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By bonzimuke

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Dez anos depois, Michael e Luke se reencontram no escritório novamente, empresário e contador. Desta vez, ter... More

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cashton assumiu
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oi rs
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Isso não é um capítulo
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Q&A [fechado]
Q&A [respostas]
1.6
ma uaflauã
AVISO IMPORTANTE
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2.3
Agradecimentos

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By bonzimuke

Oi oi, amores. Turu bom? Antes de começar eu quero dizer que consegui a permissão pra adaptar uma fanfic muito foda, talvez hoje eu já poste um capítulo. Deem biscoito pra mim, eu necessito :)

E mais uma coisinha rsrs esse capítulo tá muito lindinho, preparem os lencinhos 

Vai ter cashton também e eu preciso que vocês finjam que os dois já se conheceram tá? Façam isso pela tia que vai valer a pena, prometo.

Raquelle estava deitada na areia morna e clara da praia, petiscos e drinks ao seu lado. A pequena Anna a fazia companhia, fazendo castelos de areia e brincando com as outras crianças.

O sol não dava trégua, a temperatura se aproximava aos trinta e cinco graus, o que para o céu limpo do Hawaii, era quase o equivalente a quarentena e dois graus aqui no Brasil.

Karen veio se sentar com a mulher, que sorrindo, a recolheu com simpatia. Estavam esperando os rapazes - os que foram pular de paraquedas - voltarem, para assim, seguirem rumo para os outros passeios do dia.

- Como vai, Raquelle? - Karen passou a mão pelos cabelos castanhos de Anna, sorrindo para a garota. No sol forte do Hawaii, seus fios e mechas já estavam ficando mais claros.

- Vou bem, sabe, pegando um bronze. - bebendo um pouco do seu drink, Raquelle fechou os olhos enquanto sentia o sol fazer sua pele formigar. - E você?

- Apenas de estar surtando porque meu filho e os amigos dele,a quem também considero filhos, estão saltando de um helicóptero com um paraquedas, estou até que bem. - rindo nervosa, Karen bebeu um pouco do drink de Raquelle, sem perguntar se podia, fazendo a loira rir.

- Fique tranquila. Estou contente que Michael está se aventurando assim e...

- Antes saltando de helicópteros que com guarda-chuvas na bunda, tenho que admitir. - rindo da expressão de Anna e das crianças, Raquelle olhou para a praia.

- Michael mudou muito, literalmente do dia pra noite. É incrível ver a expressão de felicidade no rosto dele. - Karen a encarou.

- E você, então? Raquelle - colocando a mão sobre a da loira, Karen sorriu gentil. - Se era pra você brilhar nessa viajem antes, agora então, querida, você arrasou com todos sem nem avisar.

- Acho que é por isso que todos ficam me olhando e...

- Eles ficam te olhando porque você superou todas as expectativas. Surpreendeu a todos. Eles não sabem como reagir, não deu tempo a eles para se prepararem. - rindo de leve, Karen voltou a sorrir. - Não é como se fosse mandar uma nota, mas convenhamos, ninguém esperava por isso. E apesar de tudo, continua ai, como uma princesa.

- Obrigada, Karen, mesmo. Sua família tem sido tão boa pra mim e com todo esse apo...

- Uhull!

A gritaria veio de trás. Anne levantou e quando localizou o barulho, não pôde evitar sorrir. Raquelle levantara e preparara a câmera, todos rindo da situação. 

Em um jeep branco, a placa estampada com um arco-íris, Luke dirigia, Calum ia no banco de trás e Michael, em pé no banco do passageiro, gritava enquanto riam alto, todos sem as camisas.

Logo atrás deles, outros jeeps com pessoas que também pularam de paraquedas. Vovó Clifford, de biquíni, rebolava ao som da música alta que soava do jeep de Luke.

Eles avançavam em uma velocidade absurda, rodando na estrada, praticamente. A essa altura, não apenas a família, mas toda a enseada os olhavam, os gritos se intensificando conforma chegavam perto da areia, onde os amigos e desconhecidos participavam da farra.

Estacionando - brecando com força e pulando do jeep - todos foram para a areia, onde já pegando copos e espetinhos de queijo e carne, começaram a bagunçar ainda mais.

A música estava alta, pessoas que nunca haviam visto na vida estavam no meio, todos rindo, conversando e dançando. O sol queimava e o mar, a esta hora, estava no ponto perfeito.

- Ae, galera! Vamos pro mar! - gritando, Calum sorria animado. E em segundos, quarenta pessoas desceram a enseada, alguns pela areia e outros pela escada, atropelando-se uns aos outros.

Chegando no raso, Luke, com Anna nos ombros, procurou por Michael. O colorido estava não muito longe de si, o sorriso, os cabelos ligeiramente molhados devido ao suor e a água respingada do mar. Luke não se conteve.

Andou até Michael, as pessoas passando correndo por si, tentando chegar no fundo. Quando estava apenas a alguns passos do colorido, este o viu e sorriu.

- Estava te procurando. - aproximando-se o suficiente para encostar seus peitos, Luke sorriu.

- Há quanto tempo? 

- A minha vida toda.

Puxando Luke pela cintura, Michael entrelaçou sua língua na do loiro, a água ricocheteando em suas canelas. O sol não era a única coisa que queimava em seus corpos. E em segundos, já não existia mais nada além dos limites de seus corpos.

- Lulaboulusco, vamos! - resmungando, Anna puxou Luke pelo cabelo gentilmente.

Os rapazes se soltaram rindo de leve, Luke estava que nem um idiota, o sorriso largo no rosto. Pegando na mão de Michael, andaram para o fundo do mar, junto com o resto do pessoal - até mesmo dos que não conheciam.

Era por volta do meio dia, o sol rachava no céu, e espirrando água em todo mundo, o pessoal cantava e gritava. Anna, no ombro de Luke, sorria e gargalhava.

Somente quando a fome foi maior que a diversão é que decidiram voltar para a areia, todos encharcados e risonhos. A parte da família que não foi para o mar estava reunida em uma determinada parte da areia, comida em cestas de bambu e drinks em taças estavam espalhados pelo centro da quase roda.

Sentando-se, Luke tirou Anna de seus ombros, apenas para atacarem as comidas. 

A família toda cantava e conversava, feliz. Após terminarem de comer, literalmente todos deitaram na areia para dormir, ou pelo menos relaxar. O sol queimava-os, mas o cansaço era maior.

Quando pensaram que poderiam enfim descansar, o guia os chamou, a prancheta na mão. Retornaram para o ônibus e enquanto tagarelavam sobre o salto de paraquedas de mais cedo, o tempo ia passando. Em minutos, estavam no próximo destino.

Antes de desembarcarem, o guia foi à frente, o sorriso no rosto. As pessoas instantaneamente ficaram quietas, a emoção do próximo passeio tomando conta.

Já nadaram com golfinhos, viram uma baleia, saltaram de paraquedas. O que viria a seguir?

- Senhoras e senhores, obrigado pela atenção. - andando pelo corredor, o guia brincava com as crianças. - O passeio que iremos fazer agora é para muito dos turistas o melhor. Saindo do ônibus, iremos andar um pouco até a enseada, estamos no extremo norte de Oahu, na Baía de Honolulu. O lugar vai estar cheio, sempre está, por isso peguem as crianças na mão; e como cortesia do Sr. Clifford e da Sra. Hugskie, iremos pular a fila. - um burburinho de risos e palmas tímidas soou pelo ônibus, Michael ficou sem graça. Calum, gritando "tchin tchin", imitando o barulho de caixa, fez todos rirem.

- Moço, fala logo. - resmungando, a prima de Raquelle, Jenna, fez bico, a mãe envergonhada a seu lado.

- Ok, já aprendi que as crianças por aqui são bem diretas. Desculpe, crianças, irei direto ao ponto. - causando mais risadas, o guia suspirou. - Iremos nadar com as tartarugas. Não tartaruguinhas pequenininhas de aquário, tartarugas tipo... tipo...

- Tartarugas Ninjas! - gritando, Gemma causou mais risadas. O guia colocou a cabeça entre as mãos.

- Eu juro, vocês são a família mais engraçada que já vi por aqui. - batendo palmas, assim como faziam para tudo, o pessoal comemorou o elogio. - Sim, como Tartarugas Ninjas. Mas devo lhes avisar, embora elas sejam o destaque do passeio, não necessariamente iremos vê-las. Iremos visitar um santuário marinho, o que significa que os animais estarão soltos no mar, e se tiverem sorte, irão achá-las. Não fiquem desapontados, contudo, se não as virem, elas costumam se esconder muito bem.. - as pessoas já estavam impacientes, o calor os cozinhando dentro do ônibus, que já desligado, estava sem ar-condicionado. - E pensando nisso, decidimos fazer uma surpresa. Quem achar uma tartaruga, atenção, ela deve ser verde, vai ganhar um presente especial. - o pessoal começou a falar e a se animar, o guia rindo da animação repentina.

- Temos que tirar foto? - a mãe de Raquelle perguntou por cima do falatório. O guia pediu silêncio.

- Isto é importante. Não tirem fotos, embora o santuário permita fotos, não queremos prejudicar as tartarugas, então, sem fotos, nem delas e nem dos outros animais.

- E como vamos provar para você que vimos a tartaruga verde? - Luke perguntou, Anna em suas costas, de cavalinho, ambos já de pé devido a ansiedade.

- Bom, confiarei na palavra de vocês. E quem vê a tartaruga verde não consegue fingir, o sentimento será verdadeiro e explícito. - olhando para todos já impacientes, o guia sorriu. - Sem mais enrolações, vamos.

Descendo do ônibus correndo - literalmente - o pessoal começou a caminhar em direção à Baía, e somente quando puderam ver o santuário é que acalmaram um pouco. 

O guia estava certo, haviam muitas pessoas na fila, e ao passarem do lado de todos, em direção a porta, a grande família causou inveja. Já lá dentro, havia a opção de pegarem roupa de mergulho e outros equipamentos profissionais, porém, a família toda decidiu que ficaria junta e nadaria sem equipamentos.

Setenta pessoas no mar, a água tão cristalina que se podia ver os pés. Pequenas e gigantescas rochas estavam no fundo do mar, uma fina camada de plantinhas cobria sua superfície, tornando o contato carinhoso.

As crianças podiam andar no mar, pois até aquela distância, a água ainda estava bem rasa. Contudo, sabiam que as tartarugas estavam para ao fundo, então, querendo que as crianças a vejam - se possível - colocaram-nas nos ombros ou colos, as pequenas boias de braço e de corpo estavam sempre presentes.

O mar estava cheio, não o suficiente para tornar o passeio ruim, mas como ainda estavam no raso, muitas crianças empacavam o caminho para o fundo.

Anna, de mãos dadas com Luke, andava batendo a mão na água, e as vezes, colocava-a dentro do mar, apenas para tentar pegar os pequenos peixinhos que ali nadavam.

- Lulaboulusco - de bico, Anna tirou a mão da do rapaz. - Não consigo ver os peixinhos segurando a sua mão. - sabendo que "olhar" para uma criança é na verdade "tocar até dar bosta", Luke suspirou.

- Anna, estamos no mar, não pode andar por ai sem segurar na mão de um adulto. - Anna bateu as mãos na água, irritada.

- Mas as outras crianças não estão segurando na mão de ninguém. - os olhinhos já se encheram de água, e Luke suspirou.

- Amor, já te expliquei isso, não? - deixando cair uma lágrima no mar, Anna assentiu de cabeça baixa. Luke não aguentava isso. Pegando a garota no colo, andava para o fundo assim como os outros, não querendo alarmar ninguém. - Anna, não fique assim, querida. Ainda pode ver os peixinhos de mãos dadas comigo. - Anna não disse nada, apenas continuou com a cabeça no pescoço de Luke, que suspirando, continuou andando.

Michael o localizou, chegando ao seu lado sorridente, mas ao ver a cara do loiro, desmanchou o sorriso na hora. Desviando o olhar para Anna, questionou o menor com o olhar. Michael tinha uma priminha de Raquelle em seus ombros - a garotinha estava apaixonada por ele e não o largava mais.

- Lu, o que foi? - Luke beijou a bochecha de Michael e tentou dar um sorriso, mas a frustração estampava seu rosto. - Anna está bem? - Luke negou com a cabeça, ambos ainda andando, o nível da água já chegando na cintura de Michael.

- Ela está chateada porque não quero deixá-la no mar sozinha. - Michael franziu a testa. - Igual as outras crianças. - suspirando, Michael compreendeu. Luke encarou o colorido, os olhinhos tristes. - Não aguento...

- Deixa eu falar com ela. - encarando Luke no fundo dos olhos, Michael o beijou nos lábios rapidamente. Parando de andar, ambos ficaram de frente um para o outro. - Anna. - cutucando gentilmente a garota, Michael sorria. A pequena ergueu a cabeça, os olhinhos molhados e as bochechas rubras. - Ah, mas ela está chorando? Por que ela está chorando, han? - pegando no nariz dela, Michael a fez soltar uma risadinha. Emma, a prima de Raquelle, encarava tudo do ombro de Michael.

- Quero brincar, Mike. - a voz rouca da menina era de cortar o coração, sua expressão já ficando triste.

- Mas quem disse que você não pode brincar? - sorrindo, Michael acariciava suas bochechas. Anna assentiu. Ele fazia uma voz suave, mas ao mesmo tempo infantil.

- Brincar igual as outras crianças. - Michael fez uma cara engraçada que até Luke riu, as mãos erguidas no ar.

- E quem disse que você não pode brincar igual as outras crianças? - Anna escondeu um sorrisinho, o coração de Luke sendo inflado novamente.

- Para, você sabe. Lu contou. - com um bico, Anna desviou o olhar para os seus dedos.

 - Não contou.

- Não contei. - olhando sério para Anna, Luke ainda assim sorria. A pequena o encarou confusa. - Me pediu para não contar e não contei.

- Não contou?

- Não contei.

- Ele não te contou?

- Ele não me contou. - Anna aumentou o bico, o rubor já se esvaindo enquanto o choro ia sumindo. Michael sorriu. - Anna, você não só pode brincar com as outras crianças como você é igual as outras crianças.

Anna encarou Luke, que confirmou com a cabeça. Suspirando, a pequena assentiu. Michael sorria contente vendo a expressão de ambos a sua frente melhorar.

- Anna. - Emma, quieta até então, disse envergonhada. Luke a olhou fixamente. - Vamos procurar a tartaruga comigo, quero muito ganhar esse prêmio.

Anna sorriu e, olhando Luke com esperança, juntou os dedinhos como se implorasse. Luke suspirou olhando para Michael, que assentindo, o encorajava para tal.

- Sim, Anna, você pode procurar a tartaruga com a Emma, só tomem cuidado e não tirem as boias pelo amor do... ai, só vão. Cuidado! Cuidado!

Michael ria enquanto via Luke surtar pelo fato das duas meninas estarem andando nas pedrinhas da água procurando uma tartaruga grande, sozinhas.

O colorido abraçou a cintura do loiro. Seus corações sincronizavam as batidas.

- Estou orgulhoso. - beijando o pescoço de Luke, Michael sentiu-o tremer em calafrios. O maior virou de frente, olhos nos olhos.

- Você sabia. - Michael assentiu. - Por que não me disse?

- Se não me contou, imaginei que não queria alarmar, então fiquei quieto. - Luke o encarava com os olhos azuis eletrizantes, fixos nos verdes.

- Desde quando sabe?

- Desde que vi ela pela primeira vez depois de todo o incidente do banco. No seu escritório. - Luke assentiu lentamente, os braços já se apoiando no pescoço do colorido. - Já desconfiava desde quando cuidamos dela há dez anos atrás, só tive a confirmação depois.

- Acha que fiz mal? - encarando-o com medo, Luke juntou seus peitorais, a mão de Michael em sua bunda.

- Tem que provar para ela que é normal, mas também tem que deixar claro que sempre será especial, assim ela não se decepciona e não cria muitas expectativas.

- Mas eu quero que ela crie muitas expectativas, quero que ela tenha o máximo de tudo, quero que... - Michael o selou, os lábios firmes e molhados uns contra os outros.

Luke firmou seus dedos nos fios de cabelo de Michael enquanto sentia sua bunda ser apertada impiedosamente. As línguas já se encontravam, matando a saudade de não tão longe, dizendo palavras que não precisavam ser traduzidas nem compreendidas, e sim degustadas.

O sol queimava-os incessantemente, a água agitando ao seu redor, pessoas conversando, rindo e vivendo, mas tudo era apenas um borrão, uma outra realidade.

Nem mesmo o ar os separaria agora, e somente quando sentiram como separar seus lábios é que o fizeram, apenas para dizer palavras que valeriam mais sendo ditas em alto e bom som.

As testas coladas, os peitorais subindo e descendo juntos, os batimentos cardíacos sincronizados, a mesma intensidade, a mesma vibração. Michael abriu os olhos, conectando as verdes e intensas esmeraldas nos olhos vívidos e azuis de Luke.

- Já considero Anna mais do que julgo ser padrão. Se não se importar e estiver de acordo, podemos oficializar isso, pois sei que a tem como filha.

Luke quebrou a sincronia dos corações, o seu falhando várias batidas. O sorriso tomou conta e quando não conseguia mais expandi-lo, começou a rir de felicidade.

- Michael. - o colorido sorria. - Isso é muito sério.

- Nós também somos. - os olhares conectados como um, o verde encontrando o azul. E então, Luke assentiu.

- Acho que temos um acordo.

- Não, Lu. - Michael apertou-o contra si. - Acho que temos uma nova vida.

Sorrindo, beijaram-se de novo. E de novo. E de novo, e... de novo.

A promessa silenciosa que fizeram mais cedo, em queda livre, se concretizara mais cedo que esperavam, a certeza gritando dentro de seus corações.

Uma nova vida.

+++

Calum, no fundo, procurava a tartaruga incessantemente. Ele queria ganhar esse prêmio e aquelas crianças - as dezenas delas - estavam tramando para achá-la primeiro.

Mergulhava e emergia, mergulhava e emergia, sem parar. Embora a água seja cristalina, as plantas dificultavam sua visão. Já vira cavalos marinhos, peixinhos, peixes e peixões, não sabia que ver uma tartaruga era mais difícil que ver um golfinho e uma baleia que de fato, já viu.

Suspirando, fechou os olhos e mergulhou de novo, atingindo algo macio. Ainda de olhos fechados, a testa franzida enquanto prendia o fôlego nos pulmões, esticou as mãos, procurando identificar o objeto.

Era muito macio, e confuso, Calum, sentia seu fôlego se esvaindo, e emergindo da água, pôde respirar novamente. Balançou a cabeça, espirrando água para todo lado, e passando a mão no rosto para tirar o excesso de água, abriu - finalmente - os olhos.

Arregalou-os em seguida. O cabelo loiro escuro molhados para trás, o torso rígido e ereto, o olhar fixo, os olhos cor de mel firmes enquanto as mãos estavam na cintura, gotículas de água pingavam de todas as partes de seu corpo.

Calum não podia acreditar.

- Você?! - Calum sorriu, igual a um idiota, mas sorriu, a voz do garoto ecoando em sua mente. Ele se lembrava de Calum.

- O que faz aqui? - Calum tentava, mas segurar o sorriso estava sendo uma das tarefas mais difíceis que já teve que fazer. O garoto sorriu, arrumando o shorts.

- Estou procurando tartarugas, dizem que são mágicas. - a voz suave com que falava fazia Calum ter de se segurar para não cair.

- Mágicas? 

- Dizem que só aparecem para aqueles que as merecem.

- Igual você. - saindo sem pensar, Calum o fez corar.

- Não pense que só porque agarrou a minha bunda debaixo d'água é que me merece. - Calum arregalou os olhos.

- Aquela coisa macia era a sua bunda? - o garoto riu. - Meu Deus, me desculpe. E parabéns, mas principalmente me desculpe. - Calum, já vermelho, causava risos no rapaz.

- Não se preocupe, nada que um jantar não resolva. - Calum sorriu. Era o segundo dia mais feliz de sua vida, seguindo o dia que Luke e Michael finalmente deram o cu um para o outro. - Afinal, está me devendo um.

+++

Luke e Michael mergulhavam a cada dois segundos, e se ganhassem uma moeda a cada vez que batiam a cara em alguém ou alguma coisam seriam mais ricos do que já eram.

Luke estava feliz pois Anna brincava com as outras crianças. Todos da família procuravam pela bendita tartaruga, e quando o sol começou a se pôr, desistiram.

O guia, sempre a seu lado, chamou-os para retornar à areia, para assim, retornarem ao hotel, onde ainda teriam mais um passeio. E sendo assim, reunindo todo o pessoal e checando para ver se não faltava ninguém, seguiram em direção à areia.

+++

Calum conversava com Ashton - o moreno estonteante - enquanto andavam em direção à Baía, o sol já caindo para se encontrar com o mar. Distraído pela beleza do outro, mal percebeu que o pessoal com quem viera já estava na areia, a no mínimo, seis quilômetros de mar a sua frente.

Vendo-os andar para a saída, em direção ao ônibus, Calum pegou Ashton pela mão, nadando rapidamente para a areia. Ashton mal teve tempo de reagir.

O fôlego já era fraco, os braços e ombros doíam e tudo que faziam era nadar.

 Quando o mar começou a ficar muito raso para mergulhar e nadar, começaram a correr.

Calum, já lá na frente, diminuiu a velocidade, tentando acompanhar Ashton. Olhando para trás, continuou andando lentamente, apenas para tropeçar e cair de cara na água.

Não demorou muito para Ashton estar ao seu lado, vendo se estava tudo bem. O lado direito de seu rosto estava vermelho e dormente, mas além disso e um arranhão no pé, estava bem.

Ajudando-o a levantar, Ashton estacou. Calum tentou puxá-lo para tentar chegarem a tempo, antes que o pessoal volte para o hotel sem ele e quando viu o que Ashton via, sorriu.

- É a tartaruga, não é? - segurando o riso de felicidade, Calum viu o rapaz assentir. - Eu tropecei na tartaruga?

- Tropeçou. - olhando sorrindo para Calum, Ashton juntou-se ao rapaz as risadas.

Após alguns bons minutos acariciando o casco da enorme tartaruga - ela era maior que uma roda de carro - voltaram correndo para a areia, apenas para correr mais um pouco até o estacionamento dos ônibus. A tartaruga ficando para trás. Ela era realmente mágica.

+++

- Já disse, ele estava bem do nosso lado. - Gemma dizia alto, sobre o burburinho. Todos falavam sobre o paradeiro de Calum. Luke, lá na frente, era segurado por Michael para não sair do ônibus a procura do amigo. O guia tentando acalmar a todos.

- Oi, gente, não vão acreditar no que eu ach- — Calum arregalou os olhos ao entrar ofegante na porta do ônibus, as pessoas em pé, falando e gritando e quando o viram, o silêncio se instalou.

- Seu filho de uma rapariga, aonde o senhor estava? - Luke se soltou de Michael e o puxou pelos cabelos até seu peito, o abraçando forte. - Quer me matar do coração, caralho?

Calum soltou-se do abraço de urso de Luke e suspirou. O guia o encarava furioso. Todos o encaravam esperando por uma desculpa.

- Estava, han... - todos o pressionavam com o olhar. O guia encostou ao seu lado, esperando uma desculpa, embora seja o trabalho dele cuidar de todos, e ele tenha esquecido de Calum. - Encontrei uma pessoa. - simplesmente dizendo isso, Calum recebeu olhares incrédulos.

Indo até a porta do ônibus, Calum pegou Ashton pela mão, que se recusava a entrar - afinal, não era o ônibus dele - e o levou para o meio do corredor, contra sua vontade.

- Esse é o Ashton. - o ônibus inteiro os encarava e então palmas e gritos começaram. Luke gritava "esse é o meu garoto" enquanto Michael gritava e batia no chão do ônibus. Calum ficou envergonhado enquanto Ashton quase voltava para o oceano.

- Muito bem, muito bem. - acalmando a todos, o guia já se animava novamente. - O rapaz só estava aproveitando, mas agora já está tudo bem...

- Achamos a tartaruga! - gritando animado, o moreno fez todos o encarar. O guia ergueu a sobrancelha.

- Achou?

- Ele tropeçou nela. - Ashton, tímido, disse. Calum ergueu seu pé, mostrando a todos o sangue escorrido já seco no seu peito do pé. O guia assentiu.

- E como ela era? 

- Cara, grande. Sério, achei que era uma pedra. - Ashton o encarou sorrindo.

- Na verdade, parecia fazer parte do chão do oceano, como era verde, se camuflava com as plantas. Era praticamente o esconderijo perfeito. - o guia encarava Ashton, todos o encaravam na verdade.

- Até ele tropeçar nela? 

- Qual, é cara. E a parte de confiar na nossa palavra? - Calum estava inquieto. Luke apenas encarava Ashton, incrédulo. Calum tinha um garoto, e ele era lindo.

- Sei lá, não parecem muito maravilhados pela tartaruga.

- Estavam quase me deixando para trás, tinha tropeçado nela e quase esfolei minha cara em uma pedra, uma de verdade. Não deu muito tempo de sentar e conversar com ela, mas sim, era uma tartaruga linda do caralho. - vermelho, Calum fez todos do ônibus o encararem espantados. Ele nunca falava assim. Luke levantou e começou a bater palmas.

- Isso, é um homem. Um homem de verdade. - fazendo todos rirem, Luke se sentou a pedido de Michael, que gargalhava. O guia, suspirando e rindo também, assentiu.

- Muito bem, ganhou o prêmio.

- Tem um prêmio pra quem achasse a tartaruga? - Ashton o encarou surpreso e confuso, Calum assentiu sorrindo. Anna fazia bico pois queria ter ganhado, assim como todas as crianças no ônibus.

- E o prêmio é: um jantar especial em um navio. Será esta noite. - Calum sorriu puxando Ashton pela cintura. 

- Yeah, baby. - fazendo um sotaque ridículo, Calum fez todos rirem novamente.

- O jantar será à dois, porém, entre os convidados, apenas. - lamentando, o guia acabou com a festa. Calum imediatamente olhou para Ashton, e em seguida para Luke, que olhou para Michael.

- Não se preocupe, Ashton está maias que convidado para se juntar a nós, não só no jantar de hoje, mas pelo resto da viajem. Afinal, já nos conhecemos. - sorrindo, Michael dirigiu a palavra ao guia. - Apenas coloque na conta. 

Levantando, Luke gritava "tchin tchin", agora era a brincadeira da vez. Toda vez que davam uma de ricos, tinham que fazer esse barulho. E então o ônibus inteiro gritava "tchin tchin".

Calum e Ashton sentaram-se no banco antes de Calum e Anna. O ônibus seguiu caminho para o hotel, o sol já se pondo.

Luke virou para o banco de trás, encarando Calum e o garoto. Michael tentou segurá-lo, mas ele apenas o ignorou.

- Então, Ashton...

- Luke, nem comece. - encarando o loiro, Calum arregalou os olhos. Ashton riu, assim como Michael, que já virado para trás, também encarava o novo casal.

- Relaxa, cara, só quero saber como se conheceram e...

- Lembra quando estava na minha cama tendo sonhos eróticos e gemendo o nome do outro aí... - apontando para Michael, Calum encarou Luke com cara de tédio. - E perguntou porque estava todo felizinho?

- Só iriam me falar quando eu estivesse felizinho também porque assim...

- Compartilharíamos nossa felicidade. Como amigos. - Calum sorriu encarando Ashton. - Acontece que perdi contato com ele, logo, quando se resolveu com o Sr. Vou Fazer Mue Ex Atual Não-Mais-Ex Gemer Meu Nome Na Cama Do Melhor Amigo Dele Clifford, já não fazia mais sentido.

- Mas agora o reencontrou e...

- Espera. - levantando o dedo, Michael encarou Luke. - Isso foi no dia em que ganhou o quarto na cobertura? - Luke corou, o olhar desviando gradativamente. - Luke! Não se deve passar vontade assim, sonhos eróticos? Sério?

- Voltando. - Calum revirou os olhos dramaticamente. - Agora que está feliz com o Sr. Não Vou Repetir Aquele Nome Enorme De Novo, e reencontrei o cara do bar, posso compartilhar minha felicidade com você. - Luke piscou várias vezes, quase podia ver as engrenagens funcionando em seu cérebro.

- Quando todos foram pro bar e eu fui pro quarto...

- Sonhar com meu pau. - Luke ignorou Michael enquanto Ashton ria corado.

- Conheceu Ashton e...

- O reencontrei hoje, na praia.

- Com a mão na minha bunda. - acrescentando, Ashton colocou a cereja no topo do bolo, e então, os quatro começaram a rir.

- Bom, ótimo jantar para vocês. - sorrindo, Michael foi educado, como sempre. - Vamos, Sr. Hemmings, deixe o casal a sós. Enquanto isso, eu e você teremos uma conversa séria. - Luke o encarou com uma expressão de tédio falsa, e então caiu na gargalhada.

- Ok, daddy. - fingindo uma voz sexy e tentadora, Luke revirou os olhos enquanto mordia os lábios. - Michael o puxou pelos cabelos para sentar enquanto Ashton gargalhava.

- Perdoe meus amigos gays, eles são muito extras.

Finalmente teve cashton né amores? Os dias de glória chegaram kkkk

Uma coisinha, a autora deixou uma explicação sobre a Anna. Vou colocar aqui do jeitinho que ela escreveu ok? Ok

"UMA COISA: muitas pessoas estavam percebendo que a Anna, mesmo tendo 14 anos, age um pouco infantil, e isso iria ser explicado eventualmente, mas como muitos começaram a perceber e a comentar, até uma leitora apontou a característica, percebi que estava na hora de explicar porque, embora, neste capítulo, não tenha concluído a explicação, prometo que até o final ainda terá um melhor desenvolvimento, mas já explicando de já, SIM, ANNA É ESPECIAL, vou explicar melhor depois, é uma síndrome muito rara e ainda estou pesquisando nos mínimos detalhes, não quero falar besteira"

É isso gente, ela ainda vai dar uma explicação pra todo mundo

E VÃO LER MINHA NOVA ADAPTAÇÃO CHEIA DE PUTARIA QUE EU SEI QUE VOCÊS AMAM 



















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