco de tempo.

Na meia luz de um corredor de hotel na capital francesa, eu me enxerguei com ele. Mesmo que por um segundo, eu vi algo que não estava ali antes.

...

Dormi no vôo para Holanda, infelizmente, sentada fileiras atrás de Luke. Eu começava a suspeitar que a gestão da banda estava tentando mantê-lo longe de toda e qualquer mulher da equipe.

Eu não entendia o tamanho do problema. Era só chegar perto de uma mulher que Luke estaria automaticamente desrespeitando a mãe de seu filho? Aquela proteção toda me parecia patética. Como eu ia evitá-lo trabalhando com ele?

Josh comentou suas suspeitas comigo, e eram as mesmas que as minhas.

Na chegada à Amsterdã, seguranças fizeram uma operação digna de um filme de espião para Luke não ser visto no aeroporto. Era quase ridículo. Achavam melhor escondê-lo do que responder qualquer pergunta sobre o término à imprensa. Todos no avião tiveram a saída da aeronave atrasada em quase trinta minutos por conta disso.

Eu, como jornalista em formação, achava uma péssima estratégia, mas não poderia questionar a Modest. Sufocaram tanto Harry Styles e Louis Tomlinson que eles acabaram por nem mais se falar publicamente, logo eles. Me espantava o poder que a gestão tinha sobre todos os agenciados. O que os prendia tanto? Era dinheiro, status, segredos? Nada deveria valer a liberdade.

Quis perguntar ao Calum enquanto entrávamos em uma van em direção ao hotel, mas preferi deixar para outra oportunidade.

Me encostei no vidro do veículo, gravando um vídeo do trajeto para mostrar ao meu pai, que tinha me enviado uma foto de John cozinhando com ele.

"Vocês são muito fofos" mandei pra ele.

Na minha ausência, John parecia fazer companhia para o meu pai lá em casa. Quase me senti um cupido. Meu pai merecia ser feliz.

Avisei a Hannah sobre a chegada à Amsterdã e ela pediu alguns presentes. Fiquei em dúvida se eu seria taxada como traficante internacional ao tentar passar no aeroporto com aquilo.

Discuti as possibilidades de presente com Josh até chegarmos ao nosso destino.

O hotel tinha uma arquitetura antiga, com enormes janelas com vista para a cidade. Era o próprio cartão postal holandês. Eu estava ansiosa para visitar museus, a fábrica da Heineken e, claro, os coffee shops.

Na hora do almoço, acompanhei uma filmagem da banda, evitando olhar pra Luke à todo custo, afinal, haviam muitas câmeras em volta. Eu me escondi atrás da minha prancheta e do meu rádio, me afastando do loiro cada vez que sentia que não seria capaz de lidar com ele normalmente. Ele notou e começou a me provocar escondido de todos, sabendo que eu ficaria sem graça.

Suas brincadeiras paravam nos segundos exatos que o representante da Modest estava muito perto. Ele estava ali para vigiar Luke. Como se não bastasse o empresário da banda, a orientação do staff e os rumores correndo no backstage, agora tinham enviado uma babá para Hemmings.

Havia um acordo de verdade por trás.

- Eu acho que Lucas está te chamando. - Josh apontou com uma caneta para o loiro.

Estávamos em um café, ao lado de uma das diversas lojas "peculiares" de Amsterdã. Tínhamos feito uns takes na loja antes de pararmos no café, onde eu sentei em uma mesa bem longe da banda e do cara da Modest.

- Deve ser impressão sua - desconversei, fingindo prestar atenção nas minhas anotações.

- Não, eu acho que ele realmente tá falando contigo! - Josh falou em uma voz curiosa, tentando entender o que Luke balbuciava na minha direção.

Olhei para Hemmings, que me pedia para olhar o celular. Relutei e revirei os olhos, mas fiquei curiosa.

Havia uma selfie dele e uma mensagem: "tenho um presente pra você".

Balancei a cabeça, achando graça. Ele queria chamar minha atenção para dizer isso? Não tava vendo o seu babá ali observando?

"O que é?" Mandei de volta.

"Hoje a noite, depois do show"

Apertei os olhos na direção dele. Ele realmente ia me fazer esperar. Adorava supresas, mas também era ansiosa demais pra lidar com isso.

"Ok" enviei e guardei o celular.

Durante o show, Michael revelou ao público que o próximo álbum da banda estava em produção. Eu tinha acompanhado algumas gravações com o estúdio móvel da Jam House, mas não tinha ouvido nada inteiro ainda. Uma coisa ou outra denunciava a nova era da 5SOS.

Fazia umas semanas que eu estava viciada em Youngblood, mal podia esperar pelo novo álbum. Tentava não mostrar pra eles o quão fã eu estava me sentindo, nem me envolver com as dores de Luke que tinham virado música. Eu só torcia para que ele tivesse histórias mais leves para contar no futuro. Imaginei quais músicas sairiam do relacionamento com Sierra, mas não ousei pensar que eu seria importante ao ponto de ganhar uma referência dele.

Me sentia como uma aventura de Luke Hemmings. Enquanto eu estivesse aproveitando também, estava de bom tamanho. Não fazia planos para não gerar expectativas, mas queria ter algo dele para levar comigo. Talvez eu roubasse o anel dele de vez.

Aguardei Luke aparecer no camarim depois do show, apertando a correntinha no meu pescoço, mas quem apareceu foi Calum.

Imaginei na hora que o tal do Joseph, da Modest, estava rondando Hemmings, mas aquilo não me incomodava, afinal, ele tinha um presente pra mim.

Cal chegou sorrindo de forma suspeita para mim.

- Eu tenho um presente pra você - o moreno arregalou os olhos e sussurrou - Quer dizer, não é meu...mas eu vim trazer - ele sacudiu um envelope no ar.

Da minha altura, não conseguiria alcançar a mão dele, então aguardei o moreno parar de graça.

- Me dá logo! - apressei ele, olhando em volta para saber se alguém ia testemunhar minha reação, seja lá qual fosse.

Quando abri o envelope branco, demorei a entender o que significava. Eu não sabia o que estava esperando, mas definitivamente não era aquilo.

Passei o dedo nas letras, lendo devagar. Era uma passagem de ida para Los Angeles com uma data seis meses pra frente.

O presente era uma viagem?

Me esperando chegar sozinha à conclusão que não cheguei, Calum decidiu explicar.

- Nessa data - ele apontou para a data impressa no bilhete - acaba o acordo que diz que Luke não pode ser visto com uma mulher.

Apertei os olhos, forçando a minha mente à deixar a informação entrar de uma vez.

- Então...

Eu tentei organizar os pensamentos na minha cabeça, mas tinha medo de chegar à conclusão errada.

Calum abriu um sorriso maior ainda, como se ele tivesse ganhado o presente.

Ele se inclinou na minha direção, falando baixo o suficiente para que só eu ouvisse.

- Ele quer ser visto com você.

O sorriso de Calum me fez sorrir. Eu me permiti fazer isso abertamente. Ele sabia, estava tudo bem. Talvez nem eu e nem Luke soubéssemos exatamente, mas o nosso amigo parecia saber.

- Ele disse isso? - levantei uma sobrancelha.

- Ele comprou as passagens e me disse sobre a data.

- Então ele não disse isso... - afirmei.

- Ele não disse com palavras, mas talvez ele escreva uma música sobre isso - Cal brincou.

Ri, empurrando ele um pouco e o abraçando em seguida.

Durante a nossa manifestação de carinho, Joseph entrou no camarim com o nariz empinado.

- Boa noite, pombinhos!

Cal se virou para ver o cara, enquanto desfazíamos o abraço.

- Joseph - o moreno cumprimentou o cara de rosto oval.

- Julie, certo? Prazer, sou o Joseph, vim aqui cuidar de assuntos da Modest! - ele estendeu a mão para que eu apertasse.

- Sim, bem-vindo Joseph - fingi simpatia.

Ele olhou o papel na minha mão.

- É uma passagem de avião? - ele se intrometeu - Já vai viajar, acabamos de chegar na Holanda!

Vi a postura de Calum mudar para tenso. Precisava pensar em algo para responder o bisbilhoteiro.

- Er... - ia começar a tentar responder quando o baixista me interrompeu.

- É uma passagem pra Julie ir me visitar em L.A daqui a alguns meses!

Não era a resposta mais criativa, mas era a mais próxima da realidade, mudando apenas um detalhe crucial que fazia muita diferença para Joseph.

- Ah, daqui a meses? - o babá abriu um sorriso curioso - Eu não sabia que vocês eram tão próximos...já planejando o futuro?

Ri nervosamente. Aquela conversa estava indo para lugares que eu não imaginava.

- Sim, somos próximos! - Calum confirmou.

Joseph mexeu a cabeça, concordando, mas parecendo pensar em algo. Quis poder ler sua mente e descobrir se a desculpa tinha colado.

Quando ele saiu do camarim, guardei a passagem na minha bolsa. Achei melhor não participar da pequena reunião da banda e da equipe pós show, queria ficar sozinha com a minha passagem. Queria pensar sobre seus significados e arrumar um lugar seguro para pôr as minhas expectativas.

Passei por Luke rapidamente, que pegou a minha mão e fez um carinho imperceptível para o staff que corria pelos corredores. Apertei o espaço entre meus olhos, fingindo um incomodo ocular para disfarçar meu sorriso bobo.

Esconder me deixava nervosa, me conter me deixava maluca, mas também era empolgante ter um segredo.

Calum decidiu me acompanhar de volta ao hotel, já que estava precisando regular o sono. Caminhamos, afinal, eram poucas quadras de distância.

Eu dormi rapidamente, já que meu sono anterior tinha se resumido em míseras três horas numa poltrona de avião. Embalada pela voz de Luke cantando Lie to Me acústico, tinha certeza de que seria uma boa noite.

Entre sonhos confusos que envolviam cavalos marinhos gigantes usando sombreros e atropelando pessoas, ouvi um barulho familiar irromper dos céus cor de rosa.

De onde era aquele som?

O cheiro de roupa lavada invadia meu olfato, mas não era uma pessoa, era o travesseiro do hotel. E o som saindo dos céus era, na verdade, meu celular tocando.

Abri meio olho para ver quem estava me ligando. Era Hannah.

- É...hum...madrugada...aqui - balbuciei para o alto falante do aparelho.

- Jules, você foi vista com o Calum!

- Hum... quê? - eu não estava afim de acordar por nada.

- Olha a mensagem que te mandei! Agora! - ela falou alto, quase me despertando por completo.

Devido ao susto com o tom de Hannah, me esforcei para chegar até o aplicativo de mensagem logo. Queria voltar à dormir com meus cavalos marinhos assassinos.

Tentei assimilar o que estava escrito umas três vezes, mas até a imagem da matéria do site estava escura demais pra minha visão turva de sono. Enquanto eu enfrentava minha sonolência, minha amiga gritou de novo e eu pude ouvir com clareza dessa vez, mesmo com o telefone afastado do ouvido.

- Estão achando que você e o Calum tem um caso!

Finalmente entendi.

- O quê?

Me sentei, focando na tela do celular que exibia a manchete:

"Calum Hood e novo affair passeiam apaixonados pela ruas de Amsterdã".

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