Meu Presentinho de Grego

By MaiaParaQueTeQuero

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Scott Harris tem uma vida de dar inveja. Com uma cobertura custando milhões, uma namorada tão famosa quanto e... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
SURPRESAAAAA
Capítulo 17
Capítulo 18
Elenco dos Sonhos - Votação ENCERRADA
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26

Capítulo 23

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By MaiaParaQueTeQuero

O carro abafava o som da noite agitada lá fora. Pessoas corriam animadas para todos os lados e o Sol se preparava para se pôr a qualquer momento.

— Pode abrir os olhos. — Falei ao parar o carro no estacionamento. Ouvi um gemido de frustração vindo do banco do carona. Ela odiava surpresas, mas eu não podia fazer nada em relação a isso.

Estávamos no píer de Santa Mônica, de frente ao Pacific Park e esse seria nosso segundo encontro, que planejei para ser muito melhor que o primeiro.

Desde que me mudei para Califórnia, sempre tive o sonho de trazer Claire aqui. Ela gostava de "aventuras, coisas que dessem frio na barriga e tremedeira nas mãos mas que depois a deixassem eufórica e cheia de adrenalina". Lembro quando essas palavras foram ditas pela mesma garota ao meu lado quando ela tinha apenas doze anos. Tínhamos acabado de sair de uma montanha russa que montaram para um festival em nossa cidade natal e ela sorria como nunca. O brinquedo em Utah não era nem de longe tão grande quanto a do Pacific Park, mas para nós que morávamos quase no interior e conhecíamos um total de nada além da nossa cidadezinha simples, aquele pequeno parque improvisado em um grande terreno baldio era um mundo.

— O qu... O quê? — Ela perguntou com os olhos arregalados, sua cabeça movendo-se para cá e para lá, ora encarando o parque, ora olhando para mim estupefata.

— Surpresa! — Felei quase cantando a palavra e ela riu.

Ainda sem acreditar muito, Claire deu um impulso com o joelho no banco e se jogou em cima de mim, me abraçando desengonçada.

— Você é perfeito! Obrigada! — Ela me beijou nos lábios. Seu gloss tinha gosto de morango.

(...)


Claire parecia uma criança, quase saltitando enquanto andava. Sua mão estava deliciosamente quente segurando a minha. Ajeitei os óculos quando uma garota há uns quinze metros começou a me encarar fixamente.

— Acho que uma menina acabou de me reconhecer. — Disse disfarçadamente enquanto forçava um sorriso. Claire apertou minha mão de leve.

— Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Dê um autógrafo, tire uma foto e está feito. — Ela respondeu como se fosse a coisa mais óbvia. Bufei, ansioso.

— Não quero pessoas atrás de mim interferindo em nosso encontro. Esse é o nosso momento, tem que ser perfeito. — Respondi, tentando esconder que o fato de as coisas terem agora chances de saírem dos trilhos estava me deixando nervoso.

Evans envolveu meu braço com os seus e encostou sua cabeça nele. Suspirou baixo e olhou para o chão. Algo a incomodava. Com minha mão livre levantei seu rosto e vi uma fraca fumaça branca sair de suas narinas e suas bochechas, observei, estavam mais vermelhas que o normal por culpa do frio. Ela sorriu fraco e soltou meu braço para ajeitar seu gorro de lã na cabeça.

— Scott, pare com essa coisa de "tudo perfeito"... — Ela chutou uma latinha amassada que estava no seu caminho — Só... Curte o momento, está bem? Estou me divertindo muito.

— Claro. — Respondi um pouco magoado, sem saber com o quê ao certo — O que acha de salsichões empanados?

— É uma ótima ideia, estou faminta!

(...)


— Não acho que vai ser uma boa ideia irmos na montanha-russa, Has... — Ela disse fazendo um biquinho assim que descemos da roda gigante. Seu olhar era penetrante sobre mim, me obrigando a parar para encará-la também.

Claire ainda tinha em mãos parte do algodão doce cor-de-rosa que comprara antes de entrarmos no brinquedo e eu carregava um enorme urso de pelúcia marrom que ela ganhara em um estande de tiro ao alvo.

— Podemos vir aqui novamente quando você pegar sua coragem de volta. O que acha? — Respondi sorrindo e ela acertou um belo tapa em meu braço antes de se enroscar em mim novamente.

Ela gargalhou mas logo parou e desacelerou o passo. Antes que eu pudesse perguntar o motivo para tal, avistei um grupo de garotas correndo em nossa direção. Deviam estar em um bando de sete ou oito e pareciam tão animadas e desesperadas que cheguei a sentir ânsia. Elas enfim me reconheceram.

— Scott Harris, é você! — Uma garota de cabelos platinados com algumas mechas coloridas gritou ao chegar mais perto — Meninas, é o Dylan mesmo!

Todas elas começaram a dar gritinhos histéricos enquanto davam pulinhos e acenavam desesperadas. Forcei um sorriso quando senti Claire apertar minha mão com força. "Dê um autógrafo, tire uma foto e está feito", lembrei.

— Olá meninas, o que posso fazer por vocês hoje? — Perguntei o mais gentil que consegui e vi algumas suspirarem e darem risadinhas — Gostariam de um autógrafo?

Uma das garotas apareceu com um marcador e entregou na minha mão. Sério que elas andavam com aquelas coisas na bolsa? Assinei a blusa de algumas e o gorro de outras. Estava me virando para ir embora quando outra pigarreou.

— Podemos tirar uma foto com você? — A menina com cabelos pretos escorridos e roupas chamativas perguntou e eu me segurei para não revirar os olhos. Amava minhas fãs, mas quando não estavam atrapalhando meus encontros.

— Eu posso tirar para vocês, se quiserem. — Claire disse tímida e todas as meninas voltaram sua atenção para ela. Evans deu um sorriso amarelo.

— Vo... Você! — Uma menina quase gritou apontando para minha namorada, que estava sem reação — É a garota misteriosa!

— Que de misteriosa não tem nada... — Resmungou Evans e as meninas riram, sem perceber o tom negativo de Claire. Ela estava perdendo a paciência assim como eu.

Ev pegou o celular de uma delas e tirou as fotos o mais rápido que conseguiu. Revirei os olhos e bufei, irritado quando elas se distanciaram o suficiente para não conseguirem ouvir meus resmungos. Estavamos a sós novamente, então pude respirar aliviado.

— Hum... Querido? — Claire me chamou, puxando de leve meu braço esquerdo. Desviei minha atenção para ela — Acho que mais um grupo vem aí, olha.

Algumas meninas vinham andando e cochichando umas com as outras enquanto olhavam para nós dois fixamente. Não pensei duas vezes e puxei o braço de Evans para que ela me seguisse.

— Vamos embora. — Claire franziu o cenho, confusa — Calma, tenho mais uma surpresa para você essa noite.

Ela sorriu mas não falou nada, apenas me seguiu. Entramos no carro e dirigi por aproximadamente dez minutos até chegarmos a uma rua não asfaltada e entrei. Dois minutos depois chegamos a uma cabana de madeira escondida entre um pequeno bosque.

Descobri essa pequena casa uma vez quando fazia trilha um pouco mais adiante. Fiquei tão intrigado com ela que fiz questão de procurar o proprietário. O senhor que passava os invernos nela havia falecido e o filho que tinha a posse agora e a fretava por temporada. Perguntei se podia alugá-la para apenas uma noite e ele aceitou mesmo sem entender o porquê de tão pouco tempo.

Estacionei o carro perto da entrada e fiz questão de abrir a porta do carona para minha garota. Claire sorriu e me deu a mão para entrarmos.

Tudo estava como eu havia deixado hoje mais cedo, quando menti para Claire que estava indo para o set de filmagem e na verdade estava aqui organizando tudo para ser o melhor encontro de sua vida.

— Você... Foi você que fez tudo isso? — Claire perguntou estupefata ao entrar.

A sala estava enfeitada com velas aromáticas e flores por todo lado. A lareira acesa mantinha o ambiente quente e aconchegante, enquanto que as grandes janelas de vidro davam o toque final com a vista completa para o bosque.

— Quero que o dia de hoje fique marcado para sempre em sua memória. — Falei, a trazendo mais para dentro. Claire levou as mãos ao rosto e riu alto.

— Eu não estou acreditando! — Ela pegou no meu rosto e olhou fundo em meus olhos — Você é o melhor namorado do mundo!

Fiz cara de convencido e ela riu novamente. Como era bom vê-la feliz daquele jeito... Parecia que a alegria dela era a coisa mais contagiosa que existia, sempre que estava feliz todos a sua volta estavam também. Sempre foi assim.

— Vem, temos mais comida. — Falei, apontando para algumas travessas tampadas em cima de uma mesa de mogno no canto do cômodo. Claire tirou o casaco e o pendurou onde eu havia pendurado o meu ao entrar — Só sinto lhe informar que hoje não teremos champagne porque não posso dirigir alcoolizado e você não pode alcoolizar um bebê, se é que me entende.

— Bobo! Como se eu fosse aceitar se tivesse... — Ela revirou os olhos e colocou um canapé na boca, e depois outro e mais outro — Isso é uma delícia! — Ela apontou para o quarto canapé em sua mão e enfiou na boca em seguida.

Encostei na outra ponta da mesa e peguei um morango com chocolate em um pote. Fiz toda uma encenação antes de pô-lo na boca. Vi os olhos de Claire arregalarem e ela simplesmente pulou em cima de mim no segundo seguinte.

— Por que não me disse que tinha morango com chocolate aqui? — Ela perguntou exasperada e pegou uma fruta no pote.

Engoli em seco quando a vi comer aquele morango como se estivesse o beijando e se deliciando como nunca. Aquela primeira mordida pareceu uma eternidade e tentei me controlar ao máximo para não voar em cima dela e tomar para mim seus lábios.

— Oh, Claire! Isso não se faz, querida... — Quase grunhi. Ela estava fazendo o mesmo com outro morango e riu quando viu minha cara.

— E eu estou fazendo o quê, amor? — Ela perguntou e pude ver seus olhos brilharem de empolgação. Ela deu mais uma daquelas mordidas no morango e pegou mais um no pote.

— Você está me deixando louco com isso! — Falei, tentando ao máximo me controlar mas falhando miseravelmente.

— Então você quer também? — Senti um frio na espinha e respirei fundo. Meu amiguinho já dava sinais de vida e eu não aguentaria muito mais daquilo.

Evans se aproximou de mim e a poucos centímetro do meu rosto, comeu o morango que estava em suas mãos. Para o caralho com esse morango!

Segurei seu rosto e a olhei nos olhos. Como ela tinha coragem de fazer isso comigo? Como ela conseguia me deixar louco assim sem fazer nada além de morder um morango? Como?

A puxei para mim e a beijei firme, como nunca antes. A boca de Claire deu passagem para minha língua assim que sentiu meus lábios nos seus. Ela tinha gosto e cheiro de morango com uma pitada de chocolate ao leite e, por um longo momento, esse se tornou o meu aroma e meu gosto favoritos.

As mãos de Claire, que antes estavam acariciando a minha nuca, agora adentravam por debaixo da minha blusa e passeavam sobre minha pele quente. Segurei um gemido. Ela estava me deixando completamente louco, passando sua mãos frias pelo meu abdômen, por baixo do tecido de algodão.

Segurei sua cintura com firmeza e a puxei mais para perto de mim, colando totalmente nossos corpos. Soltei uma risada fraca quando ela puxou meu lábio inferior com os dentes. Claire era perfeita e deliciosa em tudo o que fazia e não protestou contra minha mão em sua bunda, então entendi aquilo como permissão concedida ao paraíso de suas curvas.

— Scott... — Ouvi meu nome ser chamado por ela quase em um sussurro enquanto eu depositava beijos em seu pescoço.

— Uhm? — Mordi o lóbulo de sua orelha e ela gemeu baixo.

— Será que nós podemos... — Ela parou de falar ao sentir minha língua em seu pescoço. Ouvi um suspiro — Eu quero...

— Você quer...? — Perguntei, voltando a encarar aquelas íris claras. Ela mordeu o lábio inferior, apertando os olhos para mim.

— Eu quero você. — Claire disse um tanto tímida. Demorei um milésimo de segundo para entender do que ela estava falando.

— Claire, amor... Você tem certeza? — Perguntei receoso e ela afirmou com a cabeça e voltou a me beijar mas dessa vez mais delicadamente.

— Nunca tive tanta certeza na vida! — Ela respondeu com as mãos de volta à minha nuca. Seus olhos sorriam para mim. Era minha deixa.

(...)

Um calor reconfortante nos envolvia vindo da lareira. O vento do lado de fora estava fazendo com que as árvores se balançassem como se fizessem suaves movimentos de dança. Pela claraboia pude ver o céu cada vez mais salpicado de estrelas conforme a noite caía. Então ouvi Claire suspirar alto.

— Dá para acreditar que Seth completa cinco meses amanhã? — Perguntou enquanto movia seu dedo indicador pelo meu abdômen desnudo. Parecia desenhar pequenas espirais sobre minha pele.

A observei sob a luz bruxuleante que vinha do fogo na lareira. Ela estava deitada de lado e apoiada apenas no cotovelo esquerdo enquanto eu estava deitado de barriga para cima, fazendo algumas almofadas de travesseiro. Passei a mão pelo tapete macio embaixo de nós e a observei. Seu dorso nu ainda brilhava com resquícios de gotículas de suor que não haviam secado. Passei a mão pelas suas costas lisas e ajeitei o lençol fino que nos cobria.

— Parece que foi ontem que ele chegou... — Falei, ouvindo o crepitar da lenha queimando — Só tinha um mês mas era tão, mas tão pequeno que eu morria de medo de pegá-lo no colo.

— Ele era mesmo muito pequeno... — Ela parou os movimentos com o dedo em minha pele mas deixou sua mão espalmadas sobre minha barriga. — Com um mês ele tinha o tamanho de Juliette quando nasceu.

— Jura? — Perguntei. Ela entendeu como um incentivo para continuar e foi o que fez.

— Ela nasceu grandinha até. Cinquenta e um centímetros e pesava três quilos e setessentos gramas.

— Era um baita de um bebê! — Exclamei, lembrando de ler na certidão de nascimento de Seth que ele nascera com quarenta e seis centímetros e pesava cerca de dois quilos e oitocentos e oitenta gramas. — E como ela era? — Repreendi minha ousadia na exata hora que ouvi aquelas palavras saírem de minha boca — Esquece, não...

— Tudo bem, Scott. Estou bem com isso, relaxa. — Ela me lançou um sorriso reconfortante — Bom... Ela era linda. — Seus olhos brilhavam enquanto ela tinha o olhar focado em um lugar qualquer — Parecia comigo quando bebê mas não dava pra ter muita certeza porque seu rostinho ainda estava bastante inchado, sabe? — Fiz que sim com a cabeça quando ela voltou a atenção para mim. Ela sorriu fraco e comprimiu os lábios em seguida — Sinto tanta falta dela...

Uma lágrima escorreu por sua bochecha e ela sorriu meiga quando eu a sequei com meu polegar. Sei o quanto esse assunto a deixa abalada mas ela falou que estava tudo bem e eu devia saber que não estava. Não deveria ter insistido. Idiota!

Puxei-a mais para perto e depositei um beijo em seus lábios. Ela fungou e riu quando nos separamos. Não haviam lágrimas. Estava prestes a contar a pior piada que já ouvi na vida quando meu telefone começou a vibrar e tocar alto em cima da mesa. Claire me deu um leve empurrão para que eu levantasse logo e pegasse o celular.

— Acho que temos um bebê faminto exigindo o banquete dele...

Minha garota riu.

❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

A SUMIDA VOLTOUUUUUUU

E ESPERO QUE ESTEJAM SE CUIDANDO E FICANDO EM CASA, QUARENTENA NÃO É BRINCADEIRA E COM VÍRUS NÃO SE BRINCA HEIN, GENTE!

Não tô habituada a escrever cenas hot, acho q nunca escrevi uma por isso resolvi não escrever aqui, espero que não se importem. Mas se souberem escrever e quiserem me mandar se acharem necessário complementar eu leio e vejo se consigo encaixar na história.

Desculpa a demora, o mundo todo tá de quarentena e eu n tô diferente. Mesmo não tendo aula tô tendo q adiantar minhas matérias da faculdade em casa e não tá sendo muito fácil estudar sem ter meus professores explicando mas vou tentar postar mais ainda essa semana.

Enfeeeeeem

Espero que tenham gostado! Se sim deixem uma estrelinha e um comentário pra deixar a Maiazinha feliz ❤️

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Até ❤️❤️❤️

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