EXILADA | A Esperança Nunca M...

By Sky_Wood

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Você quer saber como será o mundo em algumas décadas ou séculos? A terra é apenas uma pequena esfera que circ... More

• Notas da Autora •
• Premiações - Exilada •
• EXILADA - Soundtrack •
• Banner's •
• BOOK TRAILER + Personagens •
• Dedicatória •
• Epígrafe •
▪Capítulo 01 - O que eu sei
▪Capítulo 02 - Diferente
▪Capítulo 03 - Só mais uma Exilada
▪Capítulo 04 - A Garota que rouba Livros
▪Capítulo 05 - A Curmilha
▪Capítulo 06 - A Pior Decisão
▪Capítulo 07 - Refém do Próprio Medo
▪Capítulo 08 - Mau Pressentimento
▪Capítulo 09 - Uma Grande Genética?
▪Capítulo 10 - Nada Limpo
▪Capítulo 11 - O Pior Aniversário
▪Capítulo 12 - Emoções
▪Capítulo 13 - Flashback
▪Capítulo 14 - Desconfiança
▪Capítulo 15 - Esconder-se
▪Capítulo 16 - "Meu Novo Lar"
▪Capítulo 17 - Memórias
▪Capítulo 18 - Melhor Que Chocolate
▪Capítulo 19 - O Corvo
▪Capítulo 20 - Intruso
▪Capítulo 21 - Incontrolável
▪Capítulo 22 - Boas Notícias
▪Capítulo 23 - A Vacina
▪Capítulo 24 - Amor...?
▪Capítulo 25 - Decepções
▪Capítulo 26 - Igual aos outros
▪Capítulo 27 - O Inferno é aqui
▪Capítulo 28 - Afundando em sua pele.
▪Capítulo 30 - Fluxo
▪Capítulo 31 - Análise Minuciosa
▪Capítulo 32 - O Homem e o Corvo

▪Capítulo 29 - Fora do "Comum"

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By Sky_Wood

Ossos, sangue e dentes desgastados, ligações rompidas...
Quando isto se tornou um lar mortal?

Rosyln - Bon Iver

Flashback On


Sydney, Austrália 2483 (quatro anos atrás)

           Estava colocando minha mão esquerda sobre a direita, para estancar o sangue e amenizar a dor e ardência que estava sentindo, a garota tinha boa pontaria. Não esperava tal reação, estava furioso e surpreso, uma mistura de emoções. Era corajoso enfrentar aquele que está em uma posição bastante superior. Logo ela iria se arrepender de alguma forma.

— Maldita… — Cochichei para mim mesmo, olhando em volta, vendo que todos os meus amigos já estavam indo embora.

John permanecia no local, formando um riso forçado. Iniciei passos lentos para acompanhar meus amigos, ao perceber que John pretendia ficar lá com a exilada, segui um caminho diferente e me escondi atrás de uma pilastra que formava a linha de bloqueio, a qual John atravessou e andou em direção a exilada, que se encontrava chorando baixinho.

      Consegui ouvir um pouco da conversa, era estranha para mim, aquela ligação entre eles me incomodava, me frustrava… E eu nunca soube explicar o porquê.

   – Sempre lhe observei, você é uma garota interessante. — Falou John, fazendo-me revirar os olhos, como sempre, estragou mais uma de minhas aventuras.

          Ouvi a conversa até o final, então, senti o sangue gotejando lentamente da minha mão e pingando em minha perna. Precisava ir à enfermaria para fazer o curativo, assim o fiz quando terminei de ouvir toda a conversa, pensando comigo mesmo enquanto andava.

           Já havia observado a exilada há um tempo, acredito que muito antes de John, como ele citou na conversa com a garota exilada. Desde então, comecei a observá-los, se encontravam sempre que podiam, John sempre conseguia escapar sem ser visto por alguém… Bom, exceto por mim.

Andava segurando a mão direita até a enfermaria. O Dr. Kim estava me esperando com um sorriso no rosto.

— Então, vai me dizer como isso aconteceu? — Perguntou ele. Não hesitei em inventar uma mentira esfarrapada para transferir o foco.

— Estava andando com os outros garotos no horário livre e acabei caindo. — Era claro que ele não acreditou. Porém, Dr. Kim sempre fingia acreditar em nossas mentiras, até mesmo as mais esfarrapadas que pudéssemos inventar, embora fôssemos proibidos de mentir ou inventar histórias fantasiosas.

— Como está se sentindo com isso? — Ele perguntou enquanto colocava um analgésico em cima do corte em minha mão, enfaixando-o logo em seguida.

— Perfeitamente bem. — Respondi com frieza. Dr. Kim sorriu e se retirou após terminar o processo.

      Não tínhamos médicos, pois nunca ficávamos doentes. Os únicos médicos que tínhamos, ficavam no “Centro de Reabilitação”, que era onde os homens "doentes” iam, aquela era a única doença, o que, até onde eu observava, não havia tantos.

Sente-se cansado, aflito ou preocupado com o mundo? Então a premissa é inegavelmente verdadeira de que está doente e precisa de tratamentos, uma vez que, esta doença é incurável, e a nossa única saída é uma vacina perfeita, que há tantos anos está sendo investida.

Era tudo o que John apresentava, porém, o Dr.Kim sempre o cobria, isso eu conseguia perceber. Algo que nem mesmo o general Russell, seu próprio pai, conseguia fazer.

Sydney, Austrália. 2487

John se retirou da sala do general, como pediu, e esperou por mim ao lado de fora.
— Preciso que fique de olhe nele. Tenho algumas suspeitas quanto a sua cura total. Não quero vê-lo aflito ou infringindo alguma lei. Pode fazer isso, por nós todos, Spencer? — Falou o general Russell, olhando friamente para mim.

— Sim. Irei fazer como pediu. — Respondi. Afinal, havia outra alternativa com ele? Me retirei de sua sala e segui até a Curmilha ao lado do meu pior inimigo, fazer o que o general Russell havia nos pedido.
     Claro que John estava a todo momento desconfortável com aquilo, mesmo conseguindo disfarçar muito bem, eu sabia que, no fundo ele tinha um plano, ou pelo menos estava planejando um. Após desligar as câmaras de vácuo, John se retirou da Curmilha o mais rápido possível. Porém, não percebeu que eu estava seguindo-o o momento todo.

       Vi todo o seu percurso, sua ida ao laboratório e sua saída com a Alexa. Eles saíram da cidade e desativaram seus braceletes após cruzarem a linha de bloqueio, como sempre faziam, assim evitavam serem rastreados.

     John se mostrava impaciente para chegar no lugar que queria, Alexa andava atrás, confusa e incessantemente ansiosa.
   Observei toda sua chegada, as conversas, os beijos apaixonados e o contato sexual que os dois estavam realizando, ali mesmo, perto do penhasco.

Não pude esconder o sorriso perverso em meu rosto, embora sentisse um pouco de ciúme e cobiça por aquilo, parecia ser tão prazeroso quanto observar aquela cena considerada imprópria.

     Embora devesse, não senti vontade de relatar ou registrar tudo aquilo para o general Russell, no fundo, meu desejo não era prejudicar Alexa, embora não me importasse nenhum pouco com o John.

     Hesitei em ir embora até tudo acabar, gostava de assistir aquilo e observar cada movimento com detalhe, penso que se sentiriam incomodados se soubessem que alguém estava observando-os.

     Estava pronto para ir embora, quando vi Alexa de costas, nua, seus cabelos não estavam cobrindo seu pescoço, então pude perceber que nele havia uma mancha, a mesma mancha que havia em John, no mesmo local, e a mesma que havia em todos os outros homens.

     Era impossível para uma pessoa do sexo feminino obter aquilo. Estava abismado, era improvável, porém, comecei a deduzir algo fora do comum…

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