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By Villowz

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π‘πŽπ‚πŠπ€ππ˜π„ | Solaris King era uma mulher bem sucedida. JuΓ­za de renome e ao mesmo tempo uma mΓ£e present... More

━━━ π‘πŽπ‚πŠπ€ππ˜π„
━━━ π„ππˆΜπ†π‘π€π…π„ (π€π“πŽ π”πŒ)
00 ━━━ PrΓ³logo
01 ━━━ Acampamento
02 ━━━ Primeiro zumbi
03 ━━━ Ataque
04 ━━━ A esperanΓ§a estΓ‘ morta hΓ‘ muito tempo (serΓ‘?)
05 ━━━ Uma chance (CDC)
06 ━━━ Tudo acabou
07 ━━━ ExplosΓ£o
08 ━━━ Perdidas
09 ━━━ Uma centelha de esperanΓ§a que se acendeu aos poucos
10 ━━━ A fazenda Greene
11 ━━━ NΓ£o era um zumbi
12 ━━━ celeiro
13 ━━━ Sophia
14 ━━━ Bomba relΓ³gio
15 ━━━ Curiosidades
16 ━━━ Grupo Quebrado
17 ━━━ Horda
18 ━━━ ReuniΓ΅es e tensΓ΅es
19 ━━━ Lar doce lar
21 ━━━ Lindo dia
22 ━━━ Maggie e Glenn
23 ━━━ Duplo Resgate
24 ━━━ Lutar pra viver
25 ━━━ Eu acho que gosto de vocΓͺ
26 ━━━ NΓ£o vamos cair sem lutar
27 ━━━ Guerra
28 ━━━ Uma paz merecida
29 ━━━ Passos de formiga
30 ━━━ 15 dias sem acidentes
31 ━━━ 30 dias sem acidente
32 ━━━ De um jeito ou de outro
33 ━━━ Γ‰ eles ou vocΓͺ
34 ━━━ Estamos bem. Vamos ficar bem.
35 ━━━ Um pouco de normalidade
36 ━━━ A queda
37 ━━━ Uma busca difΓ­cil
38 ━━━ SantuΓ‘rio para todos uma porra
39 ━━━ Filhos de aΓ§o
40 ━━━ Que possamos no encontrar novamente (EpΓ­logo)
AGRADECIMENTOS + CURIOSIDADES

20 ━━━ Thomas e os prisioneiros

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By Villowz

A pergunta viajou por seus ouvidos e ela demorou um pouco para absorver, mas assim que reconheceu, sua expressão caiu drasticamente. Tomas García. Ele deu passos até ela, mas ele não se aproximou o suficiente, uma crossbow estava furiosamente perto de seu rosto. Com uma clique em sua mente, Solaris voltou a si, onde estava. Eles podiam lidar com os presos quando Hershel recebesse os devidos cuidados.

T-Dog abriu a porta e atacou o primeiro zumbi em um traje antimotim. Maggie e Solaris estavam em seu encalço e  Rick e Glenn manobravam a mesa com Hershel. Não havia tempo a perder, Daryl sabia disso, mas, inferno, a desconfiança e a raiva que ele sentia por aqueles prisioneiros, um em especial, o fez ficar para trás, mesmo sobre os gritos de protestos de Rick.

Ele conseguiu pegar o grupo no segundo ponto cego, sua respiração estava entrecortada, mas a adrenalina o impulsionou a continuar, além de jogar olhares por cima do ombro. Os presos viriam até eles facilmente, visto que estavam deixando um caminho livre de zumbis. E um deles, conhecia Solaris, e tinha raiva dela. Perigoso.

Carl abriu a porta do bloco rapidamente assim que ouviu os gritos desesperados do pai, e Hershel recebeu os devidos cuidados, pelo menos, aqueles que o grupo poderia fornecer na escassez de suprimentos médicos. Carol e Lori eram as mais preparadas para o ocorrido, o velho Greene tinha as ensinado bem. O bloco de celas estava fechado, do outro lado apenas Daryl e T-Dog permaneceram para receber os intrusos. E Solaris, do lado de dentro segurando as grades entre as mãos ensaguentadas e o rosto vermelho de suor, fornecia o que sabia sobre o prisioneiro que lhe confrontou.

— Fui juíza em seu caso. Ele foi pego em flagrante pelo assassinato de sua esposa, e foi preso pela polícia enquanto cortava o corpo dela em pedaços para cobrir o crime. Ele não aceitou muito bem sua sentença. — Solaris finalizou com o olhar longe em uma memória perdida e uma mão na garganta. Daryl não precisou de mais nada.

— Não cheguem mais perto. — Daryl advertiu quando os primeiros prisioneiros saíram da escuridão do corredor. T-Dog entrou em alerta, assim como Solaris, que saiu do bloco para se posicionar ao lado do amigo. Logo, os cincos presos estavam emparelhados um do lado do outro.

— Bloco de celas C. A quatro é minha, gringo. — Tomas reclamou dando passos cautelosos — Deixe-me entrar.

— É seu dia de sorte, pessoal. Foram perdoados pelo Estado da Geórgia. Estão livres para partir. — Daryl continuou, e Tomas o olhou debochado. Sua juíza estava com uma arma erguida em uma bagunça sangrenta. E não parecia que ela o havia perdoado pelos seus crimes, aquilo não passava de uma gozação com a cara deles. O deixou com raiva. E confuso.

— O que está acontecendo ai? — Tomas olhou para Solaris. Que nem se movimentou com as repercussões e gritos que ocorriam do lado de dentro do bloco.

— Não é da sua conta. — Daryl respondeu e o prisioneiro tirou a atenção da ruiva para olhar para ele. Isso era bom.

— Não me diga o que é da minha conta. — Tomas proferiu retirando a arma da cintura. Daryl arrumou sua postura assim como seus dois aliados. Eles estavam prontos.

— Você sabe que está em desvantagem. Eu tomaria cuidado. — Solaris desengatilhou a arma.

— Chega disso cara. — O mais corpulento dos presos tentou apaziguar os nervos de seu companheiro e de todos da sala — A perna do cara está zoada. Além disso, estamos livres. Por que continuamos aqui?

— Boa pergunta. — Daryl pontuou.

— Minha juíza. Esses civis invadirem uma prisão na qual não deveriam estar me faz pensar que não temos aonde ir. — Tomas cortou um dos seus amigos, um monte de baboseiras ele falava.

— Por que não sai pra descobrir? — Daryl questionou sentindo os nós dos dedos ficarem brancos.

— Ei, não vamos embora. — Tomas respondeu se opondo a sugestão de outro companheiro seu, mas sem tirar os olhos do caçador com a crossbow erguida.

— Nem vão entrar aqui. — T-Dog ralhou fortemente. E Tomas mais uma vez levantou sua arma.

— A casa é minha, eu mando nela. E vou aonde quiser. — Ele rosnou para T-Dog. Apesar das três armas apontadas para ele, dá um passo para trás, estava fora de cogitação. O que ele tinha a perder?

— Você não está em posição de mandar em nada Tomas. — Solaris inclinou a cabeça.

— E o que você sabe vadia? — Tomas xingou perante a fala provocadora e mansa da juíza.

— Ela está certa. Você não está em posição de mandar em porra nenhuma. — Daryl se aproximou ligeiramente dele fazendo-o recuar para trás — Eu tomaria cuidado. — ele olhou semicerrado para o prisioneiro.

— Não tem nada pra vocês aqui. — T-Dog também se aproximou.

— Ei. Dê um passo pra trás. — Rick se aproximou de Solaris colocando a mão em seu ombro — Preciso de você com Glenn. Carol e Lori ainda estão tentando controlar o sangramento.

Solaris assentiu de costas para ele, seus braços voltaram para os lado de seu corpo lentamente, e a arma pendeu frouxamente em suas mãos. E então, seguiu até a cela onde Hershel estava, ouvindo Rick fechar o portão atrás dela  e gritar por cima dos protestos de Tomas. Ela deu um suspiro cansado ao se aproximar devagar de Glenn e Carl encostados na soleira da cela. O coreano logo reconheceu sua presença, e ela nem precisou fazer um sinal para ele se aproximar. Ele já estava ao seu lado.

— Ei. Como ele está? — Solaris perguntou cruzando as mãos no corpo.

— O sangramento diminuiu, mas ainda não parou. —  Glenn respondeu apertando as mãos na cintura com a cabeça baixa — E os prisioneiros?

— Parecem que não sabem o que aconteceu. — Solaris respondeu prestando atenção na gritaria que incrivelmente tinha diminuído.

— Um deles te reconheceu. — Ele comentou seriamente, mas a ruiva conseguia ver sua exaustão e tristeza.

— Fui juíza no caso dele. Eles vão ser controlados. Daryl, Rick e T-Dog estão cuidando disso. — Solaris acenou. Ela não estava preocupado com a raiva de Tomas direcionada a ela, mas o que ele poderia fazer para o grupo — Querido. —  ela proferiu suavemente ao ver o olhar do amigo.

— Talvez ele não acorde. — Glenn sussurrou em um tom de voz quebrado — E se ele não acordar. Eu tenho que fazer. Somente eu.

— E talvez ele acorde. E você não precisa fazer isso. — Solaris entendeu — O velho é duro na queda. Temos que dar crédito à ele. Ainda há uma chance.

Eles voltaram para a cela onde os outros estavam, mas mantiveram uma certa distância. Aurora notou a mãe e reconheceu sua presença com um aceno. Beth e Carl tinham saído uns minutos atrás, e ela permaneceu ao lado de Maggie. Ela teve os olhos grudados durante todo o controle do fluxo exacerbado e até ajudou um pouco passando panos para as duas. Lori e Carol agiram rápido, elas estavam salvando a vida de Hershel, e ela estava acompanhando tudo.

Ela sentiu um formigamento em suas entranhas. Excitação. Adrenalina. Admiração. Lori e Carol tinham sangue até os cotovelos e pouco se importaram com isso. O pensamento rápido delas tiraram Hershel de um morte hemorrágica. Ele continuava inconsciente, mas ele poderia ficar bem. Ele ficaria bem. O sangramento tinha parado, as duas conseguiram. Lori se levantou devagar se firmando na beira da cama para se pôr de pé e Carol permaneceu no mesmo lugar. Aurora tomou o lugar ao lado da mulher, e em um movimento rápido, sentiu o pulso do senhor Greene.

— Ainda está fraco. — Aurora comentou confusa para Carol.

— Ele perdeu muito sangue. Foi um grande choque. — Carol respondeu segurando os feixes de pano no ferimento — Depende do corpo dele agora. Se recuperar.

Aurora assentiu. Uma movimentação aconteceu, e ela se levantou quando T-Dog passou com duas caixas grandes. Carl correu atrás dele, e Rick parou na frente de sua mãe, Glenn e Lori também segurando sacos. Ela não se aguentou, e logo estava fazendo o caminho que seu melhor amigo tinha feito. Aquilo tudo era comida? Ela se perguntou com a boca salivando.

— Alguma mudança? — Rick perguntou.

— A hemorragia parou e não há febre, mas está arquejando. — Lori respondeu — O pulso caiu e ele ainda não abriu os olhos.

— Ponha minhas algemas nele. Não vou correr riscos. — Rick ordenou à Glenn depois de olhar momentaneamente para o velho Greene. Solaris e Glenn se entreolharam um momento, e hesitantemente, ele pegou as algemas no bolso do líder.

— Eu posso fazer isso se você quiser. — Solaris estendeu a mão para Glenn que girava as algemas nas mãos.

— Não. Sou eu que tem que fazer isso. — Glenn recusou a ajuda. A ruiva assentiu, e com um afagar no ombro do amigo, se afastou dele.

— Ei T. Como ficou a situação dos presos? — Solaris se colocou ao lado de T-Dog que puxava mais um saco de comida que Rick havia jogado para ele.

— Vamos ajudá-los a limpar um bloco de celas para eles. — T-Dog respondeu colocando o saco junto com o outro encima da mesa. Perto de onde, duas crianças conversavam.

— Eles vão ficar? — Solaris puxou o homem para longe das crianças e manteve seu tom de voz baixo, mas mostrando o quão confusa estava.

— Eu estou feliz tanto quanto você. — T-Dog resmungou — Mas eles não vão embora e nem nós. Um acordo para não ter sangue.

— Tomas é perigoso, ele não tem escrúpulos. E pelo que vejo, ele é o líder. — Solaris ralhou indignada. — Não.

— Mamãe, eu e Carl, vamos pra minha cela ler Hqs. — Aurora anunciou se aproximando dos dois adultos com Carl em seu encalço.

— Tudo bem babie. Vou ficar por aqui, qualquer coisa. — Solaris acenou — Ele não é de confiança. Está apenas esperando uma oportunidade. —  ela voltou ao assunto quando sua filha e Carl desapareceram de seu campo de visão.

— Rick já está sabendo do que ele fez. Vamos manter nossa guarda alta. — T-Dog a acalmou — E se algo acontecer. Nós vamos matar todos eles.

Aurora e Carl saíram pela portas dos fundos do bloco de cela. Eles contaram uma coisa para Solaris e outra coisa para Glenn quando ele os parou. Se sentiram mal por mentir, mas assim que vissem que foi por uma boa causa, se esqueceriam do que fizeram. Afinal, Hershel precisava de suprimentos médicos. E todos pareciam ocupados demais para procurar a enfermaria, o que restava eles à fazer isso. A pequena ruiva até pensou em chamar Beth, mas Carl recusou, não podiam chamar atenção e a caçula Greene não estava em condições.

Eles pararam no corredor mal iluminado com as armas com silenciadores empunhados. Se entreolharam um momento e assentiram em conjunto. Carl abriu a porta do corredor, e eles iniciaram sua missão. Não foi nada daquilo que eles imaginaram. não havia tantos walkers que eles pensaram que tivessem. Os zumbis podem ter se deslocado para o outro lado da prisão, imaginaram, depois de um momento. o grupo que saiu mais cedo, foi a causa disso. Bem, que bom, então. Aurora pensou. Eles não teriam muito trabalho para achar a enfermaria.

Então, na terceira esquina, assim que verificaram que o ponto cego estava limpo. Eles vasculharam mais uma vez as portas fechadas com toda a cautela que possuíam. Estava na vez de Carl abrir a porta, e assim ele fez. Os dois zumbis que ali residiam, estavam catatônicos, mas com o menor som proporcionado, eles seguiram até a porta vazia em seus passos desengoçados.

— Dois. — Carl sinalizou quando viu a quantidade de walkers — Cada um fica com um.

Eles esperaram que os zumbis saíssem pela porta, e os separaram, cada um chamando por um. Aurora fez sons com a boca chamando seu walker para longe de Carl enquanto ele fazia o mesmo, e não corressem o risco de pegar uma bala perdida. Seu walker tinha um andar quebrado, o osso de sua perna saltava, e uma mordida adornava seu pescoço. Ele tinha morrido aos poucos. Aurora não se permitiu estudar demais,e com apenas um tiro certeiro no cérebro, o walker caiu de costas.

— Achamos a enfermaria. — Carl revelou com um sorriso grande no rosto abrindo as mãos para mostrar uma sala com uma maca suja de sangue, uma mesa desorganizada, um armário com um vidro quebrado e uma bancada com pacotes de remédios.

— Conseguimos. — Aurora exclamou com os olhos grandes depois de se colocar ao lado do amigo.

— Foi tão fácil. — Ele proferiu orgulhoso entrando na sala, e sentiu um soco em suas costas, ele se virou incrédulo para a ruiva — Por que fez isso? — ele girou os ombros com os olhos semicerrados, Aurora estando da mesma forma com os braços cruzados.

— Não cante vitória antes da hora. — Ela advertiu e Carl voltou sua expressão neutra — Ainda temos que voltar. Não estamos seguros ainda.

— Tá bom, vai. — Carl gesticulou — Vamos começar o trabalho.

Aurora fechou a porta da enfermaria. Carl achou duas bolsas ao vasculhar o armário embutido na bancada. Eles mexeram em tudo. Havia coisas que eles conheciam e outras não, mas mesmo assim jogaram dentro das bolsas. Não houve um lugar que eles deixaram de passar os olhos e as mãos. Em poucos minutos, cada um estava com a bolsa cheia de suprimentos médicos. Com a missão cumprida, eles retornaram para o bloco de celas, felizmente, sem intercorrências.

— Não estavam organizando as comidas? — Glenn perguntou com uma sinalização para as duas crianças, cada uma trazendo uma bolsa cheia em mãos. A pergunta atraiu a atenção de Solaris que esperou os dois aparecer na porta da cela.

— Fizemos melhor. — Aurora respondeu com um sorriso entrando na cela.

— Vejam isso. — Carl proferiu jogando a bolsa ao lado da menina. E ela abriu as duas mochilas revelando o conteúdo e trazendo suspiros surpresos dos presentes. Solaris arregalou os olhos com aquilo, filhos da mãe.

— Onde conseguiram isso? — Carol indagou pegando as gazes dentro de uma bolsa.

— Na enfermaria. — Carl respondeu colocando a arma no coldre após tirar o silenciador — Tinha uns zumbis, nada que não pudéssemos dar conta. Pegamos o que tinha lá, tinha umas coisas que não conhecíamos, mas Aurora achou melhor pegar. Vai que podemos usar. — explicou.

— Vocês ficaram malucos? — Lori ralhou para as duas crianças depois da explicação de seu filho.

— Não foi nada. Cuidamos um do outro. — Carl falou olhando para Aurora que concordou com sua resposta. Ela engoliu em seco ao ver a expressão estóica da mãe.

— Você. Certo. Está vendo isto aqui? — Lori gaguejou para o filho. Ele era sua responsabilidade — Aconteceu com o grupo inteiro.

— Faltava suprimentos, então fomos pegar. — O menino ralhou em irritação, e sentiu quando Aurora apertou suas mãos para ele se acalmar. Não estava funcionando. Sua mãe, nos últimos dias, estava testando sua paciência. Por um momento, ele queria que Solaris fosse sua mãe. Ela não estava dando um chilique desnecessário.

— Eu agradeço, mas.

— Então larga do meu pé. — Carl gritou mais alto interrompendo sua mãe. A cela ficou em silêncio e Aurora aumentou o aperto em sua mão. Ele tinha cruzado a linha? Bem, ele não ligava. Solaris arqueou uma sobrancelha com a explosão.

— Carl. Ela é a sua mãe. Não pode falar assim. — Beth interviu. Carl não olhou com bons olhos.

— É legal você querer ajudar mas. — Lori falou com uma voz mais calma, mas Carl não quis ouvir e saiu correndo sem olhar pra trás. Aurora fez menção de segui-lo, mas Solaris foi rápida em se desencostar da parede e segurar o ombro da menor.

— Temos que conversar mocinha. — Solaris sinalizou. Aurora abaixou a cabeça ao ver o olhar da mãe. A mais velha não retirou seu aperto no ombro da menina e a guiou até a cela delas.

— O que raios você tinha na cabeça Aurora? — Solaris questionou irritada após Aurora sentar na cama debaixo — Você mentiu pra mim. Mentiu para Glenn também. Acha isso bonito? Eu 'tô falando com você, Aurora. Responda.

— Carol e Lori precisavam dos suprimentos. — Aurora começou baixo e aumentou o tom de voz quando sua mãe ordenou — Vocês todos estavam ocupados. Só fizemos o que tínhamos que fazer.

— Vocês fizeram o que queriam fazer. — Solaris corrigiu apertando as mãos no quadril e se abaixando para ficar na altura da menina — Olhe pra mim.

— Não aconteceu nada com vocês. Mas e se tivesse acontecido? — Solaris proferiu séria. Aurora fez menção de falar. Mas sua mãe não deixou — Eu não saberia até ser tarde demais. É preciso ter cuidado, querida. Não exploramos a prisão de uma vez por um motivo.

— E olhe o que já aconteceu? — Ela gesticulou e Aurora mordeu o lábio inferior — Hershel foi ferido. Há cinco presos.

— Me desculpe, mãe. Eu só queria ajudar de alguma forma. — Aurora brincou com os dedos e olhou para a mãe com lágrimas.

— E eu agradeço. Precisávamos dos suprimentos. — Solaris se aproximou mais da menina se colocando de joelhos no chão — Eu só quero que você não minta pra mim. Não me deixe achar que você 'tá em um lugar sendo que está em outro. Você é minha filha e eu preciso te manter segura. Entendeu?

— Eu entendi. — Aurora balançou a cabeça. Solaris a estudou brevemente, sim, a menina entendeu. Ela se colocou de pé se firmando no beliche.

— Vá atrás de Carl. Ele está precisando de um amigo agora. — Solaris apontou para a porta e Aurora se levantou da cama assentindo mais uma vez. — Aurora.

A pequena ruiva se virou para ela.

— Posso estar zangada e decepcionada com você. — Solaris falou e Aurora sentiu seu coração cair — Mas também estou orgulhosa. Você fez um bom trabalho. Vá. — gesticulou e a menina saiu de seu torpor se afastando para encontrar Carl.

Ela procurou Carl e o encontrou escondido atrás dos sacos de alimentos que T e Rick trouxeram. Ele estava de cabeça baixa, mas assim que pisou dentro da cela, ele levantou a cabeça reconhecendo sua presença. Ele deu batidinhas e Aurora se sentou ao seu lado em silêncio. Eles podiam passar horas assim, apreciando a presença do outro.

— Mamãe é tão injusta. — Carl sinalizou depois de uns minutos — Eu só quis ajudar e ela me trata assim. Sua mãe gritou com você?

— Não. Mas ela falou que ficou decepcionada comigo. — Aurora respondeu brincando com um fiapo do saco na borda da cama — Ficou irritada porque menti pra ela.

— Foi tão errado a gente ter feito isso? — Carl questionou cansado. Todos estavam chateados por uma coisa que ele julgou certo ao fazer.

— Acho que o modo que fizéssemos foi errado. —  Aurora o olhou — Não aconteceu nada, mas podia ter acontecido. E eles não saberiam até que fosse tarde demais.

— Acho que devo um pedido desculpas à minha mãe. — Carl resmungou com o olhar longe após absorver as palavras de sua amiga.

— Alguém ajude. — Beth gritou em um tom choroso e assustado. Sua voz ressoou em todo o bloco de celas.

Carl franziu o cenho se levantando rapidamente e Aurora acompanhou seu movimento retirando sua arma do coldre. Solaris cruzou com eles ao descer as escadas pulando os degraus e também corria com a arma em punho. Os três se aproximaram da cela encontrando Lori fazendo reanimação cardiopulmonar em Hershel com as duas irmãs Greene chorando uma ao lado da outra.

Vamos Hershel, você consegue. Solaris pedia observando a amiga tentar trazer o velho Greene à vida. O coração da ruiva acelerou e ela ergueu a arma quando o homem segurou os cabelos de Lori. Maggie e Beth a puxaram para longe e Solaris estava prestes a atirar quando viu os olhos de Hershel.

Puta merda. Hershel conseguiu.

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