Capítulo 12

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— Oh, Céus! Isso não pode estar acontecendo... — Comecei a andar em círculos pelo quarto com o bebê quase dormindo em meu colo. Ele não podia estar falando sério... Não mesmo! — Europa? Como assim você vai fazer um filme na Europa?

Scott estava sentado na poltrona perto do berço com o rosto escondido nas mãos. Queria saber o que estava pensando naquele momento. Por que ele não me falou disso antes?

— Tecnicamente eu ainda não estou dentro. Preciso dar minha resposta ao diretor ainda hoje. — Ele suspirou enquanto me seguia com os olhos.

Continuei a andar pelo quarto, parece que deu para Seth ficar mais manhoso de noite e só isso o estava acalmando no momento. Acariciei seus cabelos claros e depois suas bochechas rosadas.

Mas aí seus olhinhos encontraram os meus e senti que o mundo podia acabar porque aquela criaturinha no meu colo acabara de roubar meu coração definitivamente. Eu não sei quando aconteceu ou como mas eu não conseguia mais me imaginar sem estar cuidando e dando todo o amor que aquele bebê merecia.

— Evans? Evans! — Ouvi Scott me chamar e saí do transe — No que estava pensando? E... Porquê está chorando?

Apressei-me em secar a lágrima que escorria em minha bochecha e forcei um sorriso que se desfez logo em seguida contra minha vontade. Era tanta coisa! Tanto no que pensar... E ele foi contar a mim faltando duas horas para o prazo expirar. Não há tempo para pensar!

— Não é nada... — Suspirei e sorri fraco quando senti Seth agarrar meu dedo com força e depois soltar enquanto se deixava levar pelo sono — É que... É tanta coisa!

Ele franziu as sobrancelhas e seus olhos continuaram a me seguir pelo quarto. Coloquei o bebê no berço e fiquei dando batidinhas de leve em suas costas para que continuasse a dormir.

— Sabe... Tem o meu pai naquela clínica. Queria poder acompanhar sua adaptação lá. Sei que já faz duas semanas e meia mas não sinto que é tempo o bastante para deixá-lo aqui e ir para outro continente. Mas... — Deixei a frase morrer e olhei para o bebê dormindo à minha frente.

Como poderia deixar aquela coisinha linda ir embora? Apeguei-me a ele ao ponto do meu corpo entender que aquele ali era o meu bebê, mesmo eu tendo certeza que não era. Parei de esperar que meu leite secasse porque eu não queria que isso acontecesse. Meu médico até me apresentou um medicamento que pararia com a produção de leite mas eu neguei na hora. Era eu quem estava alimentando aquele bebê, mesmo que indiretamente. Eu não podia parar de fazer isso. Não queria.

— Claire... — Ouvi sua voz rouca atrás de mim — "Mas" o quê?

— Eu não sei se consigo deixar vocês... — Soltei e senti meu rosto queimar. Meus olhos estavam ardendo e já com lágrimas a ponto de escorrerem novamente.

Meu Presentinho de GregoWhere stories live. Discover now